Catalão é a 11ª cidade mais populosa de Goiás, com mais de 114 mil habitantes. A cidade se destaca por ter produzido diversas personalidades ilustres na literatura, cinema, música e artes plásticas. Entre essas figuras, estão Amado Batista, ícone da música popular brasileira, e Goiandira de Couto, renomada artista plástica.

Outros nomes de destaque incluem William Agel de Mello, um dos maiores latinólogos do Brasil, cujos dicionários bilíngues são referência em estudos linguísticos. Catalão é um verdadeiro berço cultural, abrigando cineastas, dramaturgos e uma diversidade de talentos, que nem sempre recebem o reconhecimento merecido. Por isso, a cidade é carinhosamente chamada de “Atenas de Goiás”, devido à sua rica e duradoura produção cultural.

Catalão também preserva seu passado com orgulho. Lugares como o Morro da Saudade – também conhecido como Morro das Três Cruzes – oferecem uma vista panorâmica incrível da cidade, enquanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde ocorre a grande celebração da Congada, é muito visitada por turistas e moradores locais.

A cidade possui uma arrecadação mensal de aproximadamente R$ 70 milhões. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Catalão em 2021 foi de mais de R$ 9,9 bilhões, colocando a cidade como a quinta maior economia do estado.

Sendo uma cidade próspera e a maior economia do sudeste goiano, a cadeira do executivo é sempre disputada com muita determinação pelos candidatos a governar a população catalana. No passado, essa disputa pelo poder era marcada por violência, com confrontos armados.

Analisando o cenário político das eleições presidenciais de 2022, apesar da forte influência do agronegócio em Catalão, uma área predominantemente de direita, Lula da Silva (PT) venceu o primeiro turno com 48,74% dos votos, enquanto Bolsonaro (PL) obteve 43,80%. No segundo turno, Bolsonaro conseguiu uma vitória apertada, com 50,08% dos votos contra 49,92% de Lula.

Para as próximas eleições municipais, a concorrência promete ser acirrada. A cidade conta com cinco pré-candidatos, cada um buscando convencer o eleitor de que seu projeto é o melhor para a população. Com o objetivo de informar os eleitores, o Jornal Opção ouviu os postulantes, que expuseram seus planos e projetos para a cidade, caso sejam eleitos.

Velomar Rios (MDB)

Velomar Gonçalves Rios, 65 anos, filho de Ataídes Rios Sobrinho e Maria Pinto Rios. É casado com Neusa Rios e tem três filhos: Maísa, Murilo e Matheus. Natural de Americano do Brasil – GO, mudou-se ainda criança para Trindade, onde seu primeiro trabalho foi vender bananas cultivadas pelo pai no fundo do quintal.

Devido às dificuldades, a família Rios tentou a sorte na cidade vizinha de Nazário. Na adolescência, Velomar conseguiu seu primeiro emprego formal como balconista na Casa Pedrosa Tecidos. Com alguma experiência no ramo, mudou-se para Goiânia, onde vendeu confecções no famoso Magazine Central e, posteriormente, trabalhou na Nacional Tecidos.

Em agosto de 1985, Velomar mudou-se para Catalão, onde iniciou o curso de Direito no Centro de Ensino Superior de Catalão (CESUC) após ser aprovado no vestibular. Para se sustentar, trabalhou na Casa Bom Gosto, Tecidos. Um ano depois, conseguiu um emprego no Cartório Eleitoral como recadastrador de títulos. Em seguida, foi nomeado atendente na Secretaria de Obras da Prefeitura de Catalão pelo então prefeito Haley Margon Vaz.

Velomar ocupou vários cargos públicos em Catalão e Goiás. Foi chefe de gabinete do prefeito e presidente da Empresa Municipal de Habitação de Catalão (EMHCASA). Em 1990, tornou-se atendente da Secretaria de Agricultura de Goiás e, de 1991 a 1992, foi chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Fazenda.

Velomar Rios é pré-candidato a prefeito de Catalão l Foto: Arquivo pessoal

De volta a Catalão, entre 1993 e 1996, foi chefe de gabinete do prefeito José Moreira e presidente do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores de Catalão (IPASC). Em 1998, assumiu a chefia de gabinete da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio, em Goiânia. Em 2000, foi nomeado assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual Adib Elias.

