O Hutrin em Trindade e um bom plano de Saúde
31 janeiro 2015 às 11h10

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Há dois anos, fotografei no hospital um paciente utilizar papel higiênico em ferifmento porque não havia gaze. Neste mesmo lugar, fui agora submetido a uma cirurgia com anestesia, sala climatizada e procedimentos de um excelente profissional

Fábio Ph
Especial para o Jornal Opção
Abro este artigo particular, agradecendo o excelente atendimento que recebi na quarta-feira, 28, no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), administrado pelo Instituto Gerir, bancado pelo governo do Estado de Goiás, uma conquista do prefeito da cidade, Jânio Darrot (PSDB), junto ao governador Marconi Perillo. Alguém pode pensar: “Mas você trabalha no governo do município, sempre será bem atendido no Hutrin.” Nada disso: não entrei no Hutrin pelas portas do fundo. Fui submetido a uma pequena cirurgia e passei pelo procedimento normal.
Tinha marcado a cirurgia havia dez dias, no balcão, cheguei naquele dia por volta das 12 horas e, obedecendo à ordem de chegada — pessoas idosas com prioridade de atendimento —, fui operado com muita competência às 15h30 pelo médico Daniel Cabriny.
Sentado ali no banco, por mais de três horas, pude observar o trâmite em um setor de atendimentos especiais do hospital. Ninguém reclamando, tudo muito organizado, limpo, seguro, pessoas desenvolvendo suas funções de forma tranquila, paramentada. Novamente, alguém pode pensar: “Mas a experiência que tive no Hutrin não foi essa.” Gosto de usar um ditado: por mais que o feirante zele do produto que vende não tem jeito, tem uma hora que vai aparecer um coró na alface. Principalmente se se tratar de saúde. Falava com Daniel Cabriny, também diretor-geral da unidade, durante o procedimento e ele pontuou: “Têm momentos em que, apesar de você estar muito bem preparado, a demanda excede o planejamento.”
Claro também, que ninguém aqui está querendo “dourar a pílula”, falar que a unidade satisfaz e está tudo certo. O Hutrin passa por uma grande reformulação para tornar-se um hospital de referência. Vai dobrar sua capacidade de atendimento e especialidades. Basta ir lá para ver. As obras estão postas a olho nu. Mas eu, em meu tempo de oposicionista ao governo, há pouco mais de dois anos, fotografei aquele mesmo hospital com um paciente utilizando papel higiênico em um ferimento porque não tinham gaze. E neste mesmo lugar fui agora submetido a uma cirurgia com direito a anestesia, sala climatizada e procedimentos com requinte comandados por um excelente profissional.
No fim do ano passado tive outra experiência familiar em termos de saúde, em que utilizei um bom plano de assistência. Meu filho Pedro, de 14 anos, joga nas categorias de base do Goiás e tomou uma sarrafada em um jogo-treino. Tive de correr com ele para o hospital, com a clavícula fora do lugar. Mesmo com a carteirinha do plano de saúde SulAmérica, chegamos pouco depois das 9 horas e ele foi atendido às 13. Os fatos me serviram para a comparação nos tempos de atendimento. E aí vou ao passado, lembrando-me dos pré-natais dos filhos, os quais acompanhei, todos os cinco, de forma particular e era sempre um desgaste de tempo, ali, no banco de espera. Na saúde o buraco é grande, é preciso muita terra pra tapar e mesmo assim, têm horas que a terra não dá.
Fecho com o quinto parágrafo esta redação, sujeita ao crivo democrático de todas e todos, com a minha missão no governo municipal de Trindade, meu trabalho, que é posicionar a sociedade sobre as boas coisas que a administração faz. Tenho em mente que, fazendo isso, colaboro na motivação de uma grande equipe, de uma turma que está sempre correndo contra o tempo, contra as muitas demandas, contra a crise financeira — que para Trindade não é de agora, vem ao longo dos anos, por sua falta de desenvolvimento comercial. E já foi pior em outras gestões pela suspeição de desvio do capital público.
Fábio PH é diretor cinematográfico e assessor de Comunicação Social da Prefeitura de Trindade.