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Morreu neste sábado (4/10), no Rio de Janeiro, o ator e cineasta Hugo Carvana, aos 77 anos. O artista, que tinha mal de Parkinson, estava hospitalizado no Hospital Pró-Cardíaco desde o último domingo (27/9). Segundo informações do hospital, o ator morreu por volta das 11h da manhã. A causa da morte ainda não foi divulgada, como também o local e horário do velório.
Carvana nasceu em 4 de junho de 1937. Trabalhou em mais de 100 filmes e dirigiu nove. Seus filmes mais recentes são "Não se preocupe, nada vai dar certo", com Gregório Duvivier, e "Casa da mãe Joana", com Juliana Pae e José Wilker. O artista está entre os homenageados no Festival Internacional de Cinema do Rio. No próximo domingo (5/10), o festival irá exibir o filme "Vai trabalhar, vagabundo", com Carvana, Odete Lara e Paulo César Pereio.
O jovem médico Gustavo Sebba deve sair do pleito deste ano como uma de suas revelações. Bancado pelo pai, o prefeito de Catalão, Jardel Sebba, o político deve receber entre 35 mil e 40 mil votos — o que significa uma votação extraordinária. Em Catalão, sua base principal, Gustavo Sebba deve ter entre 14 mil e 17 mil votos. É estimativa de seus aliados. Gustavo Sebba, que mostrou arrojo e determinação na campanha, deve se destacar na Assembleia Legislativa. Porque tem conteúdo e vontade de crescer politicamente.
No início da campanha, o presidente regional do Solidariedade, Armando Vergílio, apostou muito na vitória de Rodrigão Carvello, candidato a deputado estadual baseado em Catalão. Porém, se começou empolgado e empolgando, no meio do caminho Rodrigão, vice-prefeito do município mas rompido com o prefeito, desidratou. O líder do Solidariedade no município dificilmente será eleito, porque foi pego no fogo cruzado entre os candidatos do PMDB, Adib Elias — que, popular, deverá ter cerca de 17 mil a 18 mil votos em Catalão —, e do PSDB, Gustavo Sebba, que deverá obter entre 14 mil e 17 mil votos (só no município). O que Rodrigão quer mesmo é disputar a Prefeitura de Catalão em 2016. Ele acredita que terá o apoio de Adib Elias, o que pode ser um sonho numa noite de verão. Embora seja apontado como ficha suja, até sujíssima, Adib Elias conseguiu, ninguém sabe como, ser candidato a deputado estadual. Em 2016, se puder disputar mandato, será candidato a prefeito de Catalão, inviabilizando a aliança com Rodrigão. Por mais desgastado que esteja, Adib é sempre um candidato forte, dada sua imagem, mais mítica do que verdadeira, de gestor eficiente. Como prefeito Jardel Sebba é candidato à reeleição, a tendência é que o pleito seja polarizado entre ele e Adib, com Rodrigão se tornando boi de piranha.
Na semana passada, quem passou pela Avenida 85, entre os setores Marista e Bueno, ficou impressionando com a quantidade de cavaletes estampando a fotografia de Iris Rezende e Iris Araújo juntos. Os cavaletes foram colocados pela estrutura de campanha de Iris Rezende para alavancar a candidatura de sua mulher, Iris Araújo, que, a partir do crescimento das campanhas de Lucas Vergílio (Solidariedade) e de Daniel Vilela (PMDB) — e, sobretudo, da força da base do governador Marconi Perillo (PSDB) —, começou a correr risco. Iris também pediu, na verdade exigiu, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, entrou de sola em sua campanha. Os cavaletes, muito bem feitos, provam, mais uma vez, que Iris Rezende não faz política para os peemedebistas, e sim para sua si e para sua família. Não há notícia de que o peemedebista-chefe tenha mandado fazer cavaletes para outros candidatos. A partir de certo momento, Iris reuniu a família, retirou a cascavel do bolso e decidiu gastar uma pouco de sua fortuna — avaliada pela revista “IstoÉ” em 185 milhões de reais e pelo ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Frederico Jayme em pelo menos 1 bilhão de reais — para pelo menos eleger Iris Araújo. A família avalia que, para manter o controle do PMDB, precisa pelo menos eleger um deputado federal, já que os outros possíveis eleitos, Pedro Chaves e Daniel Vilela, não comungam pela cartilha do casal Iris. São ligados ao empresário Júnior Friboi, que Iris considera não como um adversário político interno, e sim como um “inimigo” a ser massacrado.