Com a eleição de Adib Elias a prefeito, Velomar assumiu a Superintendência do IPASC e do Pró-Saúde, permanecendo no cargo até 2005. De 2006 a 2007, foi secretário para Assuntos Comunitários e, de 2007 a 2008, secretário de Finanças. Deixou a pasta em abril de 2008 para disputar a prefeitura de Catalão. Vitorioso, administrou a cidade de 2009 a 2012. Com a eleição de Adib Elias em 2016, voltou a assumir a superintendência do IPASC/Pró-Saúde. Em 2019, foi nomeado secretário de Saúde, comandando a pasta durante a pandemia do coronavírus, até março deste ano, quando se desincompatibilizou para disputar novamente a prefeitura de Catalão pelo MDB.

Velomar destaca sua serenidade e simplicidade como marcas de sua liderança popular. “As pesquisas mostram que, mesmo sem declarar minha candidatura, meu nome já aparecia como o mais preferido”, afirma.

Velomar Rios também é empresário no setor de embalagens. Na campanha eleitoral de 2008, enfrentou e venceu Jardel Sebba com 52% dos votos. Ele relata que foi discriminado pelo adversário, que disse: “Catalão não pode cair nas mãos de um vendedor de sacolinhas.”

Como prefeito, desenvolveu importantes obras nas áreas de saúde, educação, saneamento e programas sociais premiados.

Velomar tem uma estreita relação com Haley Margon Vaz, de quem foi secretário de Obras e chefe de gabinete quando este foi prefeito e, depois, secretário estadual da Fazenda. Velomar apoia o projeto desenvolvido por Haley no Instituto João Margon Vaz e planeja uma parceria entre o instituto e a rede municipal de educação em seu governo. Atualmente, Haley faz parte do conselho político da candidatura de Velomar Rios à prefeitura. Ambos são emedebistas da velha guarda.

O vice de Velomar Rios será Nelson Fayad, atual secretário de administração do prefeito Adib Elias e presidente do diretório municipal do MDB em Catalão. Nelson Fayad já ocupou vários cargos públicos no município e era considerado para dar continuidade ao projeto do MDB. No entanto, Velomar Rios se destacou mais nas pesquisas.

Além do MDB, outros partidos que estão apoiando Velomar Rios são Solidariedade, Podemos e União Brasil.

Elder Galdino (Republicanos)

O pecuarista Elder Galdino (Republicanos), que anteriormente fazia parte do grupo do prefeito Adib Elias (MDB), tentou consolidar seu nome junto à cúpula do MDB tanto na cidade quanto no Estado. No entanto, as negociações não avançaram, e Elder Galdino optou por mudar de partido para concorrer ao executivo municipal. “Se preciso for, mudo de partido, mas não retiro meu nome da disputa”, dizia ele na época.

Elder Galdino, de 56 anos, é natural de Catalão e trabalha no ramo da agropecuária e do agronegócio. Elder Galdino está entre os maiores pecuaristas de Goiás. Elder nunca exerceu um cargo público, mas garante que a melhor escola é a da vida. “Sou um bom gestor dos meus negócios e por isso tenho tido sucesso”, afirma.

Elder Galdino relata que disputou a eleição de 2020 pelo MDB, ficando em segundo lugar. Apesar de não ter sido eleito, Elder afirma que a boa performance o qualifica para a próxima disputa. “Agora tenho maiores chances, pois estou em um partido que está me dando todo o apoio e já tenho meu nome mais conhecido pela população de Catalão”, ressalta.

Elder Galdino e Marilia Sebba l Foto: Arquivo pessoal

Elder destaca que, embora não se considere um político, a política está em seu DNA, pois seu avô e um irmão já exerceram cargos executivos em outras cidades. Ele diz que colocou seu nome à disposição por gostar de ajudar as pessoas e porque a política facilita esse trabalho social. Outro fator, segundo ele, é mudar a política de Catalão.

“Precisamos mudar a forma de fazer política aqui. O prefeito tem que gostar de gente, tratar bem as pessoas, e em Catalão o gestor atual não gosta de gente, trata mal a população. Esta administração só pensa em obras e as pessoas são esquecidas. Proponho uma política mais humana”, pontua.

De acordo com Elder, Catalão é uma cidade rica, mas o dinheiro não está retornando para o povo. Ele destaca que a saúde e a educação precisam urgentemente de investimentos para melhor atender os catalanos. Entre os projetos do candidato a prefeito, está a construção de moradias a custo zero para os mais necessitados.

