Suspeitos são presos por fraudes de imóveis em GO e DF; Tatico foi alvo em uma das fases da investigação
17 novembro 2022 às 17h17
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A terceira fase da Operação Looping foi deflagrada, nesta quinta-feira, 17, em Goiás e no Distrito Federal. Dois mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). Em junho deste ano, a segunda fase da operação prendeu o empresário José Fuscaldi Cesilio, o José Tatico, de 81 anos, e um dos filhos dele. Eles foram liberados logo em seguida.
Os alvos são suspeitos de falsificar em cartórios a documentação de fazendas milionárias no Estado e no DF. Dos mandatos, cinco foram cumpridos em Águas Lindas (GO), no Entorno do DF, e um em Londrina. Nesta face, a ação teve apoio da Polícia Civil do Paraná (PC-PR).
Os golpistas teriam fraudado documentos de propriedades avaliadas em R$ 35 milhões. De acordo com as investigações, o esquema contava com apoio de empresários. Dentre os investigados, há um advogado, que já foi preso em flagrante por estelionato e um antigo tabelião do Cartório de Notas e Registro Civil de Limeira (MG).
Outras fases
Na primeira fase da operação, deflagrada em janeiro deste ano, um empresário goiano foi alvo de investigações. Ele é suspeito de alugar uma mansão para o cantor sertanejo Zé Felipe e a esposa, a influencer Virgínia Fonseca. A propriedade está localizada em um condomínio de luxo em Goiás. Embora mencionados, foi descartada qualquer relação do casal de artistas com o esquema.
O empresário do ramo varejista José Tatico e um dos filhos foram presos na segunda fase da Looping. Ele foi deputado federal entre 2003 e 2011. A prisão ocorreu na fazenda dele no município goiano de Padre Bernardo, no Entorno. O filho de Tatico foi detido em Goiânia. Durante as investigações, foram apreendidas armas e R$ 346 mil em buscas realizadas em três endereços.
O advogado do empresário afirmou que os dois tinham sido vítimas de um grupo que cometia fraudes. Segundo a defesa, a fazenda havia sido comprada legalmente com documentos autênticos, sendo descoberta a falsificação apenas depois que foi realizada a transferência de propriedade do imóvel, em 2015.