A reclamação é geral no Partido Comunista do Brasil dos Lemos (PCdoBL). A estrutura do partido, na campanha deste ano, foi praticamente colocada à disposição da família Lemos — leia-se Isaura Lemos, candidata a deputada estadual, e Tatiana Lemos, candidata a deputada federal. Os demais ficaram a ver navios. Não. É muito. Ficaram a ver barquinhos de papel. O PC do B, sob o comando de Isaura Lemos e Euler Ivo — espécie de Madame Mao e e Mao Tsé-tung do Cerrado —, foi inteiramente feudalizado. Não há espaço para quem não comunga com as ideias do casal. Em Goiás, pelo menos, o PC do B aceita a prática do nepotismo e da familiocracia. Mesmo assim, continua discutindo mudança social. Candidata a deputada estadual, se não fosse o apoio de abnegados como Aldo Arantes, Luiz Carlos Orro, Denise Carvalho, Marcão da Banca, Lúcia Rincon — comunistas consistentes, íntegros e históricos — e de um grande grupo de jovens universitários, a líder estudantil Deborah Evellyn, jovem de ideias sólidas em defesa da transformação social, nem mesmo teria conseguido fazer sua campanha. Uma pena, porque Deborah Evellyn é o símbolo da renovação do PC do B, o verdadeiro. Orro, Denise, Aldo, Marcão da Banca, Lúcia, Romualdo Pessoa vão acabar entendendo que ou arrancam os Lemos do PC do B ou eles acabam com o partido, que tem uma história de seriedade e luta pelas causas sociais — e não por causas familiares. Se as coisas continuarem como estão, até o cachorrinho Totó, da família Lemos, vai conseguir um cargo no comitê estadual do partido.
O líder da Juventude do PSDB goiano, Rodrigo Zani, garante que em nenhum momento “brigou” com Gilvane Felipe. Pelo contrário, os jovens que militam na juventude frisam que Gilvane Felipe, trabalhando na coordenação da campanha do governador Marconi Perillo, fez tudo, beirando o impossível, para atendê-lo. A Juventude do PSDB é uma das mais dinâmicas do País e arranca elogios frequentes do governador Marconi Perillo, tanto pelo seu trabalho político quanto pela consistência de suas ideias. Na campanha, nas redes sociais, a Juventude deu um banho nos ativistas de outros partidos. Não se trata de demagogia ou populismo: o tucano-chefe vai abrir mais espaço, no governo, para a participação de jovens.
Marcos Abrão, candidato do PPS a deputado federal, fez uma das campanhas mais organizadas das eleições deste ano. O pepessista trafegou praticamente por todo o Estado, articulando com prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, ex-vereadores, lideranças políticas sem mandato, líderes empresariais e comunitários. Por onde passou agradou pela força de suas ideias e pela vontade de ser eleito. Bancado pela senadora Lúcia Vânia, Marcos Abrão começou meio tímido. Mas logo depois deslanchou e, com seu estilo franco e direto de falar, mas com grande senso de diplomacia, conquistou os eleitores do interior. Internamente, provou ser agregador e apaziguador, fortalecendo e, sobretudo, transformando o partido numa verdadeira máquina eleitoral. Hoje, independentemente do resultado da eleição, Marcos Abrão conquistou o respeito do presidente nacional do partido, o deputado federal Roberto Freire. O governador Marconi Perillo (PSDB) sempre ressalta a capacidade de trabalho do jovem líder político. O PPS, sob sua batuta, ficou grande e, claro, com expectativa de ter um deputado federal e, também, um deputado estadual, possivelmente o contabilista Darlan Braz.
