A comunidade médica teve que se adaptar à presença do “Dr. Google”, já que a ferramenta de busca da gigante desempenhou um papel importante no esclarecimento de dúvidas relacionadas à saúde. Agora, médicos, hospitais, pesquisadores e startups estão se preparando para a chegada de um substituto ainda mais poderoso, conhecido como “médico de família”, que é o ChatGPT, um chatbot avançado impulsionado por inteligência artificial (IA) da startup americana OpenAI.

Porém, o chatbot “esperto” da OpenAI jogou nova luz sobre a tecnologia, o que vem movimentando o mundo da saúde e forçando a comunidade médica a compreender o que fazer com a ferramenta. A julgar pelo interesse inicial, será muito difícil em um futuro próximo não frequentar um consultório que não tenha algum sistema do tipo.

A aplicação da inteligência artificial (IA) na área da saúde não é uma novidade, especialmente em áreas como a radiologia, que trabalha com o reconhecimento de imagens, e já obteve avanços significativos. Hospitais e pesquisadores têm se dedicado há anos a encontrar maneiras de incorporar essa tecnologia à rotina de médicos, pacientes e instituições, com o objetivo de salvar vidas e gerar benefícios econômicos.

A National Bureau of Economic Research, uma ONG americana, estima que a ampla adoção de sistemas de IA pode reduzir em 5% a 10% os gastos anuais dos EUA com saúde, o que representa uma economia de entre US$ 200 bilhões e US$ 360 bilhões. Apesar dos benefícios potenciais, o uso da IA na saúde ainda enfrenta desafios significativos, incluindo questões éticas e de segurança dos dados.