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Senadora chega para comandar o partido no Tocantins, função que era ocupada pelo deputado federal Lázaro Botelho, aliado e homem de confiança de Mauro Carlesse

Kátia Abreu, nova aquisição do PP no Tocantins

Os bastidores políticos indicavam e, finalmente, a senadora Kátia Abreu (PDT) confirmou sua filiação ao Partido Progressista, antigo PP. Fruto de uma engenhosa articulação política, a senadora tocantinense vai compor a bancada do partido no Congresso Nacional. A sigla contava com seis senadores, contudo, Vanderlan Cardoso (GO) está de saída, em razão de divergências com sua base política em Goiás. Nestas circunstâncias, os Pro­gressistas precisam manter seu quadro de seis representantes, caso contrário estará fora da disputa e definição da presidência das Comissões do Congresso.
O curioso acerca da chegada de Kátia Abreu ao Progressista é que, como sempre, sua filiação vai ser imposta aos correligionários tocantinenses. Foi assim quando os caciques do então PMDB, em Brasília, a filiaram na sigla, como também, quando os líderes do PDT a enfiaram “goela abaixo” aos filiados do Estado do Tocantins.
Em nenhum dos três casos as bases estaduais do MDB, PDT e, agora, Progressista, foram consultadas. Em suma: ela sempre é arregimentada e filiada pelos caciques em Brasília e já aterrisa em solo tocantinense como presidente estadual dos partidos, ditando suas regras e impondo suas vontades.
Logicamente, a cúpula do Governo do Estado do Tocantins não gostou nada dessa mudança partidária. Até então, o Progressista era liderado pelo ex-deputado federal Lázaro Botelho, um dos homens de confiança de Carlesse, no que concerne a articulações políticas em Brasília.
Botelho e sua esposa Valderez Castelo Branco, deputada estadual da base do governo, estarão – doravante – sob o comando de Kátia Abreu. Uma situação – diga-se de passagem – pra lá de indigesta, tanto para os dois filiados quanto para o chefe do Palácio Araguaia, por razões naturais que a grande maioria dos tocantinenses tem conhecimento.
Como ocorreu num passado recente, vários emedebistas deixaram o partido quando a senadora Kátia Abreu ingressou na sigla, como também, retornaram ao ninho quando ela foi, finalmente, expulsa pela direção nacional; a passagem pelo PDT, do mesmo modo, afastou componentes do partido, entre os quais o prefeito de Pedro Afonso e presidente da ATM, Jairo Mariano, como também a deputada estadual Luana Ribeiro, hoje no PSDB.
Alguma dúvida que ocorrerá o mesmo com os líderes do Progressistas?