Novos dois deputados do Centrão são cotados para ministérios
Rafael Rodrigues
19 julho 2023 às 13h41
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O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu dois nomes do Centrão que são cotados para ocupar cargos nos ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pela manhã, Padilha se encontrou com o deputado federal André Fufuca (PP-MA) no Palácio do Planalto, e à tarde, com Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
O líder do governo na Câmara, José Guimarães, afirmou que a entrada do PP e do Republicanos no Ministério “está consolidada”. Guimarães ressaltou, no entanto, que a decisão final será tomada por Lula, que está na Europa e retornará ao Brasil hoje à noite
Guimarães preferiu não fazer projeções sobre quantos votos as nomeações podem trazer para o governo na Câmara, nem quando as mudanças serão efetivadas. Inicialmente, o PP gostaria de ver Fufuca assumindo o Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente ocupado pelo petista Wellington Dias. Por sua vez, o Republicanos desejava que Costa Filho assumisse o Ministério do Esporte, que atualmente é liderado por Ana Moser. Lula, no entanto, descartou entregar as duas pastas ao Centrão.
Necessidade
Lula sabe que precisará entregar um ministério ao PP e outro ao Republicanos para ampliar sua base junto ao Centrão no Congresso. Os dois partidos caminharam com Bolsonaro em 2022. Nos corredores do Planalto, Fufuca e Costa Filho já são considerados ministros. O que ainda não se sabe é qual pasta cada um ocupará.
A possível entrada do Centrão no governo já está causando desconforto em partidos aliados, que temem uma possível reorganização ou perda de espaço. PSB, MDB e até mesmo o PT começaram a enviar mensagens de insatisfação. Um dos sinais mais claros veio do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que foi um aliado importante durante a campanha eleitoral, viabilizando a chapa Lula-Geraldo Alckmin ao indicar o ex-governador paulista como vice-presidente.
Desde o fim de semana em Bruxelas, na Bélgica, Lula deve anunciar as mudanças no governo até o final de agosto.
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