Polícia prende um dos maiores narcotraficantes de Goiás, responsável por abastecer a Região Nordeste do Brasil
Pedro Moura
03 setembro 2024 às 08h22
COMPARTILHAR
Responsável por movimentar quantias milionárias por meio de empresas de fachada, um dos maiores narcotraficantes de Goiás foi preso durante operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) nesta segunda-feira, 2, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
LEIA TAMBÉM
Com apoio da Polícia Penal de Goiás, um dos maiores narcotraficantes do Brasil é preso na Bolívia
O homem, de 32 anos, era responsável por abastecer a região nordeste do Brasil (composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) com maconha e cocaína, segundo o delegado João Rafael. Além do narcotraficante, outras três pessoas que também foram detidas pela corporação.
Foram cumpridos ainda sete mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos criminosos. O delegado diz que entre os alvos estão o Lava-jato Trato Fino e a Pizzaria Pizza Casa, que eram usados pelo traficante para lavar ao menos R$ 1 milhão por ano – quantia proveniente do tráfico de drogas.
“Ele usava as empresas, em Formosa, para ocultar a origem ilícita dos valores auferidos com a narcotraficância há cerca de seis anos. É faccionado, mas ainda não conseguimos identificar de qual facção ele pertence. As drogas [comercializadas] são provenientes do Paraguai e da Colômbia”, afirmou João Rafael.
O narcotraficante, que também é investigado por associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo, assim como os comparsas, foram flagradas em posse de R$ 100 mil em drogas, segundo o delegado. Ao todo, foram encontradas 500 gramas de maconha, 500 gramas de cocaína e 1 kg de crack.
O grupo também armazenava 11 kg de tetrakaine (anestésico local potente, utilizado topicamente em oftalmologia e em raquianestesia), duas armas de fogo, 113 munições, dois carregadores de pistola, 15 aparelhos celulares, uma balança de precisão e quatro máquinas de cartão.
Como o nome dos investigados não foram divulgados, o Jornal Opção não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionassem.
