Goiás Social leva atendimento gratuito e acolhedor à população do estado
03 novembro 2024 às 00h00
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O programa Goiás Social tem mudado a vida de muitas famílias pelo estado de Goiás, levando apoio direto e, principalmente, segurança alimentar para mães e seus filhos. Entre as ações oferecidas estão as entregas dos cartões de benefícios sociais, além de um mapeamento das necessidades, como por exemplo fichamento no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, registro civil, carteira do autista, passe livre para pessoas com deficiência (PcD) e passaporte para idosos.
As edições também levam serviços como encaminhamento para vagas de empregos, emissão de documentos e atendimentos na área da saúde. A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) entrega ainda donativos, como cadeiras de rodas e de banho, fraldas geriátrica e infantil, bengala, leite especial, kit de enxoval para bebês, unidades do Mix do Bem e cestas básicas.
Outros serviços disponíveis são: corte de cabelo, emissão da Carteira de Autista, Passe Livre da Pessoa com Deficiência e Passaporte da Pessoa Idosa. No estande do Vapt Vupt, a pessoa pode emitir o espelho do CPF, boleto do IPVA, CRLV, boleto de multa, bem como agendar serviços, além de receber atendimento multifuncional da Goiasprev, Saneago e Ipasgo.
A entrega de cartões de benefícios sociais como o “Mães de Goiás”, por exemplo, que fornece auxílio financeiro mensal às mães, permite que elas complementem a alimentação e as despesas de casa. Esse benefício, entregue diretamente pelo aplicativo, é visto como um alívio constante para muitas mães, que, pela primeira vez, conseguem ver seus filhos com acesso garantido a refeições completas até o fim do mês.
A beneficiária Fernanda Messias, que participa do “Mães de Goiás”, compartilhou ao Jornal Opção o impacto que sentiu em sua vida e na de sua família. “O programa impactou nos proporcionando uma melhor alimentação, uma compra melhor”, afirma, referindo-se à melhora na qualidade da alimentação da casa.
Com o auxílio, ela tem conseguido fazer a compra do mês e garantir que não falte o lanche dos filhos. “Hoje, a minha compra está para o mês inteiro.” Mas o benefício do programa vai além da ajuda financeira. Para ela, o “Mães de Goiás” trouxe também uma sensação de segurança emocional.
“Eu sei que todo mês, dia 9, eu vou entrar no aplicativo, o dinheiro está lá. Eu sou super tranquila com isso, porque eu sei que a comida dos meus meninos está na mesa”, explica. Antes do auxílio, ela relata que a principal dificuldade era a incerteza de conseguir sustentar a família com regularidade.
“O nosso maior desafio antes do benefício era saber que o começo ou o fim do mês chegaria e nós não teríamos dinheiro para fazer uma compra que desse para os meninos passarem o mês inteiro”, desabafa.
A mãe beneficiada incentiva outras mulheres a conhecerem a iniciativa e se informarem sobre como se inscrever. “Eu diria para elas irem atrás, conhecerem o programa, porque é um programa que traz, todo começo de mês, uma estabilidade pra gente. Traz para nós uma compra maior, um lanche a mais para as crianças.”
O “Mães de Goiás” representa não só um auxílio financeiro, mas uma esperança renovada e uma segurança que tem feito a diferença no cotidiano das famílias beneficiadas. Para muitas dessas mães, saber que poderão colocar comida na mesa até o fim do mês é um suporte essencial para enfrentar os desafios do dia a dia.
Goiás Social itinerante
Com a implementação do Goiás Social de forma itinerante, o programa chega a diferentes localidades do estado, atendendo pessoas em situação de vulnerabilidade e garantindo que o benefício esteja próximo daquelas que mais precisam.
Neste mês de novembro, o Governo de Goiás lançou uma edição especial e itinerante do Goiás Social no Caminho de Cora. As estruturas serão montadas em Corumbá de Goiás (04/11), São Francisco de Goiás (11/11) e Itaguari (18/11), além dos povoados de Caxambu (05/11), Radiolândia (06/11), Vila Aparecida/Chapeulândia (12/11), Alvelândia (13/11), Palestina (14/11), São Benedito/Olhos d’Água (19/11), Calcilândia (25/11) e, por fim, Ferreiro (26/11).
