Um policial militar foi preso nesta segunda-feira, 11, preventivamente após ser acusado de agredir duas pessoas durante um encontro marcado por aplicativo de relacionamentos. O aplicativo é conhecido por ser voltado ao público LGBTQIA+. A decisão foi tomada pelo juiz Ronny Andre Wachtel, durante audiência de custódia realizada na última sexta-feira, 9, por videoconferência.

O custodiado, Daniel Henrique da Silva, é suspeito de ter cometido os crimes de roubo qualificado e lesão corporal. Os fatos ocorreram no dia 7 de agosto, em uma residência localizada em Anápolis, 59,4 km de Goiânia.

Segundo os autos, Daniel teria marcado um encontro com Artur Gabriel Carolino dos Santos e Francisco Ryan de Oliveira por meio de um aplicativo. Ao chegar ao local, ele teria agredido Francisco com um martelo e, em seguida, disparado uma arma de fogo contra sua perna. Na sequência, sob grave ameaça, teria roubado o celular de Artur e fugido em uma motocicleta.

A polícia identificou o veículo como pertencente a um indivíduo falecido, que mantinha relacionamento com o policial. A motocicleta, o martelo, o capacete e o celular roubado foram encontrados na residência de Daniel, que confessou ter agido por vingança, alegando que as vítimas estariam envolvidas em golpes contra um amigo.

Durante a audiência de custódia, o Ministério Público se manifestou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva, alegando risco à ordem pública e destacando o uso de armamento da Polícia Militar na ação criminosa. A defesa, por sua vez, pediu a revogação da prisão, solicitando que o acusado respondesse ao processo em liberdade.

O juiz considerou a prisão legal e decidiu pela conversão em preventiva, destacando a gravidade dos fatos e o conhecimento técnico do acusado sobre armamentos, por ser policial militar. Além da prisão preventiva, foi determinada a remessa dos autos à Corregedoria da Polícia Militar para apuração da conduta do agente.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás disse que após o ocorrido, o militar envolvido foi localizado em sua residência e conduzido à Central de Flagrantes de Anápolis, onde foi lavrado o procedimento legal para apuração dos fatos. “Na sequência, o militar foi apresentado à Corregedoria da PM-GO para a adoção das medidas disciplinares e administrativas cabíveis. A Corporação reafirma que não compactua com desvios de conduta por parte de seus integrantes e permanece colaborando integralmente com os órgãos competentes”, finalizou.

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