O início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República teve avaliação melhor do que a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas ficou aquém dos dois primeiros governos do petista no mesmo período, em 2003 e em 2007 – 51% e 49%, respectivamente. A avaliação dele em 2023 também é mais positiva que a de Dilma Rousseff (PT) no início do seu segundo mandato, em 2015 (12%). Mas está abaixo do índice do primeiro governo de Dilma (56%).

A pesquisa divulgada neste domingo, 19, pelo Ipec foi realizada entre os dias 2 e 6 de março de 2023, com 2 mil pessoas de 128 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Parte das pessoas que compõem o grupo que classifica a administração de Lula como “regular” declara ter votado em Bolsonaro no segundo turno de 2022. Entre quem diz ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro, 36% avaliam agora a gestão do petista como regular. Já 54% a reprovam.

Entre os que falam que votaram em Lula nas últimas eleições, 77% avaliam o governo como bom ou ótimo, e 22% o classificam como regular. Segundo a pesquisa, o Nordeste é a região em que o Lula tem o seu maior percentual de avaliação: 53% de ótimo ou bom.

A maior rejeição está no Centro-Oeste e no Norte: 31% reprovam a atual administração. No Sudeste, a região mais populosa do país, 36% aprovam e 26% reprovam o atual governo.

Já no recorte por religião, os evangélicos têm números piores em relação à média nacional: 31% avaliam a gestão petista como boa ou ótima, 32% a veem como regular e 32% a classificam como ruim ou péssima. Entre os católicos, 45% aprovam o governo e 21% desaprovam.