Servidora assediada na UFG afirma que vai procurar Polícia para conter perseguições
12 abril 2023 às 12h03
COMPARTILHAR
A servidora administrativa da Universidade Federal de Goiás (UFG), Monize Ramos, relatou ao Jornal Opção que vai procurar as autoridades policiais para denunciar crimes de assédio moral, calúnia, difamação e stalking que ela alega estar sendo vítima por parte de um colega de trabalho.
“Vou me reunir com minha advogada na tarde de hoje, 12, para tratarmos desta questão junto a Polícia Civil. Eu já fiz um boletim de ocorrência online e agora preciso ir a uma delegacia finalizar o boletim, informando mais detalhes do caso”, disse a servidora.
Ainda segundo Monize, desde a divulgação do caso não houve progresso sobre seu processo dentro da esfera administrativa da UFG.
Leia mais: Servidora da UFG denuncia ser vítima de crime de stalker: “Tenho receio pela minha vida”
“Até o momento nada mudou na relação da UFG comigo, não me chamaram para conversar, continuo trabalhando de porta trancada com e com receio. Hoje vai acontecer uma reunião de gestão em que vou ficar no mesmo ambiente que a pessoa, precisando fingir que nada está acontecendo”, revela.
Posição oficial
Nessa terça-feira, 11, a UFG se manifestou sobre o caso somente por nota, dizendo que “está tomando as providências necessárias de acordo com a legislação pertinente de manifestação e tramitação e legislação de proteção de dados pessoais vigentes.”
A nota, entretanto, não detalha medidas direcionadas especificamente ao caso citado na denúncia da servidora.
Confira a nota da UFG na íntegra:
A Universidade Federal de Goiás (UFG) informa o recebimento de denúncia relacionada ao caso desta servidora técnica-administrativa em educação (TAE) na Ouvidoria da Instituição e que está tomando as providências necessárias de acordo com a legislação pertinente de manifestação e tramitação e legislação de proteção de dados pessoais vigentes.
A UFG destaca que possui meios eficazes de acolhimento, apuração, acompanhamento e punição em casos de assédio moral e/ou sexual.
Desde 2017, foi instituída a Comissão Permanente de Acompanhamento de Denúncias e Processos Administrativos Relacionados a Casos de Assédio Moral, Sexual e Preconceito no âmbito da UFG.
A Secretaria de Inclusão da UFG, criada em 2022, atua no desenvolvimento, fortalecimento e concretização de políticas e ações de reconhecimento da diferença e da diversidade; de inclusão de segmentos societários historicamente discriminados; e de promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento.