A comissão de senadores e deputados federais que analisa a reforma educacional – medida provisória 746/2016 -, ouviu na quarta-feira (16/11) exemplos de mudanças em curso em instituições federais de ensino médio. Reitor do Instituto Federal do Paraná, Odacir Zanatta, disse que desde 2014 a escola optou por trocar um currículo fixo de 12 disciplinas por grade flexível com matérias que misturam conhecimentos de diversas áreas e são optativas para o aluno. Apesar de defender a reforma, ele acredita que o texto atual falha ao separar o ensino profissionalizante do básico. “A gente acredita que isso não deva ser separado, a gente defende que o ensino profissional deva ser integrado ao ensino médio desde o princípio, essa é uma defesa que a gente vem fazer inclusive como um princípio da formação para o mundo do trabalho” ponderou o reitor.

Pela MP, após cursar o ciclo de matérias básicas, o estudante pode direcionar seus estudos para áreas específicas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM) é favorável à reforma do ciclo médio, mas criticou a ausência de ações que valorizem a carreira dos professores. Ela elogiou a iniciativa da escola do Paraná.

“É interessante, que tem proximidade, o que nos provoca e chama atenção para o desafio do Brasil é a questão do custo e do financiamento, os institutos federais têm condições de ousar com experiências diferenciadas porque têm professores com dedicação a uma escola, professores que têm um tempo maior de preparo e de organização. Então, eu acho que esse é um dos grandes desafios é juntar o quanto custa essa boa escola e se ela é possível de chegar a todo o Brasil” concluiu.