A reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desta terça-feira, 21, começou com ânimos exaltados. O vereador Ronilson Reis (PMB), que preside a comissão, trocou farpas com o suplente da CEI, Leo José (Republicanos). O motivo da discórdia entre os parlamentares foi um parecer da procuradoria da Câmara Municipal que indicou que os requerimentos não precisariam passar por votação na CEI, com exceção apenas para atos decisórios ou casos excepcionais, como quebras de sigilos bancários e telefônicos, além de intimações.

O vereador Isaías Ribeiro (Republicanos) foi um dos que não concordaram com o parecer: “Tudo na CEI é ato decisório”. O vereador Henrique Alves (MDB) também discordou em parte com a procuradoria da Casa. “Omissão do regimento não quer dizer que não pode ser votado. Quer dizer que a comissão vai deliberar sobre isso”, argumentou.

O parlamentar Leo José foi o mais exaltado ao comentar a questão na CEI e chegou a sugerir que o presidente da comissão estaria deixando a procuradoria decidir os rumos da investigação. Com os ânimos exaltados, Ronilson chegou a ameaçar cortar o microfone do republicano. “Tenho direito a falar”, rebateu Leo.

O vereador Pedro Azulão Jr. (PSB) pediu calma a Ronilson. “O presidente não pode se exaltar, falar que vai atropelar. Cuidado com as palavras”, criticou.

O presidente da comissão garantiu que a procuradoria não tem interferência na CEI é que ela foi consultada e tem caráter opinativo. “Os vereadores ficarem uma hora discutindo regimento da Câmara, toda hora que eu abrir os trabalhos, eu não vou aceitar”, garantiu.

Por fim, a decisão final dos parlamentares é que todos os requerimentos passaram por discussão e votação do colegiado, contrariando o parecer da procuradoria. Além disso, ficou decido os requerimentos deverão ser entregues no mínimo uma hora antes de cada reunião.