Empresários apontam que Marconi fez a diferença
24 maio 2014 às 14h01
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Tendo crescido a passos largos, o Estado tem seu desenvolvimento atribuído à política de incentivos fiscais. Mas não é só isso
Marcos Nunes Carreiro
Goiás é o Estado que mais tem se desenvolvido economicamente nos últimos anos. Em grande parte, esse desenvolvimento é atribuído à política agressiva de incentivos fiscais adotada por Goiás, o que permitiu a atração de grandes empresas e a industrialização de um Estado que era, ainda na década de 1990, prioritariamente agrário. A política de incentivos fiscais teve início com a criação da Lei 7.700, de 19 de setembro de 1978, durante o governo civil-militar de Leonino Caiado.
A legislação diz em seu primeiro artigo: “Às indústrias que se instalarem no território do Estado de Goiás, a partir da publicação desta lei até 31 de dezembro de 1978, poderão ser concedidos incentivos financeiros e fiscais, observadas as normas aqui e em regulamento fixadas.” A lei 7.700 viria a provocar, mais tarde, a concepção do Fomentar, programa criado em 1984, que depois foi atualizado e ampliado com sua transformação em Produzir, durante o primeiro governo de Marconi Perillo (PSDB).
E a ampliação do programa de incentivos fiscais efetivou aquilo que há muito se tentava: atrair grandes empresas e alavancar o desenvolvimento econômico de Goiás. Como conta o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Pedro Alves, o Produzir permitiu que as agroindústrias crescessem em Goiás, que ainda era muito voltado para a produção primária. Posteriormente, começaram a vir as grandes indústrias. “Essa migração começou em 1992, mas foi impulsionada de modo mais forte a partir dos anos 2000. Desde então, tivemos um desenvolvimento grande na indústria farmacêutica, no setor alimentício e, sobretudo, na produção de veículos. Podemos citar quatro grandes indústrias do setor automotivo que estão instaladas em Goiás: Hyundai, Mitsubishi, Suzuki e John Deere, que representam núcleos de ponta no Estado.”
As quatro indústrias citadas vieram para Goiás recentemente emum trabalho bem articulado pelo governo estadual. “Somado a isso”, continua Alves, “o governo ainda criou os polos industriais, em que cedeu áreas para que as indústrias se instalassem no Estado.
Essas ações geraram milhares de empregos, além de benefícios sociais.” Mas não foi apenas o programa de incentivos fiscais a colocar Goiás entre os campeões de desenvolvimento do país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1999, a participação de Goiás no Produto Interno Bruto (PIB) era de 1,84%, 0,4% a mais do que em 1985. O PIB per capita goiano era de R$ 3.603. Já em 2013, a participação subiu para 2,7%, com um PIB de R$ 111,2 bilhões e um PIB per capita superior a R$ 20 mil. Nesse período o crescimento goiano foi 2,5 vezes maior que a média nacional.
Os dados mostram, porém, que outros fatores, além dos incentivos, influenciaram os números e fizeram com que Goiás não apenas crescesse, mas também se desenvolvesse nesses últimos anos. Afinal, há diferenças entre crescer e se desenvolver. De maneira resumida, têm-se os seguintes conceitos: crescimento econômico é o aumento da capacidade produtiva da economia — produção de bens e serviços — entre outras questões, como o aperfeiçoamento tecnológico; já o desenvolvimento econômico vai além de apenas crescer. É o crescimento acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população, além de alterações profundas na estrutura econômica.
Em Goiás, segundo apontam os empresários, há desenvolvimento. Mas por quê? Os incentivos fiscais são apenas um ponto dessa resposta. O Produzir se junta a outras três questões para ajudar a explicar o desenvolvimento goiano: matérias-primas, linhas de crédito e estrutura logística. Em relação ao primeiro ponto, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, diz que a quantidade abundante de matérias-primas em solo goiano, como soja, milho, gado, suínos, aves, etc. atrai ainda hoje várias indústrias com o objetivo de agregar valores com processamento e industrialização. “Isso acontece porque Goiás não precisa arcar com o transporte dessas cargas para agregar valor, visto que os materiais já estão aqui”, relata.
Além disso, Goiás conta com um aporte importante dado pelas linhas de crédito abertas pelos governos estadual e federal, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que permite a realização de financiamentos de longo prazo para os setores econômicos, gerando novas perspectivas de investimentos para o empresariado, sobretudo o do setor produtivo, visto que a agropecuária sempre foi o carro-chefe da economia goiana e deverá continuar sendo por mais algum tempo, mesmo que a economia do Estado tenha se diversificado nos últimos anos.
