O aumento de casos de Covid-19, aliado ao recorde de incidência por dengue e as doenças respiratórias causadas pelas mudanças climáticas vêm refletindo sobre as distribuidoras de medicamentos, em Goiás. 

Farmácias e drogarias, por exemplo, têm registrado falta de medicamentos de pelo menos quatro categorias: antibióticos (Zinnat, amoxicilina+clavulanato de potássio), antialérgicos (Allegra), anti-hipertensivos (atensina-clonidina) e anti-inflamatórios (hexomedine). 

A empresária e conselheira do Conselho Regional de Farmácias (CRF), Sandra Costa, diz que o cenário é um reflexo da pandemia, visto que grande parte dos insumos são produzidos nos países asiáticos, como a Índia e a China. As duas nações, inclusive, passaram por um recente lockdown.

“Normalmente há um aumento de infecções respiratórias nesta época do ano, em decorrência das mudanças do clima. Em consequência também há um aumento considerável no consumo desses medicamentos. Quando a pessoa percebe que está em falta, ela corre para comprar”, conta.

Prejudicial 

A dificuldade em encontrar o remédio em falta pode ‘complicar’ a vida do paciente. Isso porque o uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte. Além disso, o indivíduo também pode desenvolver intoxicação e resistência a droga lícita.

“A falta do tratamento com o medicamento eficaz pode levar a um agravamento do quadro infeccioso do paciente”, conclui Sandra.