Políticos ligados ao governador Marconi Perillo ficaram agradavelmente impressionados com a capacidade de trabalho do casal George Morais e Flávia Morais, principais líderes do PDT em Goiás. Os dois, numa espécie de trabalho de formiguinha, com uma estrutura enxuta mas eficiente, andam por quase todo o Estado pedindo votos e articulando com aliados. Candidata a reeleição, a deputada Flávia Morais é sempre forte e surpreendente. Ela e George deixam a impressão, nos seus interlocutores, de que nunca param e que estão em vários lugares ao mesmo tempo — tal a capacidade de trabalho da dupla. Trata de um time de dois que parece 11 jogadores.
Especialistas em política de Rio Verde apostam que o município não tem condições de eleger mais do que dois candidatos a deputado estadual. Eles apostam que Lissauer Vieira (PSD), dado a força da máquina da prefeitura, deve ser eleito. É o superfavorito. A segunda vaga estaria sendo disputada por Karlos Cabral, do PT, e Leonardo Veloso, do PRTB. Cabral é forte politicamente, tem ideias consistentes, e é respeitado no município, porém fez uma campanha sem recursos. Leonardo Veloso precisa de menos votos para se eleger, por isso suas chances são maiores. Mesmo com poucos recursos, fez uma campanha forte e dinâmica. Porém, se a cidade conseguir eleger três postulantes, eles devem ser Lissauer, Cabral e Veloso. Com uma vantagem: são políticos que não farão feio na Assembleia Legislativa.
O vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José, “está” no PT, mas não admitido como “do”. Petistas de carteirinha avaliam que Ozair José, egresso do PP, não é um político ideológico e que filiou-se ao partido mais por oportunismo do que por identidade com suas ideias. Por desconfiar da fidelidade de Ozair José, o PT estadual pode não conceder-lhe a legenda para que dispute mandato de prefeito de Aparecida, em 2016. É mais provável que o petismo banque Olavo Noleto, sobretudo se for deputado federal, para a disputa. Olavo, se candidato, pode mudar a configuração política, porque o prefeito Maguito Vilela pode desistir de lançar candidato do PMDB e optar por bancar o vice do petista. Olavo e Maguito mantém uma relação cordial.
Na semana passada, peemedebistas debochavam à farta de Iris Rezende, contando histórias de suas gafes quando era ministro da Agricultura e da Justiça, especialmente quando era convidado para se encontrar com visitantes estrangeiros e não conseguia entender nem mesmo a tradução do que se dizia. A história mais bem humorada foi contada por um deputado estadual do PMDB. Sua tese: “Iris Rezende, mesmo quando morrer, vai tentar ser candidato a qualquer coisa pelo partido. Não será nenhuma surpresa se começarem a chegar cartas psicografadas afirmando que, do ‘além’, ele planeja disputar algum mandato em Goiás”. Um peemedebista riu tanto que caiu. Perguntado por qual havia rido tanto, pois a piada nem era tão engraçada assim, o parlamentar saiu com essa: “É que, mesmo não sendo muito divertida, é verossímil”.
Maione Padeiro é aquele tipo de indivíduo que se costuma chamar de uma força da natureza. Workaholic assumido, não para um minuto. Milita na Aciag Jovem, faz política no PSDB e articula candidaturas de aliados. Na semana passada, depois de trabalhar na campanha do governador Marconi Perillo quase 24 horas seguidas, teve um piripaque e foi internado. Mas já está bem e no batente, fazendo aquilo de que mais gosta: política. Em 2016, Maione Padeiro vai disputar mandato de vereador. O jovem tucano tem dois sonhos. Primeiro, ajudar um tucano a se tornar prefeito de Aparecida de Goiânia. “Pode ser o João Campos, o coronel Sílvio ou a Cybelle Tristão”, afirma. Segundo, ver políticos e técnicos de Aparecida mais bem representados no governo de Marconi Perillo. Pode anotar: este ano, Marconi vai ser mais bem votado do que Iris em Aparecida. Mas, depois, queremos mais espaço no governo.” Na eleição deste ano, o governador esteve em Aparecida quase todos os dias da semana, reunindo uma grande frente política, com integrantes de praticamente todos os partidos, incluindo o PMDB.
