É comum afirmar que a percepção do tempo pode variar de acordo com as circunstâncias que vivenciamos. Por exemplo, quando estamos com medo, os segundos parecem se estender, enquanto um dia solitário pode parecer passar devagar. Por outro lado, quando temos uma tarefa para entregar dentro do prazo, as horas parecem passar rapidamente.

Psicólogos da Universidade Cornell, nos Estado Unidos, publicaram um estudo na revista Psychophysiology neste mês, que constatou que as distorções de tempo que experimentamos podem ser geradas pelos batimentos cardíacos quando observados em nível de microssegundos, já que sua duração pode variar de momento a momento.

Pesquisa

Os psicólogos conduziram um experimento com estudantes universitários, em que foram dados eletrocardiogramas para medir com precisão a duração de cada batida cardíaca, em seguida, os participantes foram solicitados a estimar a duração de tons de áudio curtos.

Os resultados indicaram que após um intervalo de batimento mais longo, os estudantes perceberam o tom como sendo mais longo, enquanto que intervalos mais curtos levaram os participantes a avaliar o tom como sendo mais curto. Após cada tom, os intervalos de batimentos cardíacos dos participantes aumentaram.

A percepção do tempo tornou-se um tema de maior interesse desde o início da pandemia da Covid-19, que interrompeu muitas atividades presenciais e deixou pessoas em todo o mundo enfrentando períodos de tempo difíceis de distinguir.