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Não há nada definido. Mas que ninguém se surpreenda se o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, bancar Lissauer Vieira para deputado federal e o deputado federal Heuler Cruvinel para deputado estadual. Não se trata de puxada de tapete. Na verdade, teme-se que, se derrotado para deputado federal, Cruvinel não tenha condições de disputar mandato de prefeito em 2016. Na tese juracista, o pessedista tem mais condições de se eleger deputado estadual. O deputado federal Leandro Vilela optou por ficar mais próximo, para disputar mandato de prefeito de Jataí, em 2016. Na Assembleia Legislativa, Cruvinel ficaria mais perto de Rio Verde. Aos amigos, Cruvinel tem dito que será candidato a deputado federal doa a quem doer. Porque, se não disputar, deixará a imagem de que tem medo político do médico Paulo do Valle, que vai concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB. Assim, em 2016, quando se enfrentarem para prefeito, os peemedebistas poderão criticá-lo, sugerindo que não teve coragem, em 2014, de enfrentar o líder peemedebista. Há certa lógica no raciocínio. Cruvinel tem frisado que, contra os céticos, poderá ter mais votos este ano do que em 2010, porque conquistou o apoio de outros prefeitos e líderes municipais. Juraci, Cruvinel e Lissauer são do PSD.
Candidato a deputado estadual pelo PDT e secretário do prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, o advogado Jairo Barbosa é primo-primeiro do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Advogado competente, Jairo Barbosa é o braço direito do prefeito Dioji Ikeda.
Três partidos que, teoricamente, integram a base do governador Marconi Perillo (PSDB) abriram conversações “produtivas” com o pré-candidato do PMDB a governador de Goiás, Júnior Friboi. Líderes do PEN e do PSDC lançam olhares de “ouro” para o empresário. Um deputado garante que o PHS abriu diálogo com o neopeemedebista. Mas não há nada certo. Todos dizem, a exemplo de José Netho, do PPL, que as conversas são republicanas. Deve ser verdade. Porque até Pinóquio tende a acreditar.
O irismo e o paulo-petismo garantem que a chapa da aliança PMDB-PT está definida. Será Iris Rezende para governador, Júnior Friboi para vice e Antônio Gomide para senador. O paulo-petismo garante que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva, chefes do presidente do PT, Rui Falcão, estão sempre fazendo contas e sugerindo que o partido precisa de mais senadores. Se o PT goiano conseguir eleger o senador, a cúpula vai ficar satisfeita.
Pré-candidato do PMDB a governador, o ex-deputado Ivan Ornelas garante que vai pedir a expulsão de Júnior Friboi e do presidente do partido, Samuel Belchior. Acusação: “Falta de ética”. “Belchior esteve envolvido com a Operação Miqueias. Friboi, ao dizer que vai gastar muito dinheiro na campanha, está violando o Código de Ética do PMDB. Eles não merecem ficar no partido.”

[caption id="attachment_506" align="alignleft" width="275"] Marina Sant’Anna, em caso de chapa pura, a
ex-deputada federal do PT pode figurar na
chapa majoritária[/caption]
O petista Antônio Gomide é um instrumento do PMDB irista para tentar retirar Júnior Friboi do páreo? O prefeito de Anápolis rejeita a tese e reafirma que vai disputar o governo de Goiás este ano.
Ao mesmo tempo que refuta a ideia de que é uma “peça irista”, Gomide articula a montagem de sua chapa majoritária. O vice dos sonhos do petista anapolino é o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira Brasil, hoje pré-candidato a deputado federal pelo PT. Além de ser de Goiânia, Madureira atrai para Gomide a “força” da UFG. O engenheiro agrônomo pode “levar” o prefeito Paulo Garcia para a campanha. Embora não seja da Articulação, tem a simpatia do líder do paulo-petismo.
Ligada à tendência comandada pelo ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson, Marina Sant’Anna, que desistiu de disputar mandato de deputada federal para apoiar o aliado Olavo Noleto, é cotada para o Senado. Simpática, com forte presença em Goiânia, Marina é um nome forte.
A grande disputa para senador nas eleições de 5 de outubro deste ano pode ser entre Ronaldo Caiado (DEM), de centro-direita, e Antônio Gomide (PT), da esquerda. Caiado já definiu: será candidato a senador. Só falta fazer a escolha da chapa. No momento, a preferência é por uma composição com o governador Marconi Perillo (PSDB). Gomide, que prefere disputar o governo, pode compor com o PMDB, se Iris Rezende for seu candidato a governador. É o que diz o paulo-petismo.
