A Polícia Civil de Goiás deflagrou na manhã desta quinta-feira, 9, operação de operação de combate fraudes e corrupção no sistema de regulação médica estadual. Segundo investigações, pacientes estavam pagando operadores desse sistema, a fim de conseguir vantagens na fila de prioridade para realização de cirurgias eletivas, consultas médicas, exames e internações.

Por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), agentes cumpriram 22 mandados de prisão temporária, de busca e apreensão e de afastamento cautelar das funções públicas. São investigados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa. Além de Goiânia, os mandados são cumpridos em Goianira, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás.

Apesar das fraudes serem realizadas no sistema público de saúed, os operadores investigados não são vinculados a Unidades de Saúde do Estado ou dos municípios.

De acordo com a corporação, os valores chegavam até R$ 5 mil e causavam desequilíbrio no sistema. “Pacientes que naturalmente estariam na posição 500 pagavam e subiam na fila. Procedimentos que demorariam dois anos, de forma natural, estavam sendo realizados em prazos curtos”, explicou o delegado responsável, Danilo Victor.

A maioria dos casos identificados é referente a procedimentos cirúrgicos para fins meramente estéticos.

As inserções indevidas garantiam tratamentos custeados pelo serviço público de saúde, causando a sobrecarga nas vagas das unidades hospitalares, em prejuízo de pacientes que realmente tinham necessidade de prioridade.