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Prefeito Carlos Amastha: minirreforma para ganhar fôlego administrativo
Prefeito Carlos Amastha: minirreforma para ganhar fôlego administrativo

Gilson Cavalcante

Depois do insucesso nas eleições de outubro deste ano, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), tenta recuperar espaço político para não ver a sua reeleição ameaçada em 2016. Amastha, numa atitude intempestiva, arriscou em duas candidaturas que não tiveram êxito nas urnas: Thiago Andrino (federal) e vereador Major Negreiros (estadual), ambos de seu partido, além de criar animosidades internas e fechar acordo com o governador Sandoval Cardoso (SD). Ao se indispor com o deputado estadual Wanderlei Barbosa (SD) durante a campanha eleitoral, Amastha perdeu um aliado. O parlamentar foi reeleito e o preferido do prefeito (Negreiros), não.

O prefeito precisa reconstruir a sua base política e aglutinar novas forças, visando à reeleição daqui a dois anos. Amastha é sabedor que irá enfrentar forças políticas, que querem assumir o Paço, como Marcelo Lelis (PV), Raul Filho (PT), Eli Borges (Pros), Eduardo Gomes (SD), deputado Aragão (Pros), Wanderlei Barbosa (SD) e Dulce Miranda (PMDB), possíveis pré-candidato à prefeitura da capital. No momento, os partidos que o prefeito pode contar em sua reeleição são PSL, PCdoB, PTN e PP.

Diante desse novo cenário, Amastha aposta numa reengenharia política ao seu modo. E já deu carta branca a Andrino, que assumirá super-secretaria no município para aproximar o PP do governador eleito Marcelo Miranda. A estratégia do prefeito de Palmas, nesse momento, é realizar uma minirreforma administrativa. Uma reunião esse sentido, com os vereadores da base aliada e secretários, está prevista para esta terça-feira, 10. Na pauta também os resultados da eleição 2014.

A tarefa de Amastha não será nada fácil para tentar recompor os cacos de seus estragos políticos. Para ganhar visibilidade, deve cortar 20% dos comissionados e gratificações. Com a exoneração da secretária da Educação, Berenice Barbosa, irmão do deputado Wanderlei Barbosa, a pasta, pelo que se especula, deve ser assumida por Danilo Melo, que já a comandou durante a gestão do ex-prefeito Raul Filho e também em nível estadual, durante a última gestão de Siqueira Campos. Danilo foi derrotado na disputa por uma vaga de deputado estadual.

A Prefeitura de Palmas já encaminhou para a Câmara de Palmas um projeto de lei que visa diminuir 20% dos cargos comissionados. Atual­mente são 480 cargos. O prefeito pretende, com a minirreforma, erradicar a miséria e, com isso, oferecer melhor qualidade de vida à comunidade. “Queremos uma cidade sem miséria e sentimos a necessidade de ter uma pasta para usar os recursos de maneira que erradicaremos a miséria e teremos uma harmonia social”, defende o Executivo.

Resumo da ópera: Amastha não quer perder tempo e cuida logo de se movimentar politicamente, na tentativa de reunir em torno de seu projeto de reeleição os partidos de forte densidade eleitoral, a exemplo de PMDB e PT.