Lideranças do MDB em Rio Verde afirmam que partido tem a “obrigação” de lançar candidato a prefeito em 2024
Rafael Rodrigues
28 novembro 2023 às 09h32
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Em Rio Verde — quarto maior município de Goiás e maior PIB do Sudoeste goiano – o MDB tem a “obrigação” de lançar candidato a prefeito em 2024. A afirmação é do vice-presidente estadual do partido, Manuel Cearense ao Jornal Opção. Segundo o político, o MDB cresceu muito nos últimos anos, e não pode se “apequenar” em 2024.
Mas a grande questão é que parece haver um descompasso entre o pessoal alinhado com o prefeito Paulo do Vale (UB) e a presidente do diretório municipal do MDB, a deputada federal Marussa Boldrin que ainda não declarou apoio a nenhum candidato. “Sempre busquei encontrar consenso ao ouvir todos os lados. Se faço questão de ouvir a todos, também farei questão de ser ouvida”, declarou.
“Temos a obrigação de lançar um candidato a prefeito o ano que vem. Hoje temos dois deputados (estadual, Lucas do Valle e federal, Marussa Boldrin) no nosso munícipio, além do vice-governador (Daniel Vilela) e do apoio do atual prefeito (Paulo do Vale). Então, para seguir com o melhor projeto pra Rio Verde, precisamos lançar candidato a prefeito, e não a vice”, afirmou Cearense. “Não sei qual será esse candidato, mas vou trabalhar para eleger o nome que o partido definir”.
Um nome que pode ser o escolhido do partido é o do médico Wellington Carrijo. Ao Jornal Opção, Carrijo afirmou que seu nome “está à disposição”, mas deixou claro que seu líder político no município é o prefeito Paulo do Vale (UB) e que seguirá o que ele definir.
“O que Dr. Paulo do Vale direcionar será o que vamos acatar. Meu nome está sim à disposição, sou grande amigo do deputado Lucas e da deputada Marussa, os conheço desde criança e tenho uma excelente relação com ambos dentro do partido. Então, se assim ficar definido, coloco meu nome à disposição”, afirmou Carrijo.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, a deputada Marussa Boldrin revelou abertura ao diálogo na busca por uma candidatura competitiva para a prefeitura, aliada a uma gestão eficiente, mas disse que ainda não existe candidato definido.
Questionada sobre a possibilidade de machismo, ao ser pressionada a apoiar incondicionalmente o candidato do atual prefeito, Paulo do Vale, a deputada admitiu que “há vestígios”, mas enfatizou a predominância da falta de diálogo. “Sempre busquei encontrar consenso ao ouvir todos os lados. Se faço questão de ouvir a todos, também farei questão de ser ouvida”, declarou.
Sobre a situação política rioverdense onde a deputada tem sido atacada nas redes sociais pela ausência de definição quanto ao nome da sigla, Marussa disse que “já expressou por diversas vezes sua fé na boa política do diálogo, mesmo diante da resistência de algumas pessoas em optar pelo confronto antes da conversa”.
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A parlamentar também foi questionada sobre suas ações na Câmara para trazer emendas para o estado de Goiás. Ela esclareceu que, por ser deputada de primeiro mandato, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 foi aprovada em 2022, quando ainda não exercia o cargo. No entanto, destacou que tem buscado articular emendas para municípios goianos, apresentando pleitos de cada localidade a diferentes ministérios.
Apesar do desafio, ela celebrou conquistas recentes, mencionando a indicação de R$4 milhões em emendas para diversos municípios, incluindo Estrela do Norte, Flores de Goiás, Fazenda Nova, Chapadão do Céu, Britânia, Doverlândia, Santa Rita do Araguaia, Adelândia, Padre Bernardo, Portelândia, Vila Propício e Hidrolândia. Entretanto, lamentou a recusa da prefeitura de Rio Verde em aceitar uma emenda de R$1 milhão, atribuindo a decisão a questões políticas e destacando o impacto negativo para a população local.