Elder Galdino ressalta que a cidade está bem arrumada, mas somente no centro, para dar uma boa impressão aos visitantes, enquanto nos bairros mais afastados a situação é de calamidade. “Há esgoto a céu aberto, ruas sem asfalto e muitos buracos. Hoje existem duas Catalão: a do centro e a dos bairros. Quero mudar essa realidade, quero ser um prefeito que atenda a toda a população do município, seja rica ou pobre. Um prefeito não pode discriminar seu povo, pelo contrário”, enfatiza.

Elder Galdino garante que a saúde e a questão social são as maiores carências do município. “A saúde está abandonada e na área social não existe nenhum programa que atenda a população”, diz.

Questionado se a direita está dividida na cidade, considerando que existem três pré-candidatos considerados de direita, Elder afirma que não pertence a nenhum lado específico. “Sou um candidato do povo, seja ele de direita ou de esquerda. Para ser prefeito, eu preciso do voto de todos e, se eleito, vou governar para todos”, afirma. Na eleição presidencial, Elder destaca que permaneceu neutro.

Perguntado sobre a possibilidade de uma união entre Elder Galdino e Renato Ribeiro, pré-candidato do PL, Elder assegura que já houve conversas nesse sentido e que não descarta essa possibilidade. “Podemos sim chegar a este acordo, entretanto, já deixei bem claro que não renuncio à minha candidatura majoritária. O apoio do PL será bem-vindo, mas com esta condição”, garante.

Perguntado se ele tem projetos para a educação e se, caso seja eleito, faria algum tipo de parceria com o Instituto João Margon Vaz, Elder enfatiza que Haley Margon, criador do instituto, foi um grande gestor que fez da educação sua prioridade enquanto governou a cidade. “Me inspiro em seu Haley Margon e, se eu ganhar a eleição, buscarei uma parceria com o instituto e com todos que apoiem a educação. Essa área será priorizada em meu governo”, afirma.

Em relação às alianças partidárias, Elder relata que já está consolidado o apoio do Republicanos, PSDB, AGIR, Avante, PRD e PDT. Elder Galdino destaca que sua vice já está escolhida e será Marília Sebba, irmã do deputado estadual Gustavo Sebba e filha do ex-prefeito de Catalão, Jardel Sebba.

Maria Moura (PT)

A professora Maria Moura, de 64 anos, não nasceu em Catalão, mas em Campo Alegre, uma cidade vizinha. No entanto, ela vive em Catalão há 60 anos, dedicando-se à população local. Maria Moura enfatiza que é mãe, avó, professora, mestre em educação, sindicalista e ativista das causas sociais. Ela é conselheira em educação e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

Maria Moura é pré-candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e decidiu colocar seu nome à disposição por se considerar uma pessoa bem articulada politicamente, que não se conforma com as estruturas sociais existentes no município. “Agora, como aposentada, terei mais tempo para me dedicar ao povo de Catalão, com uma perspectiva de inovação dentro deste cenário. Queremos modificar o histórico político de nossa cidade”, afirma.

Maria Moura é pré-candidata a prefeita de Catalão l Foto: Cilas Gontijo/Jornal Opção

Maria Moura diz que, se eleita, promoverá uma política progressista, democrática e humanitária. “São valores que estão muito desgastados de um modo geral, mas principalmente em Catalão”, destaca. Ela planeja realizar uma gestão participativa com inclusão social.

Maria Moura ressalta que, em uma possível gestão, trará felicidade para o povo catalano, pois acredita que a cidade pode ser um lugar onde as pessoas são felizes. Para ela, a cidade precisa do cuidado de uma mulher. “Nós, mulheres, temos um olhar holístico, ou seja, um olhar panorâmico sobre todos os problemas de uma cidade e, por isso, queremos materializar isso na política.”

Ela acredita que a política está carente de políticos assim e que Catalão pode ser referência não apenas para Goiás, mas, talvez, para o mundo. Maria Moura destaca como adjetivos que a qualificam para pleitear o executivo, a presidência do PT na cidade, sua experiência como sindicalista e presidente do Sintego, representando toda a região. “Temos uma conjuntura favorável e um presidente do nosso partido, então isso facilitará muito o nosso trabalho como prefeita, se assim o povo desejar”, aponta. Ela menciona a boa votação de Lula da Silva na cidade como um indicador positivo para a eleição municipal.

