Nesta segunda-feira, 27, quatro testemunhas de defesa de Jair Bolsonaro serão ouvidas em processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá resultar na inelegibilidade do ex-presidente. As testemunhas prestarão depoimento, seja presencialmente ou por videoconferência, a partir das 14h.

Os advogados de Jair Bolsonaro convocaram como testemunhas o jornalista Guilherme Fiuza, o jornalista Augusto Nunes, o deputado federal Filipe Barros (PL), o ex-deputado por Goiás Major Vitor Hugo (PL) e a cientista política Ana Paula Henkel para prestar depoimento.

Em entrevista ao Jornal Opção, o ex-deputado Major Vitor Hugo disse que não houve nenhuma ação ilegal por parte do ex-presidente e que as afirmações de Bolsonaro durante a live visavam buscar a aprovação da PEC do voto impresso, que tramitava na Câmara dos Deputados na data em questão.

“Não houve nenhuma ação ilegal. Na ocasião, lutávamos na Câmara pela aprovação da PEC do voto impresso, que tinha o plano de fundo deixar o processo eleitoral mais seguro. Não acredito que o presidente tenha feito ataques ao sistema eleitoral, estávamos apenas tentando aprovar a PEC, que teve a maioria na dos votos na Câmara, mas não o suficiente para ser aprovada. Estou à disposição da Justiça para responder qualquer pergunta. Participei de diversas lives com o presidente, nesta em especifico, estava presente, fui cumprimentado por ele, mas não cheguei a participar efetivamente”, afirmou o ex-deputado.

Entenda o caso

A ação em questão investiga Jair Bolsonaro por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em relação ao desvio de finalidade da reunião que o ex-presidente realizou com embaixadores, com o suposto objetivo de favorecer sua candidatura à reeleição.

Na ocasião, Bolsonaro questionou a integridade das urnas eletrônicas e criticou o processo eleitoral. Além disso, ele reiterou outros argumentos que já haviam sido refutados por autoridades oficiais perante a comunidade internacional.