A Primeira-Dama de Goiás, Gracinha Caiado, apresentou uma visão detalhada sobre os programas sociais promovidos pelo Governo do Estado, ressaltando especialmente a importância do Goiás Social e da Organização das Entidades Voluntárias de Goiás (OEVG). Entre os objetivos principais, segundo a Primeira-Dama, está o atendimento direto às populações vulneráveis de forma justa e focada.
“O que nós trabalhamos é um social bem focalizado. Nós não inventamos a roda”, explicou a Primeira-Dama ao falar sobre a estrutura dos programas, que se baseiam no Cadastro Único, plataforma federal usada para mapear as famílias em situação de vulnerabilidade.
“Desde o início, decidimos que o Goiás Social seria trabalhado através desse cadastro, porque não acho justo ir numa cidade e dizer que o João vai receber ajuda porque votou em mim, e o Pedro não, quando na verdade, muitas vezes, o Pedro é mais carente que o João”, afirmou.
Entre os programas mencionados, a Primeira-Dama destacou o “Mães de Goiás”, que apoia famílias com crianças de zero a seis anos, garantindo alimentação básica para o desenvolvimento infantil. Esses dias, uma mãe me contou que a primeira compra feita com o dinheiro foi uma cama para o filho”, relatou, emocionada.
Outro ponto destacado foi o “Crédito Social”, iniciativa que oferece até cinco mil reais para cidadãos em situação de vulnerabilidade, com o objetivo de facilitar o empreendedorismo e o desenvolvimento de habilidades profissionais.
“Lembro que, no primeiro Goiás Social que realizamos em Americano do Brasil, oferecemos cursos de cabeleireiro e manicure. Uma pessoa olhou para mim e disse: ‘Para que vou fazer o curso de cabeleireiro se não tenho dinheiro para comprar uma tesoura?’ Foi aí que criamos o Crédito Social, para essas pessoas que fizeram o curso, receberam certificado e querem empreender. Muita gente disse para mim: ‘Eles vão gastar esse dinheiro em outra coisa’. Eu disse: ‘Se eu conseguir salvar um, já estou feliz’. E o resultado é que 89% das pessoas que receberam o crédito mudaram a renda de suas famílias”, contou.
A Primeira-Dama ressaltou que a maioria dos beneficiários do crédito são mulheres, representando 70% do total. “Você cria uma independência, porque essas pessoas não querem esmola; elas querem oportunidade e ferramentas para trabalhar. E é isso que estamos fazendo em todos os eixos do Goiás Social”, declarou.
Segundo Gracinha, o desenvolvimento de políticas sociais promovem não apenas assistência, mas a transformação e o fortalecimento da independência das pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Compromisso com o bem-estar”
Wilson Rocha Baleeiro, assessor do Gabinete de Políticas Sociais e organizador do Goiás Social, explica que o diferencial do Goiás Social é o compromisso com o bem-estar e conforto dos atendidos, destacando que o projeto não se resume à presença de secretarias e burocracias, mas ao impacto direto e humanizado.
“O Goiás Social não é só montar secretarias. Nós procuramos, em primeiro lugar, garantir o conforto de cada pessoa. Que todos sejam bem recebidos, bem cuidados. Não é só chegar e levar as pessoas, mas sim transformar a vida delas. No Goiás Social, a pessoa resolve a vida dela”, afirma Rocha.
O programa, segundo Rocha, é orientado pela coordenadora Gracinha Caiado, que define o atendimento como uma extensão da responsabilidade social do governo. “Ela nos dá a liberdade para trabalharmos, sempre com o foco em cuidar do povo”, ressalta ele.
Rocha descreve o esforço em garantir a qualidade no atendimento, mesmo em locais de difícil acesso, como na comunidade Vão do Moleque, em Cavalcante. “Ela [Gracinha Caiado] queria que fizéssemos um Goiás Social em Cavalcante, mas não na cidade, que seria fácil, mas sim na comunidade. Fomos ali no Vão do Moleque, montamos uma estrutura gigantesca, com todos os detalhes para acolher bem as pessoas”, detalha.
Outro ponto de destaque do Goiás Social é o cuidado em oferecer apoio personalizado e humanizado, algo que, segundo Rocha, se reflete no feedback positivo dos atendidos. Ele conta um exemplo recente, ocorrido no Jardim do Cerrado, em que um homem procurava atendimento psiquiátrico para a esposa.
