Goiânia Noise confirma banda de metal Sepultura como sua 9ª atração de 2016
14 junho 2016 às 19h32
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22ª edição do festival independente mais antigo da capital goiana trará o quarteto formado em 1984 na cidade de Belo Horizonte (MG)
A Monstro Discos, organizadora do Goiânia Noise Festival, confirmou nesta terça-feira (14/6) a nona atração da edição de 2016 do evento, que acontece entre os dias 1º e 7 de agosto no Centro Cultural Oscar Niemeyer. A banda mineira de metal Sepultura se apresenta na sexta-feira 5 de agosto ao lado do rapper Black Alien, de São Gonçalo (RJ). O Sepultura já foi uma das atrações principais da edição de 2007 do festival, quando o Goiânia Noise chegou ao seu 13º ano de existência.
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Além do Sepultura e de Black Alien, também estão confirmados Nação Zumbi (PE) e CPM 22 (SP), que se apresentam no sábado 6 de agosto, BNegão & Seletores de Frequencia (RJ) e Matanza (RJ), que tocam no domingo 7 de agosto, além das bandas The Shrine (Estados Unidos), The Dirty Coal Train (Portugal) e a brasileira Hillbilly Rawhide, de Curitiba (PR).
Os ingressos de primeiro lote são vendidos, em quantidade “limitadíssima”, segundo a organização, por R$ 20 e os passaportes a R$ 50. Os pontos de venda são a Tribo, na Rua 36, Setor Marista, o Detroit Steakhouse, na Avenida 136, Setor Marista, a Seven Rock Shop, no Shopping Buena Vista, a Hocus Pocus, na Avenida Araguaia com a Avenida Paranaíba, no Centro, e na Shuffle Mix, na Avenida Araguaia, em frente ao Banana Shopping.
Há também a venda online de ingressos pelo site Meu Bilhete, que você pode acessar neste link.
Sepultura
A banda criada em 1984 na capital mineira é conhecida, em sua primeira fase, por ter sido iniciada pelos irmãos Max (vocal e guitarra) e Igor Cavalera (bateria). Inicialmente, Max Cavalera era só guitarrista, já que o vocalista da banda, que nunca chegou a gravar um disco com o grupo, era Wagner “Antichrist” Lamounier, mais conhecido pelo vocal da Sarcófago.
Com a saída de Wagner, Max Cavalera assumiu os vocais e o guitarrista Jairo Guedez assumiu a segunda guitarra do Sepultura. Com essa formação (Max, Jairo, Igor e o baixista Paulo Jr.), a banda gravou o EP Bestial Devastation (1985), que tem também a banda Overdose no LP, e o disco Morbid Visions (1986), de onde saiu a canção Troops of Doom. Foi quando o quarteto se mudou para São Paulo.
O guitarrista Jairo deixa a banda em 1987 e entra Andreas Kisser, quando o grupo grava o disco Schizophrenia (1987). Em seguida sai o álbum Beneath the Remains (1989). Em 1990, Gloria Bujnowski passa a ser a empresária da banda, que depois se casaria com Max Cavalera. Em 1991 é lançado Arise, que coloca o Sepultura na posição de uma das bandas mais importantes do metal mundial.
Chaos A.D. (1993), sucessor do Arise, é um disco recheado de canções de temática política e com mistura de sons entre metal, música industrial, elementos tribais e até hardcore. É considerado um dos mais importantes discos da história do metal. Dele saíram músicas como Refuse/Resist, Territory, Slave New World, Propaganda e Biotech Is Godzilla.
Mas o disco seguinte, Roots (1996), se tornou o maior sucesso da carreira do Sepultura, principalmente puxado pela música Roots Bloody Roots, e que marcou a saída do vocalista Max Cavalera e da empresária Gloria da banda em dezembro de 1996. O álbum é considerado um dos mais influentes na cena nu metal, completamente contestada no meio do metal, e que teve seu auge no final dos anos 1990 e no início da década seguinte.
O norte-americano Derrick Green assume os vocais do Sepultura em 1997, se torna amigo de Igor Cavalera e adota o time do baterista, o Palmeiras, como seu clube de futebol no Brasil. Com Derrick, Igor, Paulo e Andreas, o Sepultura lança os discos Against (1998), Nation (2001), Roorback (2003) e Dante XXI (2006), baseado na obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri.
Igor Cavalera deixa a banda em 2006, antes do início da turnê do disco Dante XXI e é substituído pelo baterista Jean Dolabella, que fazia parte do grupo mineiro Udora. Com ele, o Sepultura grava A-Lex (2009), inspirado em Laranja Mecânica, livro de Anthony Burgess. Dolabella ainda participa da conclusão do álbum Kairos (2011), quando deixou o grupo e deu lugar para Eloy Casagrande, que tocava bateria no Glória.
Desde então, a formação do Sepultura tem Derrick Green nos vocais, Andreas Kisses na guitarra, Paulo Jr. no baixo e Eloy Casagrande na bateria. The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013), até o momento, é o único disco de estúdio gravado com Eloy nas baquetas.
Em 9 de maio, o Sepultura postou em sua página no Facebook o link do canal do YouTube para os fãs acompanharem o “diário de gravação do 14º álbum de estúdio da banda, o segundo com Eloy Casagrande na bateria, que é gravado no Fascination Street Studios, em Örebro, na Suécia. Desde 27 de abril, já foram divulgados quatro vídeos.
O disco é produzido pelo sueco Jens Bogren, que já trabalhou com bandas como Opeth, Katatonia, Soilwork, James LaBrie, Moonspell, God Forbid, Kreator, Devin Townsend, Ihsahn, Dark Tranquillity, Paradise Lost, Amon Amarth, Dragonforce, The Ocean, Haken, Rotting Christ, Symphony X e Myrath.
Assista a um dos vídeos do diário de gravação do Sepultura na Suécia:
Mais informações: 22º Goiânia Noise Festival