A convite de Netanyahu, Caiado viaja a Israel depois de fala de Lula
11 março 2024 às 11h40
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), embarcará no dia 18 para Israel. Ele viajará ao país a convite do governo de Benjamin Netanyahu. Outros governadores também foram convidados para visitar o país na mesma comitiva de Caiado. Entre eles estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Netanyahu enviou uma carta pessoal a Jair Bolsonaro, convidando-o a visitar Israel. No entanto, o ex-presidente teve seu passaporte apreendido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e agora aguarda autorização para deixar o Brasil.
A viagem acontecerá em meio ao aumento das críticas de Lula contra Israel, o que tem causado desgaste para o presidente brasileiro entre os eleitores evangélicos que têm afinidade com o país. O petista tem repetido frequentemente que o governo de Netanyahu está promovendo um genocídio de mulheres e crianças na Faixa de Gaza.
Segundo uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada na semana passada, a avaliação positiva de Lula entre os evangélicos caiu significativamente devido a essas declarações, chegando a uma rejeição de 62% neste público.
Guerra
O território de Gaza passou a ser bombardeado por Israel depois do atentado do dia 7 de outubro, em que terroristas do grupo Hamas mataram 1.500 israelenses. Desde então, a diplomacia de Israel se esforça para expor seus argumentos de que a guerra é necessária. E se dedica a criticar Lula, declarando que o presidente brasileiro é “persona non grata” no país.
Em janeiro, entidades brasileiras que defendem Israel financiaram a viagem de magistrados brasileiros ao país. Entre os convidados estava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.
As críticas a Israel vêm aumentando no plano internacional. Na semana passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que Netanhyahu está “prejudicando mais do que ajudando” Israel com a sua postura em Gaza. Biden afirmou que “ele tem o direito de defender Israel, o direito de continuar perseguindo o Hamas, mas ele precisa prestar mais atenção às vidas inocentes que estão sendo perdidas como consequência das ações tomadas”.
Com informações da Folha.
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