A última decisão do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) considerou a suspensão definitiva de qualquer contrato de credenciamento de empresas responsáveis pela convocação de profissionais da saúde para a Secretaria Municipal de Goiânia. 

Além de exigir a substituição por inteiro do quadro de colaboradores dentro de um período de 30 dias. Uma decisão de suspensão do método de contratação já tinha sido feita, no entanto o Ministério Público de Contas (MPC) apontou descumprimento da decisão por parte da Prefeitura de Goiânia. 

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, defende que os modelos de contratação tem trago evoluções no atendimento de saúde aos cidadãos de Goiânia. A pasta considera em nota que o problema principal do cenário de saúde da cidade é a alta demanda nos serviços de urgência somada a falta de especialistas como pediatras e ortopedistas. 

A SMS comunicou que existem 738 servidores efetivos, que não são o suficiente para atender as demandas. A pasta considerou que o último concurso público realizado em 2023 ofereceu 147 vagas e chamou 152 pessoas. Porém apenas 94 médicos assumiram os cargos. 

A secretaria explica que, por mais que o município tenha 583 médicos credenciados, existem constantes ausências no trabalho por motivos que incluem doenças e acidentes, levando à falta de profissionais em plantão. Justificando assim a contratação de empresas na intenção de preencher essas lacunas.

Em nota a secretaria deixou claro que as contratações de empresas através de pessoas jurídicas seriam para complementar os déficits de profissionais nas unidades de saúde de urgência e de Atenção Primária. Frente a todo esse contexto, a prefeitura afirma que a SMS irá cumprir a decisão do TCM e vai buscar uma alternativa junto ao Tribunal para que a saúde de Goiânia não seja prejudicada. 

Leia também Situação do Samu Goiânia se deteriora e capital conta apenas com cinco ambulâncias em circulação