Febre Oropouche foi identificada em 22 estados; Goiás não registrou nenhum caso
28 dezembro 2024 às 11h00
COMPARTILHAR
Desde 2023, o Brasil tem registrado um aumento no número de casos de febre Oropouche, com 11,6 mil casos confirmados até a semana epidemiológica 50 de 2024. A transmissão foi identificada em 22 estados, com exceção de Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, que registraram apenas casos importados.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), até o momento, nenhum caso foi registrado no estado. A febre Oropouche é uma doença viral transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
No Brasil, foram confirmados quatro óbitos associados ao vírus, e outros quatro permanecem em investigação. Também foram registrados cinco casos de transmissão vertical, sendo quatro óbitos fetais e um caso de anomalia congênita. Outros 24 casos de transmissão vertical estão em investigação, incluindo 20 óbitos fetais e quatro casos de anomalias congênitas.
Os sintomas da infecção por Oropouche podem durar de 2 a 7 dias. Embora alguns sintomas sejam semelhantes aos da dengue, o Ministério da Saúde esclarece que o tratamento deve ser avaliado individualmente, já que a doença ainda está sendo mais bem compreendida. Os sintomas incluem:
- Febre
- Dor de cabeça prolongada e intensa
- Dor muscular e nas articulações
- Tontura
- Dor nos olhos
- Calafrios
- Sensibilidade à luz
- Náuseas
- Vômitos
Medidas de prevenção:
- Uso de telas e mosquiteiros: Instale telas de malha fina (com gramatura inferior a 1,5 mm) nas janelas e mosquiteiros para bloquear a passagem do vetor.
- Repelentes: Embora a eficácia contra maruins não tenha comprovação, o uso de repelentes é recomendado para proteção contra outros insetos, como Culex e Aedes aegypti.
- Manejo ambiental: A principal medida de controle é a manutenção do ambiente limpo, evitando o acúmulo de material orgânico, como folhas e frutos de plantas.
- Cuidados com gestantes: As grávidas devem evitar atividades que envolvam risco de exposição ao vetor, como a limpeza de quintais.
Leia também:
Goiás registra 331 mil casos de dengue em 2024; letalidade é 7 vezes maior do que em 2023
Com mais de 400 mortes, 2024 foi ano mais impactado pela dengue na história de Goiás, diz SES
Butantan pode registrar 1ª vacina contra a dengue em dose única do mundo