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[caption id="attachment_6295" align="alignright" width="300"] Eduardo Siqueira terá uma força de Sandoval para se eleger deputado estadual | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O que parece demonstração de lealdade do governador Sandoval Cardoso (SD) ao ex-governador Siqueira Campos (PSDB) revela na verdade o quanto o siqueirismo anda em baixa. A declaração pública do governador de que está organizando colégio eleitoral para ajudar a eleger Eduardo Siqueira Campos deputado estadual é a mais clara confirmação desse desprestígio. O todo-poderoso filho do governador, chamado de príncipe, dependendo do prestígio político de um adesista de última hora? É o fim.
O ex-governador João Oliveira (DEM), que renunciou ao cargo para abrir caminho para a realização da eleição que sagrou Sandoval Cardoso governador, anuncia que é candidato a deputado federal. Oliveira já recebe apoio de Sandoval, que diz estar comprometido com a sua eleição para a Câmara Federal.
O presidente do PT, Júlio César Brasil, avalia que a aparente tranquilidade do governo, embora em crise, não se deve à omissão da oposição. Pelo contrário. Para ele o grande problema é que no Tocantins todo mundo só quer ser governo, ninguém quer ser oposição. O dirigente diz que o fisiologismo ainda fala alto na política local.
O ex-governador Siqueira Campos (PSDB) está de volta depois de dois meses de sumiço e completo ostracismo. Siqueira reapareceu para dizer que não é candidato a nada. Em se tratando de Siqueira é bom esperar o contrário, quando diz que não é candidato é porque está articulando para ser candidato a alguma coisa, no caso, ao Senado. A desistência de Eduardo Siqueira de disputar o governo do Estado ajuda a consolidar a pretensão do pai ex-governador.
Deputados acusam o governo de alterar a prioridade na execução do orçamento como estratégia eleitoral. Eles observam que enquanto falta dinheiro para investimentos sobra para gastar com custeio da máquina administrativa. Na prática significa dizer que o governo prefere contratar cabos eleitorais oferecendo emprego a conquistar prestígio político realizando obras. O fracasso administrativo tem explicação.

Mãos ao alto! Joguem ao chão defesas, sustos, ressentimentos, maledicências. Rejeitem desconfianças de toda a ordem. O amor existe e insiste em lhe entregar uma flor
Senadora Kátia Abreu passa o comando da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o vice-presidente da entidade, João Martins da Silva Júnior, que também é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia. “Saio tranquila para minha missão de recandidatura ao Senado pelo Tocantins, reafirmando a todos que nossa casa está em boas mãos: mãos de um homem digno, ético, que conhece bem nosso setor”, afirmou a senadora, ao anunciar João Martins na presidência da CNA pelos próximos cinco meses, desde quarta-feira, 4. O evento, em que também foi celebrada a posse recente de Almir Dalpasquale na presidência da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), contou com a presença de presidentes das Federações da Agricultura de todo o Brasil e de vários líderes da bancada da agropecuária no Congresso. A senadora agora terá mais tempo para se dedicar à reeleição ao Senado ao lado do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), provável companheiro de chapa.
O deputado José Geraldo, que fez campanha para Eduardo Siqueira Campos se filiar ao PTB, que considerava ser a melhor opção partidária para o ex-secretário conquistar o Palácio Araguaia, já não parece mais tão entusiasmado com esta possibilidade. José Geraldo informa que Eduardo é candidato a deputado estadual e está refazendo as contas para decidir se mantém ou não candidatura a deputado federal.
O prefeito de Gurupi e presidente do PSB, Laurez Moreira, revela que o seu partido deve apoiar a reeleição do governador Sandoval Cardoso (SD). Explica que a decisão ainda não foi tomada, mas dificilmente será diferente o que vem sendo planejado. Para Moreira o governador é a renovação que o povo do Tocantins aspira. “A renovação pode vir de fora, mas também de dentro do governo”, prega o prefeito, que lembra que Sandoval Cardoso tem apoio de Siqueira Campos, mas representa a renovação do governo.