“Não tínhamos esse serviço no momento, mas conseguimos encaminhá-lo e oferecer todo o apoio necessário. Mesmo quando algo não está previsto, tentamos ajudar e acolher a pessoa da melhor forma possível”, explica. Essa atenção aos detalhes e a busca por soluções fazem do programa um diferencial. “As pessoas saem dali satisfeitas e dizem nunca terem recebido um tratamento tão cuidadoso”, relata.
Para garantir que o atendimento seja o mais eficiente possível, o Goiás Social faz reuniões com os servidores, que recebem orientações para lidar com quem mais precisa. “Pedimos a eles: quem está ali realmente precisa de ajuda. E é esse acolhimento que cada servidor se esforça para oferecer”, declara Rocha.
Rocha conclui que o programa leva “o estado para os locais que mais precisam, com o objetivo de transformar a vida dos cidadãos, promovendo dignidade e apoio direto a cada um que busca por esses serviços.”
Ao longo do Caminho de Cora Coralina, Rocha afirma que o projeto busca integrar o turismo ao desenvolvimento social, oferecendo desde serviços de documentação e inclusão social até geração de emprego e qualificação profissional.
“A ideia é divulgar o caminho para o turismo, mas como ele passa por várias comunidades carentes, pensamos: ‘por que não aproveitar e atender as pessoas dessas comunidades com o que elas mais precisam?’,” disse o coordenador do programa.
“A gente está levando serviço de identidade, estamos levando a OVG com todos os seus benefícios, como cadeira de rodas, cadeira de banho, fralda geriátrica. É uma gama de serviços,” destacou.
Segundo ele, o objetivo é oferecer suporte básico e oportunidades, indo além do atendimento emergencial. “Além de levar os serviços para a população, nós nos preocupamos em oferecer vagas de emprego, porque sabemos que muitas dessas pessoas estão desempregadas,” afirmou.
A iniciativa oferece mais de mil vagas de emprego em cada edição do Goiás Social, com suporte para aqueles que ainda não têm qualificação necessária para o mercado de trabalho. “Quando a pessoa diz: ‘não tenho curso de qualificação’, nós já oferecemos o curso ali mesmo, qualificando-a para o mercado de trabalho,” explicou.
O projeto conta com suporte logístico para atingir povoados isolados, o que representa um desafio importante, segundo os organizadores. “A logística para chegar nesses povoados é complicada. Muitos são afastados e precisam de um planejamento cuidadoso,” destacou.
Os desafios logísticos, no entanto, são superados pela satisfação da equipe ao ver a reação dos moradores. “Nos alegra muito saber que vamos estar ali naquelas comunidades, atendendo essas pessoas, chegando a cada uma delas, levando pelo menos um pouco de alívio. Só a nossa presença ali já é muito importante para eles,” comenta Rocha.
Ele destaca que as pessoas sentem-se valorizadas pela presença do Estado e o cuidado em garantir que as comunidades sejam atendidas. O assessor ressalta que a missão do Goiás Social é suprir as necessidades básicas, como levar brinquedos para crianças, cestas básicas e serviços diversos do governo.
Rocha ressalta que muitos dos envolvidos são voluntários e foram escolhidos pela sua empatia e dedicação à causa. “Isso é a melhor gratificação, ver o sorriso das pessoas ali, é algo que nos motiva a continuar.”
Suporte psicológico
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Wellington Matos, disse que, além dos benefícios sociais, a equipe está preparada para oferecer suporte psicológico e jurídico, além de assistência social. Em casos de violência doméstica, por exemplo, o trabalho de campo permite uma resposta rápida e integrada.
“Se identificarmos uma mulher em situação de violência, faremos o encaminhamento para a rede de proteção, que inclui a Defensoria Pública, Ministério Público e Justiça. Essas mulheres também podem ser beneficiadas com o programa Goiás por Elas, caso possuam medida protetiva”, explicou o secretário.
“O feedback é muito positivo. Já realizamos essa ação no ano retrasado, e tivemos uma alta demanda pela emissão de documentos e pelo cadastro em benefícios”, concluiu o secretário.
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