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Com quase 60 mil votos, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira (PT) é um candidato derrotado, mas não deve ser considerado um político derrotado. Ele fez uma bela campanha, gastando muito pouco e com cabos eleitorais não remunerados. Disputando mandato legislativo pela primeira vez, e filiado a um partido que lhe abriu poucos espaços, por considerá-lo cristão novo e não integrado a alguma tendência, Edward Madureira obteve uma votação espetacular. Se estiver atenta, a cúpula do PT deveria prepará-lo para disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016, porque ele tem imagem de gestor eficiente. Na próxima eleição, o eleitor goianiense certamente vai apostar naquele candidato que é considerado como gestor qualificado. É o caso do ex-reitor. Nem todos sabem, mas administrar uma universidade como a UFG é o mesmo que administrar uma prefeitura de médio porte.
Se a presidente Dilma Rousseff for reeleita, não será nenhuma surpresa se Edward Madureira for convocado para um ministério, possivelmente o da Educação. Porém, se o deputado federal Rubens Otoni assumir um importante cargo no governo federal — se a petista-chefe for reeleita —, o professor assume o mandato na Câmara dos Deputados. Antônio Gomide também é cotado para ocupar cargo importante em Brasília.
Conhecido como Leão do Norte, o ex-prefeito de Porangatu Júlio da Retífica é o político mais importante da região. Candidato a deputado estadual, obteve quase 28 mil votos, mas não conseguiu se eleger, devido ao quociente eleitoral. Por representar uma região que não tem muitos eleitores, Júlio da Retífica, se não sair do PSDB e se filiar num partido menor, será, em todas as disputas, o eterno suplente.
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O competente jornalista Henrique Morgantini, um dos mais cerebrais e perspicazes auxiliares do petista Antônio Gomide na campanha para governador, admitiu, num programa de rádio, que nem que vaca tussa em grego arcaico Iris Rezende terá condições de derrotar Marconi Perillo. Morgantini é anti-Marconi, mas é um analista racional e, às vezes, preciso. Além de ter um humor ferino e fino, como se fosse um britânico.
Um peemedebista tem uma teoria curiosa sobre Iris Rezende: “O nosso líder maior passa a impressão de que é incapaz de ouvir as pessoas. Seus ouvidos parecem tapados e ele só faz aquilo que quer. Pode ser um motivo de suas três derrotas eleitorais”.

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Paulo Faria, marqueteiro, psicólogo e ator, e Pedro Novaes, geógrafo, conseguiram um feito: Iris Rezende perdeu, ao menos parcialmente, aquela cara de Urtigão do Cerrado e está com o rosto mais ameno e menos carrancudo. Mas a pancadaria excessiva, sem fatos comprovados, continua. Neste sentido, Iris, com o apoio de Jorcelino Braga — os dois disputam qual odeia mais o governador Marconi Perillo (um psicanalista diria que isto é amor, e até profundo) —, não ouve os marqueteiros que cobram moderação e uma campanha propositiva.
A tese de Iris Rezende é que, como a vaca já foi para o brejo, vai aproveitar para atacar o governador Marconi, gratuitamente, única e exclusivamente para provocá-lo e irritá-lo. Fica-se com a impressão de que o peemedebista-chefe está brincando de fazer política. Iris Rezende e Jorcelino Braga querem morrer abraçados, como em 2010. É o velho e indesejável abraço dos afogados.

A matéria “O Brasil já vive sob a ditadura das minorias” (Jornal Opção 2048), do jornalista José Maria e Silva gerou um extenso debate na rede social Facebook na última semana. Por isso, reproduzimos uma parte da longa discussão:
Rodrigo César Dias: Engraçado, eu achava que o ditador era aquele que mandava e desmandava, o que impunha sua vontade a todos. Mas veja que ditadura curiosa essa dos gays e das feministas: os gays não conseguem criminalizar a homofobia, nem garantir por lei o casamento civil, nem doar sangue. As mulheres não conseguem receber o mesmo salário dos homens pra desempenhar a mesma função, nem realizar abortos que são permitidos por lei. O Zé Maria me apresentou a um novo conceito de ditador: é aquele que não manda, mas se submete à vontade alheia.
