Goiânia deveria rescindir contrato do BRT e destinar verba para maternidades, diz vereador
20 setembro 2023 às 07h59
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O vereador Léo José (Republicanos) criticou a assinatura de um acordo entre a prefeitura de Goiânia e o consórcio responsável pela obra do BRT no valor de R$ 15 milhões. “Foi feito esse acordo que daria para pagar as três maternidades de Goiânia e atender mais de 20 mil mães”, disse. Segundo o parlamentar, a obra do BRT deveria ter o “contrato rescindido e uma nova licitação deveria ser aberta”.
Para o vereador, o acordo é temeroso e apontou que o Paço municipal precisa rever suas prioridades. “Fazer um acordo numa obra de importância para toda Goiânia, mas que está parada há mais de 6-7 anos, eu acho que teria outras prioridades como as maternidades para ser pago”, aponta.
O corredor exclusivo de transporte coletivo Norte-Sul (BRT) em Goiânia terá sua conclusão adiada por dois meses, com a nova data de entrega prevista para dezembro. O acordo também envolve o pagamento de uma taxa de administração geral no valor de R$ 15 milhões, em vez dos R$ 63,9 milhões inicialmente cobrados pelas empresas.
Enquanto isso
Fundação responsável pela gestão das três maternidades municipais de Goiânia suspendeu os atendimentos não emergenciais para garantir o funcionamento das unidades. De acordo com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), o valor para a manutenção das três maternidades gira em torno de R$ 20 milhões mensais.
“Em 13/09 a fundação recebeu R$ 5 milhões, montante suficiente apenas para pagar salário e algumas despesas trabalhistas que estavam em atraso dos colaboradores celetistas. Até o momento, o vale alimentação, um benefício do trabalhador, não foi pago”, diz a instituição. Assim, o valor total em aberto para os três últimos meses deste ano é de R$43.312.902,20.”, pontua.
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