Disputa acirrada pelo Senado faz surgir candidatos sem palanque
31 julho 2022 às 00h01
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A eleição para o Senado se projeta como uma das mais disputada de todos os tempos da história política do Tocantins. Ao todo, são sete pré-candidatos lançados por seus partidos – Kátia Abreu (PP), Professora Dorinha (UB), Ataídes Oliveira (Pros), Vanderlei Luxemburgo (PSB), Mauro Carlesse (Agir), Claudemir Lopes e Eula Angelin (DC) – sendo que Ronaldo Dimas (PL) e Paulo Mourão (PT) ainda não anunciaram os indicados como pré-candidatos ao Senado, por suas coligações.
Dorinha é o nome da Aliança pelo Tocantins, encabeça pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e os partidos que integram a sua coligação. A deputada não tem apoio unânime da frente governista. Muitos prefeitos permanecem com a senadora Kátia Abreu (pP) que pode sair candidata isolada, apoiando o governador ou migrar definitivamente para a base do pré-candidato Osires Damaso (PSC). O que for mais viável politicamente é o caminho que a senadora vai trilhar.
Vanderlei Luxemburgo depois de percorrer todo o Estado, mantem a agenda de diálogo com líderes políticos e está caindo no gosto de vereadores e prefeitos. Luxemburgo disputa com Ataídes Oliveira a preferência dos parlamentares municipais. Ataídes garante que tem o apoio declarado de mais de 800 vereadores e avalia que o candidato a governador que o tiver em sua chapa, tem muito a ganhar com essa capilaridade que sua pré-candidatura vem alcançando.
O ex-governador Mauro Carlesse (Agir) terá dificuldade de encontrar um candidato a governador para compor chapa. Aliados de Dimas chegaram a cogitar a sua indicação para composição da chapa do ex-prefeito. Carlesse pode até ter muita aceitação junto ao eleitorado, mas enfrenta forte resistência do meio político. Antigos aliados quando esteve à frente do Palácio Araguaia, são hoje os seus maiores adversários. Carlesse está mais próximo de Dimas do que de outros pré-candidatos.
O pastor Claudemir Lopes (Patriota) tem forte apoio do segmento evangélico. Será candidato isolado na aliança governista e com sua postulação pode liderar o segmento evangélico na base governista. A advogada Eula Angelin (DC) depende da pré-candidatura ao governo decolar. O pré-candidato Luciano Castro garante que tem “munição” na agulha, em termos de denúncia para esquentar o debate e mudar o contexto da disputa.
Segundo analistas, a divisão de votos favorece todos os postulantes na medida que a votação individual cai em função da pulverização dos votos. A considerar este fator todos tem chances. As possibilidades de um ou de outro aumenta conforme avanço da própria campanha. A eleição mais disputada para o Senado será também a que o eleitor terá mais de dificuldade de escolher em quem votar. Pode até faltar palanques para alguns pré-candidatos, mas sobra opção de escolha para os eleitores. Até o dia 5 de agosto pré-candidatos ao Senado estarão disponíveis para compor chapa. A partir desta data, o cenário da disputa pode ser bem diferente do que o que se apresenta agora.
Candidaturas isoladas dominam o cenário da disputa pela única cadeira em disputa nestas eleições