Como relata a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, a diversificação da economia, somada à concentração de vocação em determinadas regiões, colocou Goiás no mapa econômico do país. “Quando se fala em indústrias farmacêuticas, Anápolis está no mapa; indústrias de alimentação: o Sudeste goiano está no mapa; polo de mineração: Goiás está no mapa.” E é na diversificação da economia que entra o último ponto: a estruturação logística de Goiás.
É preciso manter os incentivos fiscais
Helenir Queiroz, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), diz que o que pesa para um empresário brasileiro atualmente é o custo operacional das empresas, que é altíssimo no Brasil, sobretudo devido à carga tributária. Nesse sentido, os incentivos fiscais oferecem alívio desse peso, o que dá mais competitividade para as empresas e não apenas para as que vêm de fora, mas as daqui também. Helenir cita como exemplo o polo industrial de Aparecida de Goiânia, que até pouco tempo não possui grandes empresas e hoje conta com polos industriais e comerciais espalhados por praticamente todo o seu território.
A questão, para Helenir é que o Brasil cresce em seus eixos centro-norte-nordeste. A região Sudeste, que antes era a que mais se desenvolvia no país, está agora concentrando os fornecedores para atender a demanda de consumo gerada pelo Centro-Oeste, Norte e Nordeste. “E nesse ponto, Goiás tem uma localização privilegiada, que foi muito bem explorada pela forte integração entre o Fórum Empresarial e o governo do Estado. Isso permitiu a construção de políticas logísticas para Goiás, que foi transformado em plataforma de distribuição”, aponta.
Visão apoiada pelo presidente da Associação Comercial e Industrial Jovem de Aparecida de Goiânia (Aciag Jovem), Maione Padeiro. Para ele, não há como negar o desenvolvimento de Goiás tanto no ponto de vista econômico como social. Segundo Padeiro, a movimentação empresarial em Aparecida de Goiânia tem sido grande e tende a crescer. “Temos conversado com o governador Marconi Perillo e recebido boas respostas quanto à instalação do novo polo industrial na cidade, que deve se preparar para receber 500 novas empresas.”
Tendo por base esses fatores, foi que o governador Marconi Perillo levantou bandeira contra o projeto que tramitava no Congresso Nacional no ano passado prevendo a redução das atuais alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 12% para 7% para os Estados em desenvolvimento, como Goiás, e de 7% para 4% para os Estados do Sul e Sudeste. Isso acabaria com o programa de incentivos fiscais estabelecido pelo governo estadual goiano, pondo em risco o atual desenvolvimento de Goiás.
É certo que, à época, o governador Marconi conseguiu o apoio de outros governadores, entre eles: Mato Grosso (Sinval Barbosa – PMDB), Tocantins (Siqueira Campos – PSDB), Ceará (Cid Gomes – Pros), Maranhão (Roseana Sarney – PMDB) e Pernambuco, então governado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB). O marco inicial da luta se iniciou em maio do ano passado, quando Marconi organizou e liderou uma marcha que integrou representantes de mais de 200 municípios goianos, além de sindicatos e de associações empresariais. À época, o governador chegou a declarar que as possíveis perdas econômicas para Goiás estariam na casa dos R$ 2 bilhões, além da extinção de aproximadamente 400 mil postos de trabalhos com carteira assinada em todo o Estado.
Assim, a proposta acabou caindo. A questão é que Goiás, embora não se utilize apenas dos incentivos fiscais para atrair empresas — como se verá a seguir — também tem certas dependências deles, assim como outros Estados, que tomam Goiás como exemplo.
Ação do governo é o segredo da atração de investimentos
Apenas ter matérias-primas e oferecer incentivos fiscais não são o suficiente para atrair grandes empresas e alavancar o desenvolvimento do estado. É preciso mais. O governador Marconi Perillo (PSDB) é apontado como um visionário nesse sentido. Ao assumir Goiás em 2011, o governador deu início a dois trabalhos: retomar a atração de empresas (leia matéria ao lado), que havia sido parcialmente interrompido durante o governo anterior, e investir em infraestrutura para tornar essa atração mais consistente.
Por meio de programas de recuperação das rodovias goianas, o governo procurou reestabelecer os meios de entrada e saída do estado. Foram 6 mil quilômetros de estradas reconstruídas e outros 2 mil de novas estradas. Fora isso, houve investimentos na construção do aeroporto de cargas de Anápolis, que irá concorrer com os outros três aeroportos voltados para o setor do Brasil: Galeão (RJ), Viracopos e Cumbica (SP). Pode-se afirmar isso baseado no fato de que nesses aeroportos a concorrência com os voos comerciais é muito grande e o aeroporto de Anápolis será exclusivo para cargas.
