Rosangela Moro anuncia pré-candidatura a vice-prefeita de Curitiba
31 julho 2024 às 10h51
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A deputada federal Rosangela Moro (UB), esposa do senador e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (UB), anunciou sua pré-candidatura para vice-prefeita de Curitiba, capital do estado do Paraná. A parlamentar compõe chapa com Ney Leprevost, deputado estadual, também do União Brasil. O anúncio foi feito na segunda-feira, 29. Em suas redes sociais, Rosangela afirmou: “Para a ‘república de Curitiba’ voltar a ser vanguarda”.
Analistas políticos avaliam a candidatura de Rosangela como uma forma de dar plataforma para futura campanha de Sérgio Moro para o governo do Paraná, em 2026. Com 16% da população do estado, Curitiba é o maior colégio eleitoral paranaense (com 1,7 milhões de habitantes, segundo último Censo), portanto, garantir apoio político no município é passo fundamental para quem almeja a posição de governador.
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Ney Leprevost e Rosangela Moro têm como maiores rivais para a prefeitura da capital o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), e o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), que entra na chapa como vice de Pimentel. O ex-presidente Jair Bolsonaro, o atual governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), declararam apoio a Pimentel.
O plano do casal Moro é angariar apoio político das figuras influentes do União Brasil em Curitiba, com fidelidade até 2026, ano da disputa estadual. Conforme mostrado pelo Globo, Sérgio Moro vem tentando realizar mudanças nos diretórios do União Brasil no Paraná. Curitiba, Maringá, Londrina, Francisco Beltrão e Araucária são alguns dos municípios nos quais o senador testou sua influência política.
Dallagnol
O ex-procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, entrou no cenário da disputa municipal, mas em lado oposto ao do antigo colega (Sérgio atuava como juiz na Operação). Dallagnol declarou apoio à candidatura de Pimentel, que conta com suporte do PL.
Até maio deste ano, Dallagnol estava como pré-candidato à prefeitura de Curitiba, mas desistiu para dar apoio ao aliado do governador Ratinho Júnior. Na época da desistência, Dallagnol informou ao Globo que: “Não buscamos um cargo, mas uma transformação. O cargo é apenas um possível meio ou instrumento. Servir é sobre fazer a maior e melhor diferença onde ela é mais necessária. É sobre dar a sua melhor contribuição e eu entendo que a minha agora é essa”.
Analistas políticos avaliam que uma eventual derrota da chapa de Leprevost pode ter um peso extra contra o casal Moro, justamente pelo cabo de guerra que se forma entre os ex-aliados.