Convenções agitam os bastidores da corrida pelo Palácio Araguaia
24 julho 2022 às 00h02
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A 12 dias do término do período das convenções, alguns pré-candidatos ao governo do Estado ainda buscam compor a chapa majoritária. Se observa uma movimentação cada vez maior em torno dos postulantes ao Palácio Araguaia. Dos cinco pré-candidatos que se mantêm na disputa – Luciano Castro (DC), Wanderlei Barbosa (Republicanos), Ronaldo Dimas (PL), Paulo Mourão (PT) e Osires Damaso (PSC) – apenas um, Luciano Castro, já conseguiu compor a chapa majoritária.
Luciano terá como vice a empresária de Araguaína Luciene Mamedes e a advogada, de Palmas, Eula Angeli, como pré-candidata ao Senado. O DC convoca os convencionais para sua convenção no dia 5, das 14 às 18 horas na sede do partido, em Palmas. A sigla conta com chapa completa de deputado estadual e federal.
O governador e candidato a reeleição Wanderlei Barbosa (Republicanos) está com sua chapa quase completa. Na quarta-feira, 19, apresentou a deputada federal Dorinha Seabra Rezende, Professora Dorinha (UB), como candidata ao Senado, em evento que mobilizou toda a militância governista. Na próxima quarta-feira, 27, em Gurupi, será a vez da apresentação do ex-prefeito Laurez Moreira (PDT) para a vaga de vice. A Aliança pelo Tocantins, que pode chegar a 10 partidos realiza convenção no dia 5 de agosto, no Parque do Povo, em Palmas. Os governistas prometem realizar a maior festa partidária da história do Tocantins.
Paulo Mourão (PT) deve anunciar a composição da chapa majoritária na convenção que está programada para acontecer no dia 4, no Espaço Cultural, em Palmas. Segundo o pré-candidato, a convenção vai oficializar os nomes já referendados no encontro de tática eleitoral promovido pelo partido no início do mês. A tendência é de que os integrantes da chapa – vice e senador – sejam indicados pelos partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança (PV e PCdoB). Mourão tem um problema nessa indicação. Os deputados do PV e do PCdoB, ou seja, os líderes com maior visibilidade, apoiam o governo e acompanham o projeto de reeleição do governador Wanderlei Barbosa. Se não quiser ter problemas, Mourão terá de optar por líderes mais comprometidos com o projeto da federação.
Ronaldo Dimas (PL) ainda corre para compor sua chapa. As tentativas de contar com as deputadas federais Dulce Miranda (MDB), para vice, e Professora Dorinha (UB), para o Senado, falharam. Dimas tem como certa a aliança com o MDB, a quem cabe indicar o vice. Para o Senado, vários nomes estão sendo cogitados. Dimas ainda não marcou a convenção, que também deve ser uma das mais concorridas, pela representação política do pré-candidato, que até aqui liderou as pesquisas de intenção de voto.
O senador Eduardo Gomes (PL) pediu licença no Senado para se dedicar em tempo integral na campanha do ex-prefeito. Pela liderança que o senador exerce junto aos prefeitos, é de se esperar novos desdobramentos na composição final na chapa oposicionista. O próprio senador avalia que a oposição no Tocantins tem condições de unir três senadores, quatro deputados federais e mais de cem prefeitos. É o apoio que Dimas espera para fazer sua campanha decolar. Até agora tem tido dificuldade para costurar esses apoios, indispensáveis.
Osires Damaso trabalha em silêncio. Já conseguiu reunir mais quatro partidos em torno de sua pré-candidatura – PSB, PSD, PRTB e Avante – e busca incluir novas legendas até a data final das convenções. Damaso conta com um candidato competitivo para o Senado, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo (PSB), mas ainda não anunciou quem pode ocupar a vaga de vice. Certamente será um nome do segundo maior partido da aliança, que é o PSD, dirigido pelo senador Irajá Abreu. O partido tem nomes fortes para impulsionar o projeto eleitoral de Damaso. O empresário Edison Tabocão, que chegou a ser cogitado a vice de Wanderlei, é um nome que soma. Resta saber se aceitaria marchar com a terceira via, ainda com pouca expectativa de poder.