Brasil precisa de meio trilhão para Água e Saneamento

22 julho 2024 às 14h16

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Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, declarou a essencialidade do saneamento básico no Brasil durante a abertura do Encontro Ministerial do Desenvolvimento do G20, na manhã desta segunda, 22, no Rio de Janeiro. Esse encontro envolve o grupo que possui 20 grandes economias globais, somadas a União Europeia e a União Africana.
O chanceler brasileiros considerou que o “Brasil tem uma das maiores reservas de água potável do mundo” e que é preciso preservar esses recursos hídricos. Destacou que investir em saneamento é investir em saúde e que o desenvolvimento sustentável está ligado à gestão eficiente dos recursos hídricos. Para o ministro é necessário estabelecer iniciativas para o uso sustentável de recursos que precisam ser organizadas entre sociedade, empresas e governo.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou que o país tem 32 milhões de pessoas sem água tratada e 90 milhões sem tratamento de esgoto. “Esse é o tamanho do nosso desafio. É preciso segurança hídrica e acesso ao saneamento básico. A falta de acesso é um elemento central para o desenvolvimento sustentável. É urgente unir esforços para diminuir essa triste realidade” disse.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, lembrou que o grupo de trabalho que desenvolve o tema é parte central do governo. Ao falar da universalização da água potável e do saneamento, Barbalho falou sobre as ações de manejo de água pluviais e o combate de desastres naturais.
“A integração de tecnologias é fundamental para aumentar a resiliência e a infraestrutura. Se queremos alcançar as metas para assegurar o uso eficiente da água e saneamento a todos, é preciso mobilizar recursos financeiros. A batalha será longa” disse Jader Barbalho.
Na declaração do Chamado à Ação do G20 para o Fortalecimento dos Serviços de Água Potável, Saneamento e Higiene, o governo enfatizou que a disponibilidade desses serviços é mais baixa em áreas rurais, favelas e outras regiões subatendidas.
“Estamos em um momento crítico em que todas as nações devem priorizar a água, saneamento e higiene em suas agendas de desenvolvimento nacional e internacional. É necessário não apenas acelerar o progresso, mas também implementar mudanças significativas para assegurar que os serviços de água e saneamento sejam utilizados e geridos de forma sustentável e eficiente”, diz um dos trechos.
O documento também afirma que, para atingir a universalização, os membros do G20 precisam aumentar a cooperação técnica internacional e adotar uma abordagem integrada na gestão dos recursos hídricos, envolvendo todos os níveis de governança, do nacional ao local, e outros atores, com recursos dedicados ao acesso universal, especialmente para os mais difíceis de alcançar.
Também foi destacado “o aumento da mobilização de financiamento de diversas fontes para o planejamento, programas e infraestrutura de água potável e saneamento”. A declaração menciona que investimentos serão promovidos nos setores de saúde e educação e nos locais de trabalho, além de incentivar um maior envolvimento comunitário inclusivo.
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