Inicialmente projetada para receber um contingente populacional de 300 mil habitantes – já alcançado em 2020 – a capital pode abrigar até 1,5 milhão de habitantes

A última capital planejada do Brasil completa 32 anos nesta quinta-feira, 20. Idealizada a partir da criação do Estado do Tocantins, pela Constituição Federal de 1988, Palmas é um misto dos “traços” geométricos da capital federal, Brasília e a cidade de Almere, na Holanda. Em que pese a equipe responsável pelos “traços” negar tais semelhanças, elas são visíveis a olhos nus.

Inicialmente projetada para receber um contingente populacional de 300 mil habitantes – já alcançado em 2020 – a capital pode abrigar até 1,5 milhão de habitantes, uma vez que há previsões expansionistas desde o projeto inicial. A área urbanizável compreende um total de 100 Km², contida em uma área de expansão duas vezes maior. Localizada no vão entre o lago formado pela usina hidroelétrica do Luis Eduardo Magalhães, localizada em Lajeado e pela Serra do Carmo, a cidade é, na sua grande maioria, plana.

Mas a evolução da cidade, não apenas urbanística ou populacional, está na qualidade de vida, proporcionada pelos baixos índices de violência, excepcional viabilidade econômica, além da boa qualidade ambiental e potencial turístico inesgotável. Para a grande maioria dos palmenses – de nascimento ou de coração – a cidade é um eldorado, em pleno século XXI. 

A despeito da consolidação e reconhecimento como metrópole ser um processo cíclico, muitos projetos não alcançaram o êxito desejado por seus líderes, entre os quais, o VLT idealizado para operar no eixo norte-sul e o “shopping a céu aberto” na região comercial de Taquaralto. O município já foi administrado por oportunistas, idealistas, fantoches e até por megalomaníacos. Alguns mais, outros menos, todos, sem exceções, deixaram legados. 

Enfim, a capital de todos tocantinenses é um cenário vivo de oportunidades, quer seja comerciais, educacionais ou turísticas, quer seja como referência médica ou mesmo na área do empreendedorismo. Mesmo ainda longe de se transformar numa metrópole, Palmas já se tornou, sem qualquer sombra de dúvidas, na cidade mais importante do Estado do Tocantins e referência – em todos os aspectos – para o sul do Pará, sul do Maranhão e oeste da Bahia. 

A evolução ocorrida nestes 32 anos é inimaginável para quem não vivencia cotidianamente suas particularidades. A esperança é que os governantes que, doravante administrarem o município, possam ter mais comprometimento, zelo e dedicação por este diamante, ainda em estágio de delapidação.