Fora isso, Anápolis está localizada no centro do país e tem sido um ótimo exemplo dos investimentos realizados em infraestrutura e atração de empresas para o país. De acordo com o presidente da Goiasindustrial, Ridoval Chiareloto, que é responsável pela instalação de novas empresas no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), foram R$ 22 milhões de investimentos no local apenas nos últimos anos. Ele aponta a boa localização do distrito, que, fora a proximidade com a BR-060, com o Porto Seco e o aeroporto de cargas, agora, conta também com a Ferrovia Norte-Sul, cujo trecho que liga Anápolis a Palmas foi inaugurado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff (PT).
“Isso é resultado dos investimentos que fizemos”, declara Chiareloto. “Para se ter uma ideia, foram R$ 22 milhões apenas nos últimos anos. Temos lá uma bela captação de água, uma boa rede de esgoto, que será ampliada em breve, iluminação e rede elétrica, que também será ampliada com a chegada de mais um estação. Isso são investimentos”. Atualmente, o Daia conta com aproximadamente 180 empresas, que geram aproximadamente 20 mil empregos diretos. E esse número tende a aumentar.
O secretário de Indústria e Comércio de Goiás, William O’Dwyer, diz que há uma grande fila de espera por um terreno no Daia, prova de que o local tem sido incessantemente procurado. “A Goiasindustrial já tem recomendado empresas para procurar outros distritos, pois Goiás tem 28 deles. Contudo, todos querem ficar no Daia, por conta da localização e da estrutura. Só um grupo, que vai instalar uma usina de biodiesel, queria uma área de no mínimo 30 alqueires no Daia e, como não tinha, adquiriram nos arredores uma área de mais de 50 alqueires, praticamente uma fazenda, com muita água. Fizeram isso para aproveitar toda a estrutura — Porto Seco, aeroporto de cargas, Ferrovia Norte-Sul, etc.”, relata.
E os investimentos feitos pelo governo, sobretudo na criação do Porto Seco, contribuem para esse aumento no número de empresas em Anápolis. O diretor-superintendente do Porto Seco, Edson Tavares, explica as vantagens que Goiás terá com a construção do espaço. Segundo ele, não será apenas o Estado que ganhará com a preparação que fez para a chegada da Ferrovia Norte-Sul, principalmente com o trecho que ligará Goiás com São Paulo. “A vantagem de ter trens indo até São Paulo é fazer com que eles voltem trazendo matéria-prima e peças para reposição, não apenas para a região Centro-Oeste como também para a Zona Franca de Manaus”, diz.
Tavares conta que a demanda de Goiás é muito grande. Logo, a infraestrutura preparada pelo Estado dará um suporte primordial para que essa demanda aumente ainda mais nos próximos anos. “Estamos adquirindo mil contêineres. Lamentavelmente, o Brasil ainda não produz esses equipamentos, então precisamos importar. E o volume de cargas que temos nessa região é muito grande. Um exemplo: apenas os atacadistas de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, abastecem o médio-norte goiano, o sul do Tocantins e o sul do Maranhão”.
Isso mostra que já há um interesse por essas cargas, que irão sair dos caminhões e entrar na ferrovia a um custo bem menor, como analisa Tavares. “O transporte pela ferrovia deverá ser pelo menos 30% mais barato que as rodovias, pois na época de safra os caminhões carregam muito sobrepeso, o que danifica as estradas e aumenta os riscos de acidentes. Já a ferrovia pode suportar esse peso. Iremos começar, pelo menos, com uma composição de 160 contêineres por semana. Ou seja, serão 160 caminhões a menos nas estradas. Depois aumentaremos o número de composições, o que será fácil dada a demanda que temos em Goiás”.
Assim, é certo que o Daia sofrerá uma ampliação em breve, dada a intensa procura. Segundo dados da secretaria de Indústria e Comércio de Goiás (SIC), serão 37,9 alqueires a ser adquiridos pelo distrito — que hoje tem 13,75 alqueires — para essa ampliação. Isso vai ao encontro do que é dito por governistas em relação à postura do governador Marconi. De que ele não deixa um grande investimento escapar às mãos do Estado.
As falas nesse sentido são de que se qualquer empresário manifestar o interesse de se instalar em Goiás, Marconi vai imediatamente atrás dele, juntamente com sua equipe para atrair o investimento para o Estado. “Somos ágeis. Não conseguimos uma resposta tão rápida quanto na iniciativa privada, pois precisamos lidar com a usual burocracia governamental, mas fazemos com mais rapidez que os outros Estados”, diz, Jayme Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), ao falar sobre a boa impressão que o governador deixou com um grupo de empresários em São Paulo, após uma reunião.
