Após a Justiça decretar a prisão preventiva do ex-presidente do DEM (atual União Brasil) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, sua defesa afirmou que refuta qualquer envolvimento de Caicai na morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, ocorrida em junho de 2021, na cidade de Anápolis.

O advogado Pedro Paulo de Medeiros afirmou que solicitou a revogação do mandado de prisão emitido contra seu cliente. De acordo com a defesa, Cacai encontra-se no Canadá em uma viagem de negócios, sem informações sobre seu retorno e sem especificação da data em que partiu para o país, mas que vai se apresentar assim que retornar.

O mandado de prisão foi emitido na quinta-feira, 16, e está listado como pendente no Banco Nacional de Monitoramento de Prisão (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicando que ainda não foi cumprido. A defesa alegou ainda não ter tido acesso a nenhum detalhe da investigação, impossibilitando fornecer informações sobre seu conteúdo.

Entenda o caso

A investigação de Cacai Toledo como “autor intelectual” do assassinato de Fábio Escobar teve origem na obtenção de mensagens de seu celular durante a quebra de sigilo telefônico em outro inquérito. A Draco solicitou o compartilhamento das informações provenientes da Operação Negociatas, que investigou a cobrança de propina na Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego) em 2020, período em que Cacai ocupava o cargo de diretor-administrativo na estatal e chegou a ser preso.

Parentes de Escobar indicaram Cacai como um dos desafetos do empresário, junto a outros três nomes, em depoimentos à Polícia Civil de Goiás logo após a morte de Escobar. Esse contexto motivou o pedido de compartilhamento de provas da Operação Negociatas. No celular de Cacai, os investigadores encontraram três menções a Escobar, contendo “demonstrações de descontentamento com as denúncias e críticas que a vítima estava divulgando contra ele”.

O empresário Fábio Escobar foi assassinado a tiros por dois homens, na noite do dia 23 de junho de 2021. Informações do Ministério Público de Goiás (MP-GO) são de que os criminosos estavam em um carro e usavam máscaras tipo “balaclava”. Escobar chegou a ser socorrido e a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A motivação para o assassinato dele não foi divulgada.

Leia mais: