Comissão Processante da Assembleia aguarda defesa de Carlesse
13 fevereiro 2022 às 00h01
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Deputados preveem que, para ganhar prazo, governador afastado pode deixar entrega de prova para último momento
Encerra-se nesta terça-feira, 15, o prazo para o governador afastado Mauro Carlesse (PSL) apresentar a sua defesa à Comissão Especial Processante (CEP), instalada pela Assembleia Legislativa em provimento ao pedido de impeachment do governador que tramita na Casa. À comissão cabe investigar as denúncias que motivaram a abertura do processo de impeachment, bem como ouvir a defesa.
Os deputados que integram a comissão preveem que o governador buscando ganhar prazo deixe para apresentar a defesa nos últimos minutos do encerramento do prazo. A partir da apresentação da defesa o relator da comissão deputado Júnior Geo (PROS) tem 10 dias para apresentar o relatório que será votado na comissão e encaminhado ao plenário para apreciação. Se aprovado pela maioria dos deputados, reconhecendo a admissibilidade, o processo tem continuidade.
Integram ainda a Comissão os deputados Elenil da Penha (MDB), pelo bloco MDB-DEM; deputado Eduardo do Dertins (PPS), pelo bloco PPS-Cidadania-PR-PTB-PCdoB; deputado Olyntho Neto (PSDB), pelo bloco PSDB-PP-PTC; e o deputado Zé Roberto (PT), pelo bloco PT-PV. O deputado Júnior Geo, relator da comissão foi indicado pelo bloco PROS-SD-PSL.
Aparelhamento da polícia
O governador afastado também tem prazo de 15 dias contados a partir da última terça feira para explicar aparelhamento da Polícia Civil. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell Marques abriu prazo de 15 dias para o governador e os ex-secretários Rolf Vida (Casa Civil), Claudinei Quaresemin (Parcerias e Investimento), Cristiano Barbosa Sampaio (Segurança Pública), delegados e ex-corregedores da Polícia Civil respondam à ação penal proposta em dezembro pela Procuradoria-Geral da República.
Na ação os gestores são acusados de praticar os crimes de obstrução de investigação e organização criminosa, falsidade ideológica de documentos públicos e denunciação caluniosa de funcionário público.