Wenceslau Miro Cezne: Um dos aspectos que não entendo nesses movimentos é por que as pessoas fazem questão de, a toda hora, quererem dizer e mostrar às demais pessoas que têm uma cor de pele negra e que tem uma preferência sexual diferente. Em vez disso, por que não tentam mostrar às outras pessoas seu valor e competência como pessoa? Significa dizer: “Não gosto que vocês olhem para a minha cor da pele ou queiram saber a minha preferência sexual, mas percebam o meu valor como pessoa humana”.
João Paulo Lopes Tito: Hoje em dia, a força que uma minoria faz para ser valorizada e respeitada enquanto ser humano, e para fazer valer seus direitos e liberdades vem sendo chamada de “ditadura”. Qualquer mudança de status quo incomoda mesmo. Que chiem os conservadores, mas estamos testemunhando mudanças históricas. Por outro lado, não vejo, de modo algum, como censura o que fizeram com Levy Fidelix. Porque não fizeram a mesma coisa com o Pastor Everaldo e com Aécio Neves, que também são defensores “da família”. A crítica ao Fidelix não foi por expressar sua opinião: foi por incitar o ódio. Fidelix não discorda dos homossexuais - ele incita a maioria a lutar contra a minoria. Defende que homossexuais sejam tratados longe de nós, “normais”, “homens de família”. Dar opinião é uma coisa, incitar o ódio, a discriminação e a segregação social sempre foram, e continuarão, sendo coisas de covardes e hipócritas.
Maria Reis: E não tem coisa menor e medíocre do que discutir cor e opção sexual das pessoas.
Emille Lemes: Por que será que esse povo fica desfilando com bandeiras coloridas e/ou cobrando o respeito à cor da pele? Nunca vi heterossexuais desfilarem e nem brancos cobrarem respeito à sua cor. Dar o melhor de nós é o bastante para que as pessoas nos valorizem.
João Paulo Lopes Tito: A meu ver, a questão que você propõe foi invertida antes, Emille. O preconceito às diversas minorias surge justamente porque a questão que você apresenta não foi feita lá atrás. A discriminação por classe social, cor, religião e sexualidade adveio inicialmente porque, mesmo dando o melhor de si, alguns grupos não foram devidamente valorizados – antes, foram marginalizados. Brancos nunca foram discriminados apenas por terem essa cor de pele, nem heterossexuais por sua sexualidade. Por que eles sairiam às ruas? Por que discursariam sobre o orgulho em pertencer a essa classe? Não há motivo. Infelizmente, dar o melhor de nós não é suficiente para que nos valorizem enquanto seres humanos. Aliás, cuidado! O simples fato de te incomodar que pessoas saiam às ruas se expressando livremente (seja lá em que sentido for) pode ser sintomático. A cura para o preconceito começa com a análise e aceitação de nossos próprios defeitos, internamente.
Wenceslau Miro Cezne: Vejo incoerência nesses movimentos porque promovem as características da cor da pele ou preferência sexual e outras questões. Quanto mais as pessoas queiram que eu as veja como negras ou gays, estas tenderão a serem as suas características pessoais principais para mim e para muita gente. Mas, no entanto, eu gostaria que a sua cor de pele ou preferência sexual não tivesse importância para mim, mas sim a suas características pessoais como competência, personalidade, etc. Seria desejável a maior integração possível e não o separatismo ou compartimentação das pessoas na sociedade.
Thiago Burigato: Denise Vargas, se a pessoa que foi assassinada não era negra e nem gay, então certamente o motivo de sua morte não foi a sua cor de pele ou sua orientação sexual, já que simplesmente não se matam brancos por serem brancos ou héteros por serem héteros.
Wenceslau Miro Cezne, ninguém quer ser visto por sua cor de pele ou por sua orientação sexual. Aliás, é justamente o oposto disso. Mas, infelizmente, até hoje são apenas por essas características que boa parcela da população é caracterizada, estereotipada e julgada pelo restante da sociedade.
Emille Lemes, brancos e héteros não fazem desfiles carregando bandeiras por sua cor de pele ou orientação sexual simplesmente porque não há direitos a reivindicar que os outros não tenham e nem lutas a serem travadas para não serem discriminados.
