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É impressionante a reportagem “Drogas — PF na caça de traficante goiano”, do “Pop” (sábado, 24), assinada por Rosana Melo. O título indica que o editor não percebeu a força da matéria. O jornal conta que a quadrilha comandada pelo traficante de cocaína Mário Sérgio Nunes, conhecido como Sérgio Careca, atua em 30 países, tem bens avaliados em 100 milhões de reais e fatura 5 milhões de reais por mês. O grupo criminoso planejava, segundo a Polícia Federal, construir “narcosubmarinos” e comprar “uma empresa aérea para voos internacionais”. A repórter relata que há policiais goianos envolvidos com traficantes. A reportagem contém alguns problemas. Num texto, o nome do traficante é Mário Sérgio Camargo Nunes. Noutra reportagem, na mesma página, a 4, o nome é Mário Sérgio Machado Nunes. No infográfico, o jornal optou por “Machados”. Trecho confuso: “Um dos presos em Goiás é o soldado da Polícia Militar”. A inclusão do artigo “o” sugere que a repórter pretendia publicar o nome do soldado, mas esqueceu de fazê-lo. Se isto não procede, deveria ter escrito assim: “Um dos presos em Goiás é soldado da Polícia Militar”. Na reportagem principal, Rosana Melo informa que os bens da organização criminosa são avaliados em 100 milhões de reais. No infográfico, os bens são avaliados em 80 milhões de reais. O “Pop” diz que, além de comprar um Boeing 737, a quadrilha pretendia adquirir “uma empresa aérea para voos internacionais”. A repórter escreve “Boieng” e o tempo verbal errado deixa a impressão de que o avião chegou a ser adquirido. “As ações de transporte da droga para o exterior ficaram mais ágeis, baratas e seguras”. A palavra “ficaram” deve ser trocada por “ficariam”. No infográfico também há problemas, com verbos no presente e no futuro, mas referentes à mesma “ação”. O jornal está brigando feio com vírgulas. “Mário Sérgio Machados [sic] Nunes, controlava de Aparecida de Goiânia, uma verdadeira holding das drogas”. Entre “Nunes” e “controlava” e entre “Goiânia” e “uma” não há necessidade de vírgulas. O texto fica mais preciso assim: “Mário Sérgio Machado Nunes controlava de Aparecida de Goiânia uma verdadeira holding das drogas”. Outra alternativa: “Mário Sérgio Machado Nunes controlava, de Aparecida de Goiânia, uma verdadeira holding das drogas”. Há um trecho confuso: “... a quadrilha estava pesquisando pelas e fazendo cotação de preços”. Possivelmente, no lugar de “pelas”, a repórter queria escrever peças. Outro trecho caótico: “Ele [Mário Sérgio] trabalhou e conheceu Pablo Escobar”. Seria “ele conheceu e trabalhou com Pablo Escobar”. No texto “Foragido já teve parceria com Leonardo Mendonça”, Rosana Melo informa que o traficante Leonardo Dias Mendonça, que está preso, é “goiano”. A “Folha de S. Paulo” revela que é mineiro, embora atuasse em Goiás.
Sociólogo experimentado e professor aposentado da Universidade Federal de Goiás, Servito Menezes avalia que, se a oposição não bancar um terceiro candidato relativamente sólido, o governador Marconi Perillo (PSDB) pode ser eleito no primeiro turno.
“Em política, é preciso verificar a campanha e o desempenho dos candidatos e, claro, como é a aceitação das propostas pela população, mas, a se avaliar pelo quadro atual, Marconi tem com a faca, o queijo e o terno da posse nas mãos”, frisa Servito.

[caption id="attachment_5823" align="alignright" width="620"] Wilder Morais, senador democrata: “O governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, é um fenômeno como político e gestor” | Foto: Moreira Mariz[/caption]
O senador Wilder Morais, do DEM, diz que o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, é um fenômeno político e administrativo. “Tenho experiência com gestão privada, que exige muito do dirigente, e por isso sei como Marconi trabalha e é envolvido com o que faz. É impressionante: ele é extremamente focado. Ao mesmo tempo que faz política, conversando com todo mundo, gere a máquina com eficiência, sabendo detalhes do governo. Trata-se de um político vocacionado e acredito que, se os líderes nacionais não tentarem brecá-lo, tende a ser candidato a presidente da República em 2018.”
