A bancada de deputados federais e o impeachment: Carlos Gaguim, César Halum e Josi Nunes (no alto) são a favor; Vicentinho Junior está em cima do muro; Irajá Abreu e Lázaro Botelho são contra, mas não assumiram | Foto: Divulgação e Fernando Leite/ Jornal Opção
A bancada de deputados federais e o impeachment: Carlos Gaguim, César Halum e Josi Nunes (no alto) são a favor; Vicentinho Junior está em cima do muro; Irajá Abreu e Lázaro Botelho são contra, mas não assumiram | Foto: Divulgação e Fernando Leite/ Jornal Opção

Em nota pública à imprensa tocantinense o deputado federal Carlos Henrique Gaguim (PTN) comunicou sua tomada de posição em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Considerando a situação econômica e política em que passa o país, e, sobretudo, pela vontade dos meus eleitores tocantinenses e de muitos cidadãos pelo Brasil que opinaram na enquete realizada nas minhas redes sociais: Twitter, Facebook, WhatsApp, entre outros meios disponibilizados pela minha assessoria para averiguarmos a vontade do povo brasileiro, declaro pelo Tocantins, pelo Brasil que voto SIM pelo impeachment” enfatizou o parlamentar.

O petenista se junta ao deputado federal César Halum (PRB), que na quarta-feira, 23, já havia adiantado que votará pelo impedimento da presidente da República. O parlamentar, que preside o PRB no Tocantins, acompanha o posicionamento da executiva nacional da sigla, que deixou a base do governo petista. Entre as razões para a posição, o congressista citou o veto da mandatária à auditoria da dívida púbica. Já a deputada federal Professora Dorinha (DEM) já havia declarado seu voto favorável ao impeachment na instalação do referido processo pela casa legislativa.

O voto de Vicentinho Junior (PR) ainda não foi declarado publicamente. Já Irajá Abreu (PSD) e Lázaro Botelho (PP) também não se posicionaram, mas há sinais de que provavelmente votarão contra o impedimento da presidente da República.

Quanto ao bloco peemedebista, a deputada federal Josi Nunes revelou que a sigla no Tocantins defende o fim da aliança. Ela disse que diante dos fatos, o PMDB local se reuniu semana passada e tomou a decisão, qual seja, o rompimento com o governo e a entrega de todos os cargos imediatamente. Essa posição foi defendida pelas parlamentares tocantinenses — Josi Nunes e Dulce Miranda — na reunião da executiva nacional ocorrida na terça-feira, 29.

A deputada acredita que o processo de impeachment da presidente não é golpe. “O impeachment é uma realidade e não um golpe. Tentam através de uma armação orquestrada de marketing inculcar nas mentes de homens e mulheres de boa fé, a palavra golpe. Felizmente, membros do STF vieram a público e reafirmaram a legalidade deste instrumento de controle, previsto na Constituição Federal, para evitar abusos como o que estamos vendo acontecer”, avaliou.

Para a deputada, o partido tem sua parte de responsabilidade pela situação de crise que vive o país, mas o limite “se esgotou”. “Nós do PMDB temos nossa responsabilidade diante desses fatos, pois apoiamos este governo e continuamos fazendo parte do mesmo. Mas, o limite se esgotou”, ponderou.

Ao citar os esquemas de corrupção revelados pela operação Lava Jato, a peemedebista defendeu a punição de todos os envolvidos.

“Ninguém está acima da lei. Todos que utilizaram a coisa pública para cometer irregularidades devem ser punidos, seja qual for o partido ou área de atuação. Mas é preciso tomar cuidado para não condenar apressadamente, baseado apenas nas paixões, qualquer cidadão. Vivemos numa democracia. O processo tem que ter seu tempo de amadurecimento para evitar injustiças e seguir o devido processo legal, com direito a acusações e defesas, para poder separar o joio do trigo”, salientou a parlamentar.