Vereador eleito Rubens Uchôa fala porque resolveu adentrar pelos caminhos da política

Radicado na região de sul de Palmas desde o ano de 1997, o paraense Rubens Uchôa – conhecido cantor gospel do meio evangélico – elegeu-se vereador em Palmas no último pleito de 15/11/2020, após obter 1.250 votos pelo partido Cidadania. 

Filho de pastor, Uchôa pertence à Assembleia de Deus CIADSETA e sempre esteve envolvido com música, em que pese ter atuado em outros segmentos do comércio antes de se tornar cantor profissional, como vendedor e cabeleireiro, por exemplo. 

O jovem cantor adotou Palmas como sua cidade do coração. Já dispensou convites para desenvolver suas atividades artísticas nos grandes centros midiáticos do País. Exatamente em razão desse forte elo com a capital do Tocantins é que Rubens Uchôa resolveu adentrar pelos caminhos da política, com a finalidade de contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos mais necessitados. 

Primeiramente, quais razões o levaram à política?
Observei que há situações complicadas na esfera de governo, além de políticos com ideias defasadas. Percebi que a renovação era necessária. Sinto que as pessoas estão muito frustradas com a política, mas ao mesmo tempo, considero que há três culpados: o político corrupto, o eleitor corrupto e, por fim, as pessoas boas que não querem se envolver. Se essas últimas não querem e as vagas, necessariamente serão ocupadas, os ruins vão tomá-las. 

Neste caso, é preciso que nós – pessoas de bem – encabecem essa luta e assumam suas obrigações com a sociedade. Não estou dizendo que na política só há pessoas más, não me interprete mal, por favor. O que eu quero que fique claro é que precisamos aumentar o percentual de pessoas bem intencionadas. Temos que olhar as pessoas que vivem sofrem nessa cidade não como eleitores ou habitantes – de forma fria – mas como seres humanos que precisam do poder público. A maciça renovação da Câmara de Palmas prova que a população da cidade quer mudanças. Nesse novo tempo, estarei lá para ajudar a promover aquelas mudanças que entender como necessárias.

E quais seriam as suas bandeiras?
Com toda certeza, o investimento no ser humano e na família. Não quero apenas discurso, mas sim projetos práticos que resultem em investimentos nas crianças, nos jovens, etc, para se tornarem adultos de valor. Tudo que for voltado para o lado social terá o meu apoio. Tenho um projeto muito bacana que é “Casa do Músico” que visa dar oportunidades para crianças e jovens que não teriam quaisquer chances de frequentar uma aula de canto ou de conhecimento musical. Esse projeto, assim como o reforço escolar, integra e inclui essas pessoas. No exercício do mandato de vereador, essas ações serão ainda mais reforçadas e, logicamente, receberão muito mais investimentos, através de emendas parlamentares e outros subsídios do poder executivo. 

Eu não vou começar a fazer quando tomar posse como vereador. Eu já faço, todos os dias, obras e ações sociais. O meu mandato vai apenas fortalecer esse trabalho social de incluir pessoas desassistidas, minimizar os efeitos da depressão e tantas outras circunstâncias prejudiciais à vida dos seres humanos. Eu vou dedicar meu mandato de vereador a investir em pessoas e dar-lhes melhores condições de vida.  

Porque o Sr. optou pelo Cidadania?
Sem dúvida pela postura da sigla, sua composição tanto em nível estadual, quanto metropolitano. Seu histórico de lutas e boas votações em eleições anteriores me motivou. 

A nominata de candidatos a vereadores também chamou minha atenção, uma vez que todos eram candidatos sem grande poder de fogo econômico e nem tampouco eram detentores de mandato. Então, escolhi um partido que realmente eu tivesse chance de ser eleito, mesmo porque eu não tinha condições de disputar a eleição com “tubarões da política”.

O Sr. já pensou em blocos, lideranças ou comissões?
Não, ainda estamos estudando dentro do nosso partido, como serão essas composições. Ainda não há, neste momento, nada definido. Nós do Cidadania, vamos votar em grupo, sempre articulando o que é melhor para nossa sigla. É uma equipe forte e coesa e estamos fechados nessa parceria – eu, o partido e o vereador Joatan – para seguirmos juntos nessa tarefa. 

Em relação à abertura do gabinete e atendimento ao público, haverá uma base na região sul da cidade?
Digo sempre que o gabinete será eu mesmo. Onde eu estiver, despacharei. Tenho uma boa relação com o seguimento evangélico e com as pessoas da região sul, mas como vereador, não serei mais o cantor gospel, mas sim o representante daquele povo na Câmara de Vereadores. 

Eu gosto de estar no meio das pessoas, então, esse gabinete será itinerante e aberto para o povo. Um mandato popular, enfim, não apenas para as pessoas da região do Jardim Aureny IV, Irmã Dulce, Setor Bertaville e Universitário, como também de toda a capital. A partir de agora, não sou mais vereador apenas do meu bairro, mas sim de toda a cidade. 

E quanto aos seus projetos?
Penso que todos aqueles que eu interpuser, como também dos colegas, a necessidade e urgência dos mesmos deve ser avaliada. Posso afirmar que estou disposto e com muita coragem para votar naquilo que for melhor para o município e obedecer meus princípios éticos e morais. 

Espaço aberto para suas considerações…
Quero agradecer, primeiramente, a Deus. Toda autoridade é constituída por Deus. A Ele, toda honra e toda glória, porque sem ele, jamais teria chegado até aqui, pois ele nos deu essa vitória. Vou apresentar os projetos, mas Ele que vai decidir a viabilidade ou não. 

Quero agradecer ao eleitorado e os mais de mil e duzentos votos, uma vez que trata-se de um povo consciente e sincero. Vamos fazer um mandato popular, voltado para os anseios dos menos favorecidos, pedindo sempre sabedoria a Deus, para que eu não decepcione os palmenses. Quero agradecer a imprensa pela divulgação das nossas ações e, por fim, vamos à luta!