Wilder Morais afirma que alguns governadores entendem de política, mas quase nada de economia e gestão. “Marconi é diferenciado e atento. Ele tem patrocinado a expansão do setor produtivo com medidas apropriadas e planejadas. Como o Jornal Opção mostrou recentemente, numa reportagem, é possível dizer que o governador tem feito a diferença e, com sua atuação firme e presente, deve ser visto como um agente do crescimento e do desenvolvimento.”
Marconi, na análise do senador democrata, “mudou o Estado”. Wilder Morais diz que visita outros Estados e, em geral, só se fala em crise. “Goiás, pelo contrário, se tornou um canteiro de obras. No Estado, a política responde de maneira adequada à demanda da economia. Observe-se que 6 mil quilômetros de rodovias foram recuperados. E o asfalto é de qualidade. As rodovias que saem de Goiânia estão sendo duplicadas. O governo está construindo o novo Hospital de Urgências de Goiânia, o Hugo 2, e o Centro de Excelência, e está concluindo a reforma do Autódromo Internacional de Goiás. As escolas foram reformadas. Está fazendo os centro de recuperação para dependentes químicos (credeqs). Não é à toa que o político está bem e lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo. Os eleitores podem verificar, por si, o que tem sido feito. O que concluir? Que Marconi será reeleito.”
Um fato surpreende na política de Goiás: o PMDB hoje prefere lançar Júnior Friboi para governador do que Iris Rezende. Os peemedebistas argumentam abertamente, e sem receio de ofender Iris:
1 — Friboi conquistou as bases do partido, ao procurá-la e apoiá-las já na eleição para prefeito, em 2012. Iris, pelo contrário, ficou em Goiânia e manteve poucos contatos com candidatos.
2 — Os peemedebistas percebem Friboi como renovação e Iris como símbolo do “velho” (e nem devido à idade). Na campanha, se for com Iris como candidato, o PMDB não poderá defender o discurso da renovação, da alternância de poder.
3 — Friboi, ao contrário de Iris, é capaz de organizar uma estrutura, do ponto de vista das finanças, para não deixar os candidatos a deputados desesperados.
As edições dominicais da “Folha de S. Paulo” têm um atrativo à parte: os CDs da cantora Elis Regina. Pode parecer um anabolizante, ainda que pago, mas é mais do que isto. Trata-se de um investimento em cultura, em qualidade. As músicas, de fato, estão em outros CDs, e até no YouTube, na internet. Mas os pequenos livros que acompanham os CDs, com textos de Carlos Calado e a inclusão das letras, são muito bem informados, às vezes até ousados na interpretação da arte da cantora. A “Folha”, ao tratar bem da maior cantora brasileira, zela por seus leitores. Caso raro no Brasil. O “Pop”, jornal goiano, “presenteou” seus leitores com uma esquisita “bandeira-camiseta”, como uma lembrança da Copa deste ano. Mais brega, impossível.

O prefeito de Porangatu, o empresário Eronildo Valadares (PMDB), radicalizou: “Não apoio a candidatura de Iris Rezende ao governo de Goiás. Mais: não acredito que ele será candidato. Ninguém vai patrociná-lo”.
Eronildo avalia que Júnior Friboi, mesmo relutante, deve ser o candidato do PMDB a governador de Goiás. “Júnior tem o apoio das bases. Praticamente todos os candidatos a deputado querem apoiá-lo. Porque ele fez o que Iris não faz há muito tempo: conquistou as bases. Iris só procura os companheiros em época de eleição e não ajuda ninguém. Nas eleições para prefeito, por exemplo, ele desaparece.”
Se Friboi não for o candidato do PMDB, Eronildo afirma que está aberto a conversações com o governador Marconi Perillo, do PSDB, com Vanderlan Cardoso, do PSB, e com Antônio Gomide, do PT.
Aliados de Vanderlan Cardoso defendem a tese de que a crise do PMDB beneficia o pré-candidato a governador pelo PSB. Eles apostam que descontentes do PMDB vão hipotecar apoio ao socialista-capitalista. O problema é que muitos descontentes irão para o lado do governador Marconi Perillo.
Sebastião Caroço Monteiro, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), embora seja aliado do vice-governador José Eliton — fazem parte do chamado Clube do Pôquer do condomínio Aldeia do Vale —, começa a sugerir que o democrata Ronaldo Caiado talvez seja uma boa pedida para senador na chapa do governador Marconi Perillo.
Caroço está prestes aposentar-se e José Eliton é cotadíssimo para ocupar sua vaga no TCM.
Embora bancado pela cúpula do PP em Rio Verde, o vice-governador também permanece cotado para o Tribunal de Justiça, na vaga do desembargador Geraldo Gonçalves, que está prestes a se aposentar, e para o Tribunal de Contas do Estado.
