Especialistas alertam: não basta exercitar o corpo, o cérebro também precisa de exercício. Ler é o hábito saudável mais difundido de promover o desenvolvimento intelectual, cultural e social das pessoas, mas os benefícios também têm impacto na saúde física dos indivíduos. A leitura pode ajudar a preservar a saúde cerebral e prevenir doenças como o Alzheimer.

Segundo dados apresentados na Alzheimer’s Association International Conference, a estimativa é que, nos próximos anos, os índices de demência continuem a subir em todo o mundo. E, tendo esse cenário em vista, desde cedo, é preciso despertar a atividade cerebral e desenvolver habilidades cognitivas como a memória, a atenção, o raciocínio e a criatividade.

Para a psicóloga Thalita Martins, usar a biblioteca como um mecanismo de relaxamento e estímulo é fundamental da prevenção de doenças. Ela lembra que a leitura pode ser uma forma de escapar dos problemas do dia a dia, reduzindo o estresse e oferencendo uma fuga do excesso de telas. “No livro não existem abreviações como usamos no celular, como o “pq” e “vc”. O livro compreende a língua portuguesa como ela é escrita”, completa Thalita.

Mas não adianta exercitar o cérebro e esquecer do resto do corpo: os exercícios físicos também são importantes para um envelhecimento saudável. Isso porque a atividade física ajuda a manter a força muscular, a flexibilidade e pode também ajudar a prevenir ou retardar o início de doenças neurodegenerativas.

ALém disso, é importante lembrar que a prevenção de doenças relacionadas ao cérebro não depende apenas do exercício da mente, mas também de outros fatores, como manter uma dieta saudável, controlar o estresse e praticar atividades físicas regularmente. E é fundamental consultar um médico regularmente para avaliar a saúde e realizar exames preventivos.

A psicóloga explica que o desenvolvimento do cérebro se completa por volta dos 20 anos. Depois dessa idade, gradualmente, as funções cognitivas começam a reduzir. “Temos que trabalhar a mente desde a infância”, explica. Assim, a estimulação é um fator crucial e, para isso, existem atividades que colaboram com esse processo. Esse é o caso dos jogos de tabuleiro, xadrez, e até o aprendizado de um novo idioma.

Para Thalita, o ajuste de alguns hábitos do dia a dia, como, por exemplo, “pegar uma nova rota no trânsito ou andar de bicicleta no bairro” ajudam a estimular o cérebro. E ela alerta que o uso excessivo e inadequado do celular pode afetar a atenção, a concentração e a memória, prejudicando o desempenho cognitivo em algumas atividades.

E ela oferece cinco dicas para manter o cérebro sempre ativo:

  1. Ler livros e artigos de diferentes assuntos, o que pode ajudar a melhorar a memória e a capacidade de concentração.
  2. Resolver quebra-cabeças, como palavras cruzadas, sudoku e jogos de memória, que ajudam a estimular o raciocínio lógico.
  3. Aprender uma nova habilidade ou hobby, como tocar um instrumento, pintar ou aprender uma nova língua, que estimula o cérebro a aprender novas informações e desenvolver novas habilidades.
  4. Participar de atividades sociais, como grupos de leitura ou aulas de dança, que podem ajudar a melhorar a saúde emocional e cognitiva.
  5. Praticar exercícios físicos regulares, como caminhada ou ioga, que podem ajudar a melhorar a circulação sanguínea e a oxigenação do cérebro, além de reduzir o estresse e a ansiedade.