Gabriel García Márquez não precisou morrer para alcançar o posto de mito, tornou-se um ainda em vida
Informações de bastidores dão conta que o deputado Raimundo Moreira (PSDB), que está de licença para tratamento de saúde, estará de volta ao plenário dentro de poucos dias. O deputado foi convocado às pressas para reassumir o mandato, o que na prática significa botar o suplente Carlão da Saneatins (PSDB) no banco. O motivo seria o deslize do líder do governo no caso da CPI do Igeprev, em que questionou o Ministério da Previdência e obteve como resposta uma maior disposição da pasta em revelar os desmandos praticados na gestão dos fundos de aplicação do instituto e que envolve diretamente o ex-secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos.
O deputado José Augusto Pugliesi (PMDB) avalia que uma candidatura da ex-primeira-dama Dulce Miranda à Câmara Federal tem todas as condições de obter sucesso. Ele avalia que se caso o ex-governador Marcelo Miranda, por alguma razão, não puder ser candidato a governador, a ex-primeira- dama aparece automaticamente com condições de compor a chapa majoritária. Ele lembra que as convenções estão vindo aí, momento que o partido vai ter de escolher a melhor opção para disputar e vencer as eleições.
O governador Sandoval Cardoso (SD) realiza um governo de continuidade da obra do ex-governador Siqueira Campos (PSDB), que fez uma gestão desastrosa, ineficiente e irreconhecível e por isso mesmo teve que deixar o cargo mais cedo para tentar mudar o quadro de desgaste. Sandoval herdou uma gestão com vícios siqueiristas, mas tenta imprimir uma nova marca e busca como inspiração o outro extremo, a gestão do ex-governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB), adversário de Siqueira. Entre Gaguim e Siqueira, Sandoval segue tentando imprimir a sua marca, talvez melhor que o siqueirismo, mas ainda bem distante do ritmo acelerado de Gaguim.
Volta e meia uma autoridade do governo federal expressa inconformismo com brasileiros que não consideram que o País ingressou no primeiríssimo mundo a partir do dia 1º de janeiro de 2003. Sobre os manifestos do ano passado, por exemplo, o ministro Gilberto Carvalho disse que o governo ficou “perplexo” e o sentimento era quase de “ingratidão”: Quando acontecem as manifestações de junho, da nossa parte houve um susto. Nós ficamos perplexos. Quando falo nós, é o governo e também todos os nossos movimentos tradicionais. [Houve] uma certa dor, uma incompreensão e quase um sentimento de ingratidão. [Foi como] dizer: fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra nós.” Pois é. Ingrato, esse povo. Gilbertinho deve ter ficado ainda mais assustado e perplexo na semana passada, com a divulgação de pesquisa do Pew Research Center, dando conta de que a maioria significativa dos brasileiros está descontente com a situação geral do país, refletindo um cenário em que houve forte aumento nos últimos 12 meses dos que consideram que a economia vai mal. Entre 10 e 30 de abril, o levantamento constatou que nada menos que 72% disseram estar insatisfeitos com o estado de coisas no Brasil, bem acima dos 55% registrados há um ano, semanas antes das manifestações de junho de 2013. Já o porcentual dos que afirmaram estar satisfeitos recuou de 44% para 26%. Anota o “Valor Econômico”: “Nesse período de um ano, a parcela dos brasileiros que consideram que a economia vai mal subiu de 41% para 67%. Apenas 32% dos entrevistados considera que a economia está bem, um tombo expressivo em comparação com os 59% observados na pesquisa de 2013. “O aumento de preços é apontado como um “problema muito grande” por 85% dos ouvidos pelo Pew, um respeitado centro de pesquisas dos Estados Unidos. Esse porcentual é parecido com os 83% registrados um ano atrás.” Crescimento econômico baixíssimo — o pior entre os países emergentes —, inflação real derretendo o poder de compra, escândalos quase diários, corrupção deslavada em obras públicas, aparelhamento do Estado. Esses são apenas alguns dos males que a população está percebendo. Não tem nada de “ingratidão”. É indignação.
O deputado José Augusto Pugliesi (PMDB) declara que não há nenhuma restrição a senadora Kátia Abreu por parte do grupo que ele integra no partido. Para ele a senadora tem todo direito de disputar a reeleição. “Já elegemos ela junto com Marcelo Miranda em 2006 e podemos fazer de novo”, garante o deputado que integra o grupo do deputado Júnior Coimbra que tinha séria restrição à filiação da senadora ao PMDB.