Copa vai ser um problema? Pode ser que sim. Mas o brasileiro médio, aquele que é avesso às discussões ideológicas e filosóficas, já parece ligeiramente empolgado com a proximidade dos jogos. Aos sábados e domingos, nas bancas de revistas e jornais de Goiânia, reúne-se uma multidão. São crianças, adolescentes e adultos. Eles compraram figurinhas para seus álbuns e, depois, começam um processo de trocar as que estão repetidas. A empolgação é crescente. No domingo, 25, pelo menos 100 pessoas se encontraram para trocar figurinhas nas proximidades de uma das bancas da Praça Tamandaré. Uma mulher, discreta, enfrentou a fila e adquiriu, para sua filha de uns 8 ou 10 anos, cerca de 400 reais em figurinhas. Ao saírem da banca, foram cercadas, imediatamente, por pessoas que queriam trocar figurinhas.
A imprensa de Goiás cometeu dois equívocos recentemente. Henrique Meirelles nunca foi cotado para vice da presidente Dilma Rousseff. O motivo é prosaico: o presidente do PSD, Gilberto Kassab, declarou apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Dilma Rousseff, com sua influência, contribuiu para o registro do PSD. Meirelles, filiado ao partido, desistiu até mesmo de disputar mandato de senador. Supostamente, a pedido do ex-presidente Lula da Silva. Mas não só.
Gilberto Kassab ensaia uma aliança com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Pode ser o vice do tucano. É óbvio que o PSD não tem cacife para bancar o vice e o candidato a senador.
Segundo, Aécio Neves quer o voto do ruralismo, não há dúvida, mas nunca cogitou de lançar Ronaldo Caiado (DEM) como seu vice. O presidenciável mineiro quer um vice de São Paulo.
Razão comezinha: São Paulo tem quase 32 milhões de eleitores (22,2% do eleitorado brasileiro) e controla 33,1% do Produto Interno Bruto. Minas Gerais tem mais de 15 milhões de eleitores (10,7% do eleitorado nacional) e 9,3% do PIB.
Juntos, São Paulo e Minas têm 32,9% do eleitorado brasileiro e representam 42,4% do PIB.
Goiás é um Estado próspero, não há dúvida, mas, em termos de eleitores e economia, não tem como ser comparado a Minas Gerais e São Paulo. Goiás tem 4,2 milhões de eleitores (3% do eleitorado brasileiro) e representa 2,6% do PIB.
A reportagem “Condomínios fechados — Sete Furtos sem apenas dois dias”, de Vandré Abreu, do “Pop”, indica que a classe média e os ricos não estão mais seguros. Os condomínios Jardins Milão e Jardins Verona são protegidos por muros altos com cercas elétricas e segurança privada de qualidade — da Tecnoseg —, mas mesmo assim os ladrões entram e arrombam casas. Um problema mínimo, nada doloso: o repórter escreve IPad, quando a grafia correta é iPad.
A presidente Dilma Rousseff tem ligado para o governador Marconi Perillo. Tudo a ver com o segundo turno.
Marconi deve apoiar a petista, no segundo turno, se a disputa ficar entre a presidente e Eduardo Campos, do PSB. O tucano goiano não tem simpatia pelo ex-governador de Pernambuco.
Ao perceber que a disputa em Rio Verde vai ser ferrenha, dado o possível lançamento da candidatura do médico Paulo do Valle (PMDB), o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) decidiu trabalhar. Heuler Cruvinel inicialmente pretendia concentrar esforços apenas em Rio Verde, sua base, e em outros municípios do Sudoeste goiano. Mudou de ideia e vai instalar comitê eleitoral até em Goiânia. A coisa está feia para o pessedista.
Fala-se muito da disputa para deputado federal, especialmente porque Heuler Cruvinel (PSD) e Paulo do Valle (PMDB) devem ser candidatos a prefeito de Rio Verde, em 2016. Mas a disputa para deputado estadual pode ser mais acirrada.
Desta vez, Rio Verde tem chance de eleger de dois a três deputados estaduais. Karlos Cabral (PT) e Lissauer Vieira (PSD) são apontados como hors concours. São favoritos. Porém, se permitirem que dispute o pleito, o vereador Paulo Henrique Guimarães (PMDB) também entra para a lista dos mais cotados.
Leonardo Veloso (PRTB), se for mantido o apoio de Júnior Friboi, também tem chance de ser eleito. Os demais tendem a fazer figuração.
A inscrição é gratuita e feita exclusivamente pela internet