Não será surpresa se, eleito, o governador Marconi Perillo nomear Robledo Rezende para a Secretaria da Agricultura ou para a Agência de Agrodefesa. Segundo produtores rurais, o atual titular da Agrodefesa, Antenor Nogueira, estaria indispondo o governo com vários pecuaristas, tal o seu autoritarismo, empáfia e arrogância. É uma pena porque, apesar disso tudo, Nogueira é um executivo íntegro e eficiente. Robledo Rezende mostrou eficiência como secretário da Agricultura do governo de Maguito Vilela, na década de 1990. Quem diz isto é o próprio prefeito de Aparecida de Goiânia. Advogado, ele é diplomático e firme em suas posições, mas nunca deselegante. Vale acrescentar que ele não está reivindicando cargos. O grupo de Júnior Friboi não vai pedir nem exigir cargos num possível governo de Marconi, mas quem for convidado, e quiser assumir, não será impedido pelo empresário.
Candidato a deputado federal, José Mário Schreiner está sendo chamado de "deputado dos livros", por fazer sua publicidade em volumes que distribui aos eleitores. A grande dúvida é: alguém lê ou as pessoas recebem por educação e deixam o volume no primeiro escaninho disponível? "Cerca de 80% leem total ou parcialmente", responde José Mário. Quem recebe o livro preenche um cadastro e, depois, o próprio autor e seus assessores ligam perguntando o que acharam da obra. Dessa consulta sai o índice dos que leram ou "esqueceram" o livro em algum canto. Por isso, defende o acesso aos livros: "Dizem que as pessoas não leem, mas é porque não convivem com livros. É preciso ter bibliotecas e gibitecas nas praças junto com os pitdogs e todas as escolas deveriam ter um acervo gigantesco". Por sua tese, "se a pessoa nem sabe onde há livros, não tem como se interessar. Quem lê o primeiro livro, é candidato a freguês constante da literatura". Para ele, "a criançada pode começar no gibi". José Mário acha que "não existe a menor possibilidade de o livro" ser substituído por outras mídias: "Pelo contrário, o livro está cada vez mais vivo". Presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário era visto apenas como representante dos agropecuaristas. Mas "urbanizou" as entidades, levando cursos e treinamentos para 1 milhão de jovens e adultos. Outro programa do Senar, o Agrinho, está com 1 milhão de alunos de 30 mil professores do ensino fundamental. Faz projetos culturais, como o ProArte. José Mário começou a publicar livros como resultado de suas palestras sobre empreendedorismo, liderança e Educação. Como o primeiro fez sucesso, com lançamentos para até 2 mil pessoas por evento, continuou a compilar as palestras e distribuir. São exemplos de concisão. Os capítulos são resumidos em até 140 caracteres e os textos, de 400 a mil caracteres, "na linguagem e no tamanho das mídias sociais". Três títulos podem ser lidos no www.josemario.com.br: "Empreender é a saída -- inclusive para quem não tem nem o dinheiro da entrada", "Empreendedorismo -- Como se livrar de 50 pragas que devoram o setor produtivo e corroem o crescimento do Brasil" e "5555 -- O número do empreendedorismo e da liderança".
Durante o debate da TV Anhanguera, jornalistas perceberam que Iris Rezende estava sempre encostando em algum lugar — passando a impressão de que, embora tenha tomado vitaminas e energéticos, não estava se sentindo bem. Aparentemente, estava com tonturas e, às vezes, desconectado da realidade. Mas pudera: o peemedebista-chefe tem quase 81 anos. Na verdade, apesar do abatimento — cada vez mais visível —, ele é até muito resistente. A política parece adrenalina para seu organismo. A velhice, como diz o escritor americano Philip Roth, que tem a mesma idade de Iris, é implacável, um verdadeiro massacre. Iris deveria ler o romance “Homem Comum”, de Roth.