Dentro dos projetos, Maria Moura ressalta que a cidade precisa ser reconstruída, especialmente na estrutura humana. “Nosso carro-chefe será a educação, sem dúvida. Essa será nossa prioridade, sendo inclusiva e gratuita, com educação infantil em tempo integral”, garante. Ela pretende firmar parcerias, inclusive com o Instituto João Margon Vaz, que oferece ensino nas áreas de matemática, robótica, informática e astronomia, especialmente para crianças de escolas públicas.

A saúde é outra área que receberá prioridade, caso vença o pleito. “A saúde em nosso município está precária em todas as instâncias. Precisamos garantir assistência básica à saúde, preferencialmente nos bairros, e fortalecer toda a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), fazer o sistema funcionar.”

Outra área que terá atenção será o transporte. “Como pode uma cidade do porte de Catalão não ter transporte público? É um absurdo. O maior prejudicado é a classe trabalhadora. Temos uma proposta de transporte com tarifa zero para a população catalana”, assegura. Na segurança, Maria Moura pretende usar a tecnologia e cuidar da limpeza e iluminação, que, segundo ela, influenciam diretamente na segurança.

Sobre alianças, Maria Moura destaca que estão organizados em uma frente democrática composta pela federação PT, PcdoB e PV, além do PSB. Ela menciona que o vice na chapa será o economista e catalano, Fernando Netto Safatle, do PSB.

Questionada sobre uma possível divisão da esquerda na cidade, considerando que o PSOL também lançou Ismael Calon como pré-candidato, Maria Moura reconhece que deveriam estar unidos neste momento. Ela ressalta que, pela primeira vez, existe uma oposição na cidade. “A democracia permite que qualquer partido lance um pré-candidato. No entanto, estamos em processo de construção e acredito que haverá um movimento de união em torno daquele que estiver mais bem avaliado pelo eleitor”, analisa.

Ismael Calon (PSOL)

Ismael Belarmino Rosa, mais conhecido como Ismael Calon, tem 50 anos e nasceu em Catalão. Ele é policial aposentado e atualmente trabalha no setor metalúrgico, onde possui grande experiência. Além disso, Ismael Calon é presidente estadual da etnia cigana Calon e presidente municipal do PSOL na cidade.

Apesar de não ser cigano por nascimento, Ismael conta que durante seu tempo como policial militar em Itumbiara foi adotado pela comunidade cigana, que o considerava um filho devido à sua defesa dos interesses do povo cigano. “Como policial, testemunhei o quanto esse povo era maltratado, inclusive por colegas de farda. Decidi então ajudar a comunidade local e logo me vi completamente envolvido nas causas ciganas, que lutam por respeito, moradia e dignidade humana”, relata.

Ismael Calon e Raquel Machado l Foto: Cilas Gontijo/Jornal Opção

Ismael Calon enfatiza que nunca ocupou um cargo político, mas sua experiência em defender os mais vulneráveis lhe proporcionou as habilidades necessárias para uma boa gestão à frente da prefeitura. Ele menciona sua participação anterior nas eleições, quando concorreu ao legislativo pelo PT, destacando: “Desde as eleições passadas, percebemos uma tendência de Catalão para a esquerda. Como único pré-candidato verdadeiramente de esquerda e representante de um partido genuinamente de esquerda, sou eu”, reforça.

Ismael Calon relata que seu interesse pela política começou em 2010, quando trabalhou na campanha do ex-prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, e da deputada federal Magda Mofatto, coordenando suas campanhas em diversas cidades.

Ele argumenta que seus mais de 20 anos de serviço público, com foco nas necessidades da população carente de Catalão e seu conhecimento dos 152 bairros da cidade, o qualificam para disputar a prefeitura. “Conheço cada canto dessa cidade, entendo as dificuldades das pessoas. Não ajudo apenas em época de eleição, mas constantemente. Esta é minha filosofia de vida: ajudar o próximo.”

Ismael Calon descreve seu projeto de governo como abrangente, visando todas as áreas. Critica a administração atual por priorizar obras visíveis em detrimento das necessidades básicas da população, como saúde, educação e transporte público. Ele promete melhorar a qualidade de vida dos moradores, afirmando: “Nossa cidade é rica o suficiente para garantir uma vida melhor para todos. Nossa proposta é abraçar verdadeiramente a população”.