A questão é que em seu terceiro governo, Marconi tem focado nas questões de infraestrutura, mas não tem deixado de atrair grandes empresas. Como pontua Rincón, qualquer oportunidade de negócio que tenha para Goiás Marconi vai atrás. Ou seja, o fato é que o governador é agressivo e a prova disso, segundo os governistas, é a grande quantidade de geração de empregos e o crescimento industrial do Estado. O último exemplo foi a Stemac, uma empresa que fatura mais de R$ 1 bilhão por ano e que havia fechado toda a sua planta no Rio Grande do Sul e se transferiu para Goiás.
Líder de mercado em inovação escolhe Goiás para se instalar
A chegada da Stemac Grupos Geradores a Goiás mostra que não apenas as regiões próximas à capital Goiânia, como Anápolis e Aparecida de Goiânia, ganham com a atração de grandes empresas. Tendo estabelecido sua fábrica em Itumbiara — cidade no sul goiano — no meio do ano passado, a Stemac trouxe para o Estado um investimento que, até o momento remonta a R$ 170 milhões e que deve ser acrescido de mais R$ 20 milhões até o fim deste ano.
Dona de 60% do mercado brasileiro no setor de grupos geradores e forte concorrente pelo mercado mundial, a Stemac nasceu no Rio Grande do Sul e foi a principal fornecedora de energia para nove dos 12 estádios construídos para a Copa do Mundo, inclusive, Brasília e Cuiabá, as duas sedes da Copa no Centro-Oeste. Ou seja, é uma empresa que fornece equipamentos para todo o Brasil — e outros países —, estando localizada no Sul do país.
Esse foi o principal motivo para mudar o local da linha produtiva. É o que explica o diretor administrativo-financeiro da empresa, Valdo Marques. “Atendemos um país continental, como o Brasil. Isto é, atendemos do Oiapoque ao Chuí, estando no Chuí, pois somos do Sul brasileiro. Então, nossa primeira busca foi estar mais bem localizados. Por isso a escolha do centro do país, pois estaríamos mais próximos tanto dos fornecedores quanto do mercado consumidor”, afirma.
Mas o centro do país tem mais de um Estado. Por que a escolha de Goiás? Segundo Marques, foi devido a uma forte sinergia sentida com o governo do Estado e o povo goiano. “A forma de tratar o empresariado foi algo diferente que sentimos em Goiás. Recebemos incentivos voltados para investimento. E investimentos fortes, visto que o Brasil é o único país do mundo a ter uma empresa com capital local, que lidera no nosso segmento. Ou seja, o Brasil não é só o país do futebol, mas também o país do grupo de geradores. Nós fazemos geradores de todas as potências e somos líderes no país com case mundial.”
Marques conta que a empresa teve apoio do governo estadual não apenas para deslocar seu centro produtivo do Sul do país para Itumbiara, como também contou com a receptividade do povo goiano. “Itumbiara é uma cidade muito bem localizada e receptiva, fora o polo metalomecânico que também nos auxilia bastante. Logo, nos adaptamos bem. Além disso, encontramos no governo um dinamismo incrível e um grande interesse em atrair investimentos. Fora isso, temos um apoio importante devido à infraestrutura rodoviária, que facilita nosso escoamento”.
O diretor conta que ao mudar a sede industrial da Stemac para Goiás, a empresa não veio só, mas trouxe consigo uma estrutura de cinco transportadoras. “Trouxemos as transportadoras, que se estabeleceram em um Estado que cresce muito em infraestrutura e em riqueza. Assim, podemos facilmente levar para todos os Estados os 8 mil equipamentos geradores que produzimos por ano. Tudo isso foi levado em consideração, uma vez que o custo logístico está ligado de forma intrincada aos investimentos feitos pelo Estado em infraestrutura.”
Com cerca de 400 funcionários atualmente na fábrica de Itumbiara, e com uma previsão de gerar aproximadamente mil empregos diretos até o fim do ano, a Stemac investe pesado em pesquisa e inovação, como conta Marques: “Temos mais de 150 engenheiros e uma linha de pesquisa e inovação muito avançada. Utilizamos motores das melhores marcas do mundo, como Volvo, Scania, MWM e Mitsubishi. Apenas no setor de pesquisa, desenvolvimento e inovação investimos, para os próximos três anos, cerca de R$ 120 milhões. Para o faturamento que nós temos, esse investimento em inovação é de suma importância e é, sem dúvidas, um dos fatores que nos mantêm na liderança de mercado”.