Falta de segurança, precariedade e a possibilidade de ficar na estrada são alguns dos riscos que os passageiros de veículos clandestinos correm ao optar pelo transporte não convencional. Nas rodovias goianas, o número de veículos deste tipo vem aumentando. 

Em apenas cinco meses, por exemplo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou 108 apreensões de ônibus, vans, carros entre outros. O número representa 85% de todas as apreensões de 2022, que contou com 125 veículos retirados de circulação. 

“A fiscalização é feita pela ANTT. A gente presta apoio nos nossos postos, olhando documentos e se está tudo certo com o veículo. Normalmente, nestes casos, o motorista não é habilitado, o passageiro não tem seguro e o veículo é precário, mas as pessoas optam por esse meio de transporte por ser mais barato. Neste período de férias as ocorrências tendem a aumentar”, explicou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Newton Moraes. 

Sem para-brisa 

Um dos casos mais inusitados de apreensões ocorreu em abril deste ano, na BR-050, em Catalão. Um motorista foi flagrado pela PRF dirigindo um ônibus de capacete, visto que o coletivo estava sem para-brisa. O veículo também estava sem a placa dianteira e com uma corda segurando a porta, expondo a precariedade deste tipo de locomoção.

O motorista informou que saiu de Uberaba (MG) após o ônibus se envolver em um acidente e que  pretendia chegar até Brasília, no Distrito Federal. Ele foi autuado por conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança viária.

A apreensão faz parte da operação de combate ao transporte clandestino, que segue até o final do mês de julho. As ações, inclusive, são realizadas na Região Metropolitana de Goiânia e nas principais rodovias goianas que dão acesso ao Norte-Nordeste e Sudeste do País. As rotas são comumente utilizadas pelos operadores do transporte não autorizado pela ANTT.

A agência orienta aos usuários que desconfiem de promessas muito vantajosas, veículos que embarcam em praças, postos de combustíveis e não em terminais rodoviários. Esses serviços, provavelmente, possuem alguma irregularidade.