Em relação à segurança pública, Ismael destaca sua experiência policial e promete uma gestão em colaboração com a Polícia Militar de Goiás, além de criar uma guarda municipal qualificada. Ele apoia o uso de câmeras nas fardas dos policiais como medida para aumentar a credibilidade da instituição e proteger os próprios policiais, e planeja implementar a patrulha Maria da Penha.

Na área da educação, Ismael Calon reitera seu compromisso em oferecer ensino de qualidade em período integral, buscando parcerias para inovar na educação municipal, incluindo com o Instituto João Margon Vaz. “A prefeitura tem a obrigação de buscar essas parcerias, pois é uma questão social”, destaca.

Ismael Calon enfatiza que o PSOL é o único partido de esquerda em Catalão, com um histórico de luta em prol dos menos favorecidos. Ele se mostra aberto ao diálogo com o PT para fortalecer seu projeto político. Ismael frisa que a Rede está fechada com o PSOL e já tem como vice Raquel Machado.

“Meu compromisso é com a justiça social! Estou determinado a lutar por uma cidade onde todos tenham acesso igualitário a oportunidades, serviços e direitos. Vamos trabalhar para garantir que nenhuma voz seja silenciada, que ninguém seja esquecido. Minha missão é construir um futuro mais justo e inclusivo para todos.”

Renato Ribeiro (PL)

Renato Ribeiro dos Santos, de 45 anos, é um produtor de soja da região de Catalão, nascido em Guará, SP. Ele menciona que seu pai possui uma propriedade rural em Catalão há 45 anos, enquanto ele mesmo reside na cidade há mais de duas décadas. Apesar de não ter nascido em Catalão, Renato casou-se na cidade, onde também teve seus filhos. Já foi agraciado com o título de cidadão catalano e durante seis anos, presidiu o sindicato rural local.

Sua motivação para entrar na disputa pela prefeitura vem da vontade de modificar a política municipal. À frente do sindicato, Renato afirma tê-lo transformado no maior do Estado de Goiás, assim como a ExpoCatalão. “Desde que entrei no sindicato, sempre busquei melhorá-lo, pois Catalão nunca foi uma referência nessa área. Conseguimos alcançar os resultados positivos desejados”, destaca.

Renato relata que, devido aos impactos positivos alcançados na instituição, foi incentivado por um grupo significativo de pessoas a concorrer à prefeitura. “Tenho me preparado nos últimos 20 anos, trabalhando com gestão e lidando com pessoas nas fazendas da família. Minha administração é focada no desenvolvimento das pessoas”, explica ele.

Renato Ribeiro e Júnior Roque l Foto: Arquivo pessoal

Ele propõe unir a política de Catalão, algo que não acontece há mais de 40 anos, segundo ele. Renato argumenta que a política deve beneficiar a todos, não apenas alguns grupos específicos, e acredita que sua independência de tais grupos o capacita para promover essa união. Seu slogan, “Inova Catalão”, reflete sua visão de manter o que está funcionando bem, corrigir o que não está, sem perseguições após a campanha.

Renato se descreve como o único representante da direita na cidade e lista a reestruturação da saúde e a resolução do problema de falta de água potável como prioridades. Ele também pretende resolver os desafios de mobilidade urbana e melhorar a educação em Catalão, buscando parcerias, como com o Instituto João Margon Vaz.

Questionado sobre a possibilidade de uma aliança entre o PL e o Republicanos de Elder Galdino, Renato Ribeiro explica que na política nada é impossível. “Estou certo da minha candidatura e já tenho um vice definido, mas na política tudo é discutido. Neste momento, não posso afirmar nem sim nem não, pois ainda temos dois meses de pré-campanha”, admite. Renato Ribeiro ressalta, contudo, que já ocorreram algumas conversas a esse respeito.

Sobre possíveis alianças políticas, Renato menciona que está em conversas, incluindo com o Partido NOVO e seu pré-candidato a vice-prefeito, Júnior Roque, também produtor de soja. Ele destaca que ainda há tempo para definições durante a pré-campanha. Renato Ribeiro revela existe conversas para que Bolsonaro participe diretamente da campanha na cidade.

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