A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 06, a Operação Downgrade para investigar fraudes financeiras envolvendo correntistas do Banco do Brasil. Ao todo, 40 policiais foram mobilizados para cumprir dez mandados de busca e apreensão em Goiânia, Quirinópolis, Itapirapuã e Brasília. As investigações buscam localizar provas da suposta prática criminosa por uma suspeita que ocupou cargo de gerente bancário, entre 2016 e 2020.

O crime de gestão fraudulenta e desvio de recursos teria ocorrido nos municípios de Quirinópolis, Padre Bernardo e Itapirapuã, por parte da gerência das agências do banco. Uma auditoria interna revelou que entre os anos de 2016 e 2020, uma suspeita teria praticado crimes em diversas operações financeiras irregulares.

Foi constatado, com a quebra do sigilo bancário, que a suspeita identificava clientes em processo de renegociação de dívidas junto ao banco para aplicar uma taxa de desconto maior. Assim, desviava a diferença para benefício próprio e do marido, além da empresa que o cônjuge possui. Também foi apurado que parte do dinheiro desviado retornava para outras contas dos próprios clientes, o que gerou suspeita de outros envolvidos.

Ao todo, o prejuízo causado ao Banco do Brasil foi em torno de R$ 1,6 milhões. Os envolvidos podem pegar dez anos de cadeia por participação em gestão fraudulenta e desvio de recursos de instituição financeira.

Confira a nota do Banco do Brasil sobre o caso:

“Em relação à Operação Downgrade, o Banco do Brasil informa que conta com estrutura dedicada à prevenção e apuração de fraudes. A conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar, com soluções administrativas que vão desde a advertência e suspensão até destituição do cargo, a demissão sem justa causa e demissão por justa causa.

Quando detecta irregularidades , o BB noticia as autoridades competentes e colabora com as investigações, com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação. O Banco não informa valores envolvidos, mas antecipa que não houve prejuízos aos seus clientes”.