Ataídes promete acabar com “sangria” do dinheiro público
16 agosto 2014 às 09h18

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Candidato do Pros ao governo afirma que o Tocantins virou refém de repasses federais

Gilson Cavalcante
Crítico contumaz do Sistema “S” e com uma visão empresarial, o senador Ataídes Oliveira, candidato a governador pelo Pros, pretende administrar o Estado, caso tenha êxito nas urnas, com pulso forte e parcimônia. Para isso, propõe realizar uma ampla reforma administrativa, com enxugamento da máquina estatal. Disse que vai acabar com a corrupção por considerar que os recursos públicos não estão bem aplicados como deveriam ser.
A sua ideia é cortar gastos, eliminar o que considera favorecimento político na administração e investir na qualificação profissional dos servidores públicos. “O Tocantins é um gigante adormecido que ainda não acordou”, disse o candidato a uma plateia de empresários, na quarta-feira, 13, em Palmas. Disse que, em um mês, vai acabar com a sangria do dinheiro público e equilibrar as contas do Estado.
Em sua análise, o Tocantins continua refém do governo federal, uma vez que 50% de sua receita, segundo seus cálculos, é proveniente da União. “Se a União – hipótese aventada por ele – deixar de repassar mensalmente os recursos oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), apenas os três maiores municípios tocantinenses sobreviveriam”, avaliou.
Ataídes assumiu o compromisso com os empresários de resgatar a credibilidade política do Estado e atrair empresários e grandes industriais para o Tocantins. No elenco de propostas apresentadas pelo candidato ao governo, sugeriu a criação de um conselho empresarial, que teria como premissa total autonomia para decidir sobre a política de investimentos no setor. E citou como necessidade urgentes a execução de obras nas áreas de saneamento, logística e infraestrutura.
O senador não poupou críticas ao atual governo. No seu entendimento, não foi feito nenhum investimento no setor de segurança pública este ano. “Não há transparência nas contas públicas”, sustentou ao observar que a dívida do Estado, que era de R$ 600 milhões, há quatro anos, pulou para R$ 4 bilhões.