O empresário bolsonarista, influenciador digital e fisiculturista Renato Cariani, de 37 anos, está sob investigação da Polícia Federal devido a um notável aumento em seu patrimônio ao longo de oito anos, um crescimento que ultrapassa 230%.

A substancial elevação no patrimônio de Cariani atraiu a atenção das autoridades, especialmente porque ele é réu em um processo envolvendo acusações sérias, como tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além disso, há suspeitas de sonegação fiscal relacionadas a uma mansão em Campos do Jordão, no interior de São Paulo.

As investigações concentram-se na evolução do patrimônio de Cariani entre 2014 e 2022, período em que seus bens avaliados passaram de R$ 2,4 milhões para mais de R$ 8 milhões, representando um aumento de cerca de 233%. Esse crescimento chamativo levou as autoridades a aprofundar a análise das atividades financeiras do influenciador fitness.

Acúmulo de dinheiro em espécie também está sob escrutínio, pois Cariani teria acumulado aproximadamente R$ 942,2 mil em espécie entre 2014 e 2022. Essa quantia considerável suscitou suspeitas sobre a origem e legalidade desses fundos, sendo incomum armazenar uma quantia expressiva de dinheiro em espécie nos dias atuais e levantando questões sobre atividades ilícitas.

Outra área de investigação concentra-se em uma mansão em Campos do Jordão, não declarada nas declarações de imposto de renda de Cariani. O imóvel, com instalações como academia, quadra de tênis e piscina, foi apresentado pelo influenciador em seu canal no YouTube. Documentos relacionados à propriedade, encontrados em trocas de e-mails de Cariani, suscitaram preocupações sobre a possível omissão de informações fiscais relevantes.

Cariani também enfrenta acusações adicionais relacionadas ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. A investigação descobriu que ele teria desviado produtos químicos para a produção de drogas destinadas ao narcotráfico, envolvendo notas fiscais e a utilização de indivíduos como “laranjas” para transações financeiras suspeitas. Seu amigo Fábio Spínola também é réu no mesmo processo, sendo apontado como elo entre traficantes e a empresa de Cariani.

Apesar das acusações graves, Cariani mantém uma postura confiante nas redes sociais. Entretanto, as investigações continuam, e as autoridades estão determinadas a esclarecer todas as circunstâncias envolvendo as atividades financeiras e comerciais do empresário.