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O Índice de Popularidade Digital (IPD) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atingiu o patamar mais baixo na última segunda-feira, 9, marcando apenas 21 pontos, numa escala que varia de 0 a 100. Esse número é calculado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest.

A queda se deu um dia depois dos ataques golpistas feitos em Brasília por apoiadores de Bolsonaro. Um dia antes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) serem vandalizados, o índice de Bolsonaro era quase o dobro, na casa dos 40 pontos.

O cálculo do IPD é feito com a ajuda de um algoritmo de inteligência artificial que coleta e processa mais de 150 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipédia e Google. Para a análise, é considerado desde o número de seguidores até o engajamento do perfil (quantidade de comentários, curtidas e compartilhamentos por postagem), além da proporção de reações positivas e negativas e o volume de buscas por cada nome

Enquanto isso, o fundador da empresa de consultoria Eurasia, Ian Bremmer, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera que, projeta que o índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode chegar na casa dos 70% depois dos atos dos bolsonaristas extremistas. Se concretizar essa previsão, o presidente terá a mais alta popularidade desde o fim do seu segundo mandato, em dezembro de 2010, quando de 83% a 87% dos brasileiros aprovavam seu, de acordo com pesquisas divulgadas na época.

Vale destacar que o histórico do IPD já vinha registrando a queda dos índices de Bolsonaro desde que perdeu as eleições. Nos primeiros dias de mandato, Lula teve 70 pontos no monitoramento digital, enquanto o ex-presidente seguiu numa média de 40 pontos.

Mas para o cientista político Pedro Mundin, é preciso ponderar que a popularidade nas redes sociais não reflete o a opinião pública. “Quem tem acesso às redes sociais não representa a população como um todo. É uma forma que parte da opinião pública se manifesta, mas não é um espelho dela”, pontuou.