CPI investigará BRK Ambiental

10 março 2018 às 10h03

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O Diário da Assembleia Legislativa do Tocantins publicou na quarta-feira, 7, o requerimento de autoria do deputado Osires Damaso (PSC) que requer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ações da BRK Ambiental, empresa concessionária de serviços de água e esgoto no Tocantins. Segundo o autor do requerimento, a empresa é suspeita de praticar irregularidades, como abuso nas cobranças dos consumidores.
Para Damaso, essa investigação é imprescindível, pois a CPI esclarecerá, além das denúncias de usuários de supostas cobranças indevidas e abusivas, outras irregularidades, como a relação entre a BRK ambiental, a Agência de Regulação de Palmas (ARP) e a Agência Tocantinense de Regulação (ATR). Esclarecerá também possíveis acordos, faturamentos da empresa, projetos de investimentos e aplicação de recursos, além de averiguar contratos que tratam da privatização da Saneatins e da venda para a Odebrecht e, posteriormente, à própria BRK.
Outro ponto a ser investigado, segundo o requerente, é a forma de gestão dos serviços prestados de manutenção, fiscalização e conservação dos mananciais, rios e represas que abastecem as cidades, além de possíveis crimes ambientais. Ele pretende também solicitar auditoria externa para análise da fórmula de reajuste da tarifa cobrada pelos serviços de abastecimento de água e de esgoto.
Após a presente publicação no Diário da Assembleia, abre-se o prazo de 20 dias para que os líderes de blocos parlamentares façam a indicação dos deputados membros da referida CPI, que poderá atuar também durante o recesso parlamentar, e terá o prazo de 120 dias, prorrogável por até metade desse período, mediante deliberação do Plenário, para conclusão de seus trabalhos.
O requerimento, além da do seu proponente, recebeu a assinatura de mais 11 deputados: Cleiton Cardoso (PSL), Elenil da Penha (PMDB), Eli Borges (Pros), Jorge Frederico (PSC), José Bonifácio (PR), Mauro Carlesse (PHS), Valdemar Júnior (MDB), Toinho Andrade (PSD), Vilmar de Oliveira (SD), Wanderlei Barbosa (SD) e Zé Roberto (PT).