A UFG licenciou para uso comercial a tecnologia de produção de um creme cosmético esfoliante para pele feito a partir de rejeitos agroindustriais da goiaba para duas empresas, a “Lunagreen Bioativos Ltda” e a “Loren Industrial Ltda”.

O acordo tem uma vigência de cinco anos e concede permissão para o “uso, desenvolvimento, produção, exploração comercial, prestação de serviços e/ou obtenção de qualquer benefício econômico da tecnologia”. Além disso, estipula o pagamento de royalties para a UFG, que irá repassar uma parte aos inventores da tecnologia.

O pedido de patente de invenção foi depositado em nome da UFG e da empresa Loren Industrial LTDA em 2019 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Os inventores vinculados ao pedido são: Adriana Carvalho; Christiane Starling; Edmilson Conceição; Henner Menezes; Nathália Barbosa e Sônia Oliveira.

Da pesquisa à patente

A tecnologia que permite a produção de um creme cosmético esfoliante para a pele a partir de rejeitos agroindustriais de goiaba foi desenvolvida a partir dos estudos de Nathália Barbosa, durante seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da UFG. Enquanto investigava a aplicação de resíduos da goiaba na alimentação de aves poedeiras, Nathália descobriu a possibilidade de utilização dos rejeitos agroindustriais de goiaba em cosméticos. Ela procurou a indústria de cosméticos Loren, que se tornou parceira no desenvolvimento da tecnologia para obtenção do material esfoliante.

Atualmente, Nathália é sócia-proprietária da empresa LunaGreen Bioativos, que produz e comercializa insumos naturais extraídos de plantas cultiváveis ou subprodutos ainda não aproveitados pela indústria para a produção de cosméticos. O contrato de licenciamento da tecnologia permite que as empresas explorem comercialmente a tecnologia, com repasse de royalties para a UFG e os inventores da tecnologia.