O anúncio do presidente da comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), de que novas denúncias não serão acrescentadas à peça original do processo gerou, na terça-feira, 22, muitas discussões entre deputados. A determinação de Rosso teve como base a decisão do relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Ficou definido que citações sobre a presidente em delações premiadas, por exemplo, não serão levadas em consideração. O colegiado deverá se debruçar apenas ao que diz respeito à improbidade administrativa – prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal – supostamente cometida pela presidente entre os anos de 2014 e 2015.

“Está elucidado que nas próximas reuniões novas acusações não serão um obstáculo para o bom andamento no processo dentro da comissão”, declarou o deputado tocantinense Irajá Abreu (PSD). O parlamentar reforçou que, desta forma, “o debate pode fluir e a votação da admissibilidade do processo, ou não, também poderá ser feita de forma célere”. Ele lembrou ainda que a comissão é apenas uma das etapas do processo, depois o plenário terá a atribuição de referendar o relatório da comissão.

A comissão ainda realizará oitivas com testemunhas de acusação e defesa. Ao final, o relator apresentará o parecer para que seja admitido pelo colegiado. Em seguida, o documento seguirá para análise dos deputados e, no plenário, em votação aberta, precisará da aprovação de 342 parlamentares para então seguir para apreciação no Senado.

Halum quer saída de Dilma

Por meio de nota que o correspondente do Jornal Opção, sucursal Tocantins, recebeu da assessoria do deputado federal César Halum (PRB), o parlamentar anunciou na quarta-feira, 23, que votará pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Entre as várias razões elencadas para a tomada de posição, o tocantinense cita o veto da mandatária à auditoria da dívida púbica. “Ao meu ver foi a gota d’água”, comentou. O Partido Republicano Brasileiro deixou a base de Dilma na semana passada decidindo que o mais alto cargo que possuía no governo federal, o Ministério do Esporte, deveria ser entregue à presidente. O ministro, George Hilton, fiel à Dilma e disposto a não entregar o cargo, se desfiliou do partido e ingressou nas fileiras do Pros.

César Halum finaliz a nota dizendo que o impeachment de longe seria o melhor caminho para os problemas que enfrenta o País. Ele diz que isso vai trazer “esperança de dias melhores”.