O primeiro balão intragástrico engolível, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado, já está sendo oferecido por algumas clínicas médicas no Brasil. A ideia é oferecer um tratamento menos invasivo, em comparação com as atuais opções, como cirurgias bariátricas. A grande novidade do produto é a sua confecção em poliuretano, um material com menos densidade e mais maleável.

Caso haja indicação médica para uso, o novo balão intragástrico pode ser engolido por meio de uma cápsula, igual qualquer outro comprido ou medicação. Após 16 semanas no organismo, ele é expelido naturalmente durante uma ida ao banheiro rotineira. Só que especialistas apontam que a alternativa não pode ser vista como a solução, apenas uma etapa do tratamento porque não possui resultados semelhantes com a bariátrica.

Segundo os pesquisadores, o grande problema do uso isolado seria a grande chance de recuperação do peso perdido. Entretanto, se for usado da maneira correta, pode proporcionar uma perda de 10% a 15% do peso em 4 meses, segundo a fabricante Allurion.

Utilizados a mais de 15 anos no Brasil, balões intragástricos só podem ser utilizados em pacientes com índice de massa corporal (IMC) a partir de 30. Eles servem para ocupar espaço dentro do estomago, o que leva a maior sensação de saciedade e menor apetite, causando o emagrecimento.