Denise Vargas: É mesmo? Onde está a homofobia que as pessoas tanto pregam? Cerca de 200 homossexuais são mortos todos os anos e 70% das mortes acontecem porque gays matam outros gays, seu parceiros (como o caso Donati). Portanto, cadê os cristãos que saem das igrejas do Malafaia e matam gays nas ruas? Onde estão estas pessoas? Vocês querem criminalizar qualquer senhora de 80 anos que torce o nariz ao ver dois homens se beijando? A verdade é que o movimento gay quer privilégios e não direitos iguais, aí promovem um discurso de ódio que simplesmente não existe. Eles é que são heterofóbicos, cristaofóbicos e outrosfóbicos. Com certeza. Aliás, Thiago, está cheio de gays criticando os fundamentalistas LGBT e falando as verdades na Internet.
Thiago Burigato: Acontece que os discursos religiosos servem de combustível para atitudes de ódio e preconceito, que então ficam travestidos de uma aura de moralidade. Esses discursos, inclusive, geram o fenômeno que provoca o assassinato de gays por outros gays: a homofobia internalizada. Ensinado a vida toda que seu desejo é errado e pecaminoso, o pensamento é mais ou menos o seguinte: “Meu Deus, pequei! Cedi aos meus desejos 'impróprios' e ninguém pode saber disso.” Ensinado que o desejo dele - e a própria identidade dele - é suja e errada, o que ele faz? Mata seu objeto de desejo, que por sua simples existência o lembra de quem ele é, como se estivesse matando seu próprio desejo. Pergunte a qualquer psicanalista e ele vai confirmar o que digo. Repare que o assassino de Donati se recusa a se assumir como homossexual.
João Paulo Lopes Tito: A questão para mim é simples: a pessoa que ouve as palavras do Levy Fidelix e diz que não existe homofobia, não existe preconceito e, pelo contrário, o movimento LGBT é que cria um discurso de ódio deve viver em outro mundo. Um mundo onde “homofobia” só acontece quando um heterossexual mata um homossexual. Não tem nenhuma lógica.
“E a política não é uma competição moral. É uma disputa pelo poder”
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Perguntinha solerte: o político que roubou 5 milhões de reais da Caixego era do PMDB ou de outro partido? Um livro que está sendo escrito por um jornalista vai contar toda a história da Caixego, dando nomes aos bois, sem dó nem piedade. Um peemedebista-sênior vai dizer: “A Justiça absolveu o acusado”. Vale acrescentar que às vezes culpados são inocentados — desde que se tenham bons advogados.
[caption id="attachment_17807" align="alignright" width="620"] Mário Palmério, escritor mineiro, cansado de explicar o significado da palavra saudade
para estrangeiros, decidiu compor uma canção para torná-la patrimônio da humanidade[/caption]
Saudade: é sabido que não há em outra língua, que não a portuguesa, vocábulo que traduza esse substantivo abstrato. Para vertê-lo para outro idioma, só através de uma locução. Mas — pergunta-se — de onde veio essa jabuticaba sentimental, quais as suas raízes, e que etimologia a explica?
Um livro de crônicas de Julio Dantas — “Abelhas Doiradas” —, publicado em 1925, nos dá uma lição sobre o surgimento dessa palavra tão cara aos enamorados e aos poetas. Uma das melhores crônicas do livro chama-se precisamente: “A Saudade”.
Vejamos o que diz a respeito o ilustre escritor, historiador e dramaturgo português: saudade (palavra que parece que canta, que palpita, que estremece e que chora, diz Dantas) aparece pela primeira vez no “Cancioneiro da Vaticana”, que, para quem não sabe, é uma coleção que reúne mais de mil canções dos trovadores galego-portugueses, que nos séculos XIII e XIV faziam suas apresentações para os reis, para os nobres ou para o simples populacho. Essa coletânea, recopiada no século XV, encontra-se hoje na biblioteca do Vaticano — daí seu nome. Ali aparece pela primeira vez nossa palavra, sob as formas arcaicas de “soydade” e “suydade”, mas já com seu sentido atual — e permanente — de sentimento de si (certa pessoa), ou melhor, sentimento de sua ausência (da ausência daquela pessoa).
Mais precisamente, quem pela primeira vez a deixa registrada, é um trovador da corte de D. Afonso III (quinto rei de Portugal, cujo reinado durou de 1248 a 1279), chamado Fernão Fernandes Cogominho, que se dirige a uma dama, cuja ausência lhe oprime o peito: “Non queredes viver migo, e moiro de soydade”.
