Justiça concede liminar e greve dos professores de Palmas está suspensa
10 outubro 2015 às 11h57
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Desembargadora Jaqueline Adorno determina volta imediata ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 1 mil
Dock Junior
O Tribunal de Justiça do Tocantins, por intermédio da desembargadora Jacqueline Adorno, concedeu, na quinta-feira, 8, liminar determinando a suspensão do movimento grevista dos servidores da educação do município de Palmas. Segundo a magistrada, o sindicato da categoria ou os trabalhadores não garantiram “a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”.
A ordem é para que voltem imediatamente ao trabalho, sob pena de desconto dos dias parados nos salários e multa diária de R$ 1 mil. A ação declaratória de ilegalidade de greve foi interposta pela Prefeitura de Palmas, visando impedir o movimento paredista que havia se iniciado na quarta-feira, 7.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Palmas (Sintet), Joelson Pereira, disse que ainda não havia sido oficialmente notificado da liminar, entretanto, a assessoria jurídica estaria de prontidão para tentar reverter a decisão. O sindicalista alegou que ele e professores em greve estariam sofrendo constrangimentos ilegais por parte do prefeito Carlos Amastha (PSB) e do secretário municipal da Educação, Danilo de Melo Souza. Segundo Joelson, o prefeito e o secretário estiveram na noite de quarta-feira em duas unidades de ensino da capital, constrangendo e ameaçando os professores. “Amastha, antes mesmo da decisão judicial, já teria afirmado em tom ríspido, que a greve era ilegal, ameaçando cortar o ponto dos docentes, como se ele já soubesse o que a Justiça iria decidir.”
Segundo o sindicalista, o prefeito estaria acompanhado de seguranças e equipes de filmagem, numa explícita tentativa de coagir os grevistas. O presidente do sindicato afirmou, por fim, que o sindicato repudia tais ações, e que estas condutas apenas demonstram a incapacidade do prefeito e do secretário de dialogar.
O vereador Professor Junior GEO, um dos representantes daquela classe trabalhadora, afirmou que a gestão municipal diz inverdades em relação a progressões e bônus por meritocracia na educação, na tentativa de jogar a sociedade palmense contra os professores. Ele afirmou que a greve só foi iniciada porque a atual gestão recusou-se a negociar.
De acordo com o parlamentar, a educação de Palmas vive um caos e completou: “Chegamos numa situação em que teremos prejuízos provocados única e exclusivamente por essa gestão”.