Um peemedebista histórico é peremptório: “Se não for candidato a governador, Iris Rezende (PMDB) não disputa mandato de senador”. Por que, se não disputar o cargo máximo, Iris, mesmo sem cruzar os braços, iria para sua casa? “Porque, se disputar mandato de senador, pode passar a imagem de que se vendeu para Júnior Friboi, como supostamente teriam feito vários políticos.”
A deputada Isaura Lemos, do PC do B, anda tão entusiasmada com Júnior Friboi que, na Assembleia Legislativa, já começam a chamá-la de Isaura “Friboinha” Lemos. Pior ou melhor: ela adorou o novo “apelido”. De um deputado do PT: “Nunca vi uma comunista tão encantada com um capitalista quanto Isaura Lemos”. Consta que toda vez que olha para Friboi, um red de direita, a deputada enxerga Lênin. O petista aconselha Friboi a usar um cavanhaque, ao estilo do de Lênin, mas não um bigodão, para não ficar parecendo com Stálin e Diógenes Arruda, o Stálin brasileiro, que, certa vez, “engravatou” Drummond de Andrade para que escrevesse “versos esquerdistas”.
Um grupo de vereadores pretende encrespar com a reforma administrativa do prefeito Paulo Garcia (PT). Os vereadores afirmam que fazer reforma administrativa em período eleitoral, ou mesmo pré-eleitoral, pode não ser um boa coisa para os aliados políticos, especialmente para aqueles que são candidatos.
O prefeito de Trindade, Jânio Darrot (PSDB), por gratidão e necessidade, está apoiando três candidatos a deputado federal: Sandes Júnior, do PP, Antônio Faleiros e Giuseppe Vecci, ambos do PSDB. Mas, curiosamente, levantamentos feitos na cidade indicam que Flávia Morais e Tayrone di Martino aparecem mais bem avaliados pelo eleitorado do que o trio apoiado pelo tucano. De todos os pré-candidatos, o que mais ajudou Trindade, de fato, foi o deputado federal Sandes Júnior. O pepista conseguiu recursos, milhões de reais, para pavimentação asfáltica.
Ao contrário das especulações de pessoas ligadas ao presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB), o conselheiro Milton Alves disse ao Jornal Opção que vai se aposentar do Tribunal de Contas do Estado apenas em 2015.
Aposentadoria em 2014? Segundo Milton Alves, nem pensar.
A questão é: Helder Valin, sem mandato, terá força política para conquistar uma vaga tão disputada quanto a de conselheiro do TCE? Seus aliados garantem que, apesar da resistência, Milton Alves deve se aposentar este ano.
O leitor certamente vai ficar na espreita para saber quem está falando a verdade: se Milton Alves ou se a turma de Helder Valin. Os dois são homens seriíssimos. Mas estão “jogando”, é claro.
Um jornal publicou que o governador Marconi Perillo não move uma palha para atrair Ronaldo Caiado para sua chapa majoritária. Quem acredita nesta história também acredita em mula sem cabeça, em Curupira e, até, em Saci Pererê. Quem leu um Editorial do Jornal Opção, publicado recentemente, deve se lembrar que o governador Marconi disse que gostaria de fazer por Ronaldo Caiado, em 2014, o que o democrata fez por ele em 1998. Nem precisa ser bom entendedor para perceber o que o tucano-chefe disse. A nota é mais plantada do que soja do Sudoeste goiano.
De um petista heterodoxo, com veia de humorista: “Duda Mendonça fez bem em vetar Nerso da Capitinga na chapa de Júnior Friboi”. “Por que”, quis saber outro petista, da ala ortodoxa, “Nerso da Capitinga não pode aparecer no programa eleitoral dizendo que o governador Marconi Perillo também, em 16 anos, construiu sua panelinha?” O petista heterodoxo explicou: “Dois Nersos na televisão não dá pé”. “Dois?”, questionou o ortodoxo. “Sim”, redarguiu o red de extração quase liberal. “O verdadeiro e Friboi”, acrescentou.

Quando lhe falam sobre as eleições de Goiás, a presidente Dilma Rousseff escuta, demonstra interesse, mas não conhece bem os personagens que pretendem disputar o governo do Estado.
Porém, quando o interlocutor abre uma brechinha, Dilma Rousseff costuma perguntar: “O meu candidato está bem, vai ganhar?”
Aí, quando perguntam: “Quem? Antônio Gomide?”, Dilma Rousseff abre um sorrisão e diz: “Não, o Olavinho”. Quem? Ah, sim, o Noleto.
Discreto, Olavo Noleto jamais se apresenta como candidato da presidente e tampouco confirma a “brincadeira” acima.