Também de saudade padece o rei poeta e trovador português D. Dinis, (sexto rei de Portugal, de 1279 a 1325), que chora a ausência da rainha: “Que soydade de minha senhora ey”.
E no reinado seguinte, de Afonso IV (que durou de 1325 a 1357), quando embarcados os soldados portugueses para a Batalha do Salado, contra os mouros, choram na voz do poeta da corte João Zorro, as mulheres que ficam, angustiadas, à espera dos maridos: “Mete El-rei barcas no rio forte; Quem amigo há, que Deus lho amostre; A La vai madre; Oj’ey suydade”.
Vê-se que nossa palavra convive com os pobres e com a realeza, pois a ela e seus efeitos nem reis estão imunes. Tanto que outro rei — D. Duarte, que também foi escritor — irmão do mais importante dos portugueses, o Infante D. Henrique, comenta: “Suydade he sentida mais com prazer do que com tristeza”. Este rei filósofo é o primeiro a notar que não existe palavra equivalente fora da língua de Portugal. É seu o comentário: “Parece-me este nome de suydade tam próprio que o latym, nem outra linguagem que eu saiba, nom he para tal sentido semelhante”.
D. Duarte, que deixou escritos, separa os sentimentos da dor, da tristeza, do aborrecimento e da saudade, e define este último: “suydade propriamente eh sentido que o coraçom filha por se achar partydo da presença d’alguma pessoa que muito por afeiçom ama, ou o espera cedo de seer; e isso medes dos tempos e lugares em que por deleytaçom muito folgou; digo afeiçom e deleytaçom porque sem sentimentos que ao coraçom pertencem, donde verdadeiramente nace a suydade”.
É D. Francisco Manoel de Melo (1608-1666), o turbulento mas talentoso fidalgo, escritor, dramaturgo, militar e namorador português que define a saudade como “essa paixão que só nós sabemos o nome, chamando-lhe saudade, filha do amor e da ausência”. E que arremata: “He a saudade huma mimosa paixão d’alma, e por isso tão subtil, que equivocamente se experimenta, deixando-nos indistinta a dor, da satisfação. He um mal de que se gosta e um bem que se padece...”.
É natural que quem não tenha o português como língua materna se intrigue com o vocábulo. No final dos anos 1960, trabalhei por uma temporada no Paraguai. Muitas vezes perguntaram-me por Mário Palmério. É que o escritor mineiro havia sido nosso embaixador em Assunção, em 1961, quando Jânio Quadros, em sua breve passagem pela Presidência da República, resolveu nomear intelectuais como chefes de representações diplomáticas brasileiras mundo afora.
Mário Palmério, que eu conhecia, fora para o Paraguai nessa leva. Mário era extremamente social e um boêmio refinado, pois ligava a boemia à cultura. Fizera inúmeras amizades no Paraguai, e eram esses seus amigos que pediam notícias. Sentimental, poeta, permanente enamorado, o embaixador suspirava de saudades do Brasil, e não escondia o fato. Cansado de explicar o que era saudade para os paraguaios, acabou compondo em letra e música uma bela guarânia, que gravou primeiramente em espanhol, para esclarecer seus amigos em Assunção. Depois a traduziu, e foi muito gravada e tocada no Brasil. É uma terna canção, que faz sucesso até hoje. O leitor por certo a conhece, mas vale lembrar a bela letra:
“Se queres compreender o que é saudade
Terás que antes de tudo conhecer
Sentir o que é querer, o que é ternura
E ter por bem um grande amor, viver
Então compreenderás o que é saudade
Depois de ter vivido um grande amor
Saudade é solidão, melancolia
É nostalgia, é recordar, viver”
A bola fora da OAB de Brasília
O obscuro presidente da OAB-Brasília, Ibaneis Rocha, talvez nem sequer saiba quem foi Andy Warhol, mas já conquistou seus 15 minutos de fama, de que falava o pop artista americano. Só que não foi de boa fama. Ele impugnou o registro do ex-ministro e ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, na OAB, sob a alegação de falta moral no tratar com a classe. Deve estar se referindo à retirada do advogado de José Genoino, à força, do plenário do STJ, quando desrespeitava a autoridade do presidente. A mesquinharia só pode ser entendida como retaliação política. Ibaneis ou será petista ou deseja agradar os petistas no poder. O ex-ministro, sabemos, não prima pela delicadeza ou comedimento no trato. Mas é um dos homens mais corretos e valorosos da República. Dizer que desrespeitou advogados, por ter sido duro com eles no exercício de sua função, não justifica a cassação de seu direito de exercer a advocacia, para a qual se qualificou infinitamente mais que o inexpressivo presidente da OAB. O fato é inusitado. Marcio Thomaz Bastos, quando ministro da Justiça, mandou invadir escritórios de advogados em São Paulo, em ações até discutíveis do ponto de vista legal. Bastos não detém a mesma alvura moral que detém Joaquim Barbosa. No exercício da profissão, sempre primou por não ser seletivo quanto às qualidades de quem defende ou como recebe seus honorários. Como ministro, chegou a usar a Polícia Federal para assuntos particulares e caseiros. Pior que isso, teria sido instrumento na tentativa de fazê-la uma polícia política. A despeito de tudo, ninguém, muito menos o sr. Ibaneis, jamais questionou a prerrogativa profissional de Marcio Thomaz Bastos.Patrulheiros falham e políticos conservadores são os mais votados
A imprensa “politicamente correta” deveria atentar para os deputados federais mais votados: proporcionalmente, o mais bem votado no país foi o amazonense Arthur Bisneto, filho do prefeito de Manaus, o que sem dúvida lhe foi de muita valia, mas que é um político muito voltado para as questões ambientais e de desenvolvimento. Teve 14% dos votos do eleitorado amazonense. Alberto Fraga, mais votado no Distrito Federal, teve 9,4% dos votos brasilienses. Sério, conservador, jamais escondeu suas posições, mas talvez por isso mesmo nunca tivesse o beneplácito da imprensa de Brasília. Waldir Soares, o delegado Waldir, mais votado em Goiás, teve 7,4% dos votos goianos. Mostrou durante sua campanha ser um confrontante das políticas equivocadas de direitos humanos, que valorizam bandidos. Mais votado no Pará, Eder Mauro, com 5,7% dos votos, também delegado, está na mesma linha do nosso Waldir. Celso Russomanno foi o campeão em SP. É um apresentador, o que lhe facilitou amealhar votos. Centrista, defensor do consumidor, teve 5,5% dos votos paulistas. Jair Bolsonaro, o combativo-conservador, terror das esquerdas e das minorias ditatoriais, teve 4,2% dos votos cariocas. Foi o mais votado. O pastor Marcos Feliciano, a quem a imprensa de esquerda sempre negou até a voz, como se não fosse um deputado honesto e como se não pudesse ter suas opiniões, teve 1,4% dos votos paulistas. Foi o terceiro, depois de Russomanno e Tiririca. O gaúcho mais votado foi Luiz Carlos Heinze, com 2% dos votos do RGS. É conhecido por suas firmes posições conservadoras. Como se vê, a patrulha da imprensa esquerdista está na contramão do eleitorado.Na semana passada, Adriana Accorsi disse, a duas pessoas, que não renega o apoio do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, mas atribui a sua votação excepcional, mais de 40 mil votos, ao seu trabalho como delegada da Polícia Civil. Adriana Accorsi, do PT, já está sendo chamada de “a delegada Waldir de saia”. Ela não se importa com isso, mas prefere ser chamada de “a Brigitte Bardot da política goiana”. A deputada estadual eleita pretende disputar a Prefeitura de Goiânia — se contar com apoio amplo. Ela gostaria, por exemplo, ter um vice do PMDB.
A questão da segurança pública preocupa tantos os goianos que três delegados da Polícia Civil — Waldir Soares (federal), João Campos (federal) e Adriana Accorsi (estadual) — e um policial militar, o Major Araújo (estadual), foram eleitos para deputado.
A Polícia Militar lançou candidatos em excesso para deputado estadual e todos foram derrotados, exceto um, o Major Araújo, apontado como um dos parlamentares mais combativos por seus próprios pares. Falem mal ou bem do Major Araújo, mas ele é atuante e